Capítulo 50

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N/A: Bom dia, amores! Estamos na reta final. E meu coração já está apertado de saudades. Será que vai dar treta?!

Beijos, Jull Evans

Capítulo 50

Julia

Era difícil dizer a Connor o que eu tinha testemunhado no escritório de Ingrid. Eu não fingi acreditar que o relacionamento de Connor e Ingrid era amor verdadeiro como o meu e o de Henry, mas eu achei que significava mais... obviamente não. Pobre Connor... ele se encolheu mais de uma vez enquanto eu explicava cuidadosamente o que eu tinha visto. Henry esfregou minhas costas enquanto eu estava falando, me assegurando que ele estava lá para mim.

Depois de um forte café preto, decidi que Connor não iria ficar para a reunião com Ryan. Seus punhos tinham se flexionado várias vezes, e Henry teve de se concentrar para não ter que tirar Connor de cima de Ryan. Não, ele iria encontrar outra coisa para fazer em outro escritório. Não era como se não houvesse muita coisa que precisasse ser feita.

Ryan chegou na hora certa. Parecia seriamente nervoso e falava com Henry em francês, sem sequer olhar para mim. Ele estava sendo rude, e eu decidi falar.

— Então, Ryan, há quanto tempo Ingrid e você tem sido um casal? — perguntei a ele, tentando fazer com que meu inquérito soasse tão casual quanto possível.

A cor inundou seu rosto, e ele gaguejou e balbuciou sua resposta em inglês, claramente nervoso.

— Logo depois ... Er... de que Enrico morreu. Estávamos juntos antes deles casarem, na nossa juventude. Ela é o amor da minha vida.

— Você é um tolo. — murmurei, quase sem fôlego. Henry me deu um olhar penetrante, e eu olhei para ele. — Continuou o seu caso enquanto ela estava com Connor? — Eu ousei perguntar. Desta vez Henry rolou os olhos, desistindo de suas tentativas de me fazer ser mais sutil.

— Senhora Carter, Ingrid e eu nos encontrávamos sempre. Amantes vêm e vão, mas ela e eu somos a constante. Não tenho nada a temer ao jovem Sr. Kenway. Ela sempre volta para mim. Mesmo se tivesse sido bem-sucedida em cortejar Henry, isso não teria durado. Ela sempre anseia mais, mas eles nunca são suficientes... e ela finalmente volta para mim.

Ele parecia patético. Eu realmente pensei que ele merecia algo melhor, mas ao ouvir isso, deixei de me importar em como ele estava. Ele era um tolo.

— Ela nunca iria conquistar o Henry, Ryan. Tudo estava acontecendo apenas na mente dela. Mesmo antes de Henry e eu nos tornarmos casal, ele não estava interessado. Ele falou isto várias vezes, mas ainda assim ela o perseguia. Suas tendências de predadora são patéticas e degradantes. Você deveria ter mais auto-respeito, do que apenas tolerar seu comportamento.

Ele apenas encolheu os ombros e abriu o laptop. Eu acho que não queria falar a respeito.

Eu parei de insistir, afinal precisávamos trabalhar nos números, para que eles pudessem ser atualizados. Os três foram todos necessários, pois cada um de nós tinha a própria senha, e todos as três tinham de ser inseridas.

Ryan digitou primeiro sua senha, e então cedeu lugar para Henry se sentar e digitar. Finalmente, era a minha vez. A página tinha três caixas de segurança. Se isso não era seguro, eu não sabia o que seria. Eu digitei minha senha e pressionei "Enter". As páginas das contas começaram a carregar diante dos meus olhos, então mudei o laptop para onde Ryan estava sentado.

Página após página, figuras foram introduzidas e guardadas. Quando chegou a hora de sair, Henry e eu assistimos ao Ryan sair. A tela fechou completamente antes de desligar o computador. Ele juntou seus pertences para ir.

Tentação ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora