Capítulo 14

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N/A: Bom dia, amores! Henry e Julia, vão pegar fogo aos poucos. Então, eu peço paciência para vocês. Eu sempre leio todos os comentários, e vou tentar melhorar para a versão da Amazon e do físico. E sim, alguns capítulos serão mais curtos que os outros. E já peço desculpas por isso. Eu escrevi o livros nas férias. E hoje eu já voltei a trabalhar, e semana que vem volta as minhas aulas. E irei ficar sem muito tempo, mas irei postar as 3x por semana. 

Desde já agradeço, a compreensão.

Beijos, Jull Evans

Henry

Depois do fim da videoconferência, eu organizei tudo para voltar para casa. Seria terça à noite, ou quarta, antes que eu pudesse conseguir um vôo. Precisava amarrar as pontas soltas e garantir que tudo estava seguro até que eu conseguisse um substituto. Como eu esperara, Ingrid teve um ataque. Ela jogou um peso de papel na minha cabeça, e por pouco consegui me desviar a tempo. Ela estava furiosa pra caralho, mas isto confirmava minha decisão de que estava fazendo a coisa certa. Outra pessoa precisava assumir este caso em particular. Eu estava cansado de paparicar Ingrid Walker.

O vôo matutino saindo do aeroporto Charles de Gaulle em Paris estava mais vazio do que eu esperava, e meu lugar na primeira classe me deu a privacidade que desejava e o espaço para relaxar. Eu nunca entendera porque alguém precisava ficar tanto tempo no aeroporto antes do vôo sair. Isso significava que eu tinha dormido muito pouco antes de sair. Fred iria me buscar na chegada. Ele ficou um pouco surpreso quando liguei e falei que estava voltando para casa. Porém, ele não fez muitas perguntas, como Adam teria feito. Não, Fred gostava de estar cara a cara para saber exatamente o que as pessoas queriam dizer.

Ingrid não ficou satisfeita quando disse que enviaria outra pessoa para me substituir. Seu choroso "mas eu quero você, Henry" não adiantou de nada enquanto eu saía do seu escritório.

Onze horas e meia em um avião me dariam tempo para relaxar, decidir como faria as coisas com a deliciosa Srta. Carter. E eu definitivamente queria fazer muitas coisas com ela. Me forcei a parar aquela linha de raciocínio imediatamente, lembrando a mim mesmo que ela era minha funcionária e que eu era o idiota que insistira na regra contra relacionamentos dentro da empresa.

Estava quieto na área da primeira classe, com apenas alguns assentos ocupados. Cochilei nas primeiras horas antes de decidir desistir de dormir e pegar meu notebook para trabalhar. Seria mais ou menos meio dia quando pousássemos. Eu não tinha a intenção de ir para o escritório, precisava recarregar minhas baterias, recuperar o sono para poder estar no meu melhor na quinta-feira.

Já estávamos quase uma hora atrasados quando finalmente pousamos. Fred estava esperando, parecendo irritado pra caralho quando atravessei as portas de chegada.

Algumas perguntas discretas me informaram de tudo o que estava acontecendo. Julia, parecia, passara os últimos dias na companhia de Connor Kenway. Seu caso tinha chegado ao ponto máximo e a data de julgamento foi adiantada quando a empresa perdeu o controle e começou a fazer ameaças. Retardados.

Fred me informou sobre as coisas mais mundanas: fofocas do escritório, Thomas Baker e sua lista sem fim de desculpas. Realmente precisaríamos reavaliá-lo. Ainda bem que nossos associados eram contratados com um período probatório de doze meses. Tínhamos uma saída, e parecia que precisaríamos usá-la com Thomas.

— Adam mencionou alguma coisa sobre a Srta. Carter assumir o caso de Paris? — perguntei.

— Ele mencionou alguma coisa, mas não está muito animado, Henry. Ela é boa e seria melhor mesmo se a mantivéssemos aqui.

— Não me leve para casa, Fred, me deixe no escritório. Vou pegar um táxi para casa em algumas horas. Preciso ler algumas coisas, ver onde estou para amanhã.

— Tem certeza, cara? Você parece exausto, e não vai conseguir fazer nada com as pessoas te fazendo perguntas.

— Tenho certeza. Vou fechar a porta do escritório e fingir que não estou. Você pode manter segredo por hoje, não pode?

— Sim, mas Steph vai te ver quando passarmos pela mesa dela, a menos que eu ligue para Adam. Ele pode distraí-la ou alguma coisa, mandá-la buscar algo.

— Acho que Stephanne me ver é o menor dos meus problemas.

Decidi ligar para ela de qualquer forma, para deixá-la avisada.

— Steph, é Henry. Estou a caminho com Fred. Quero me atualizar com algumas leituras, então você pode garantir que não vou ser atrapalhado por Thomas ou Julia?

— Julia não está, Henry, ela está no tribunal. Vou garantir que Thomas fique longe. Ele não vai saber que chegou por mim. Te vejo em breve. Vou ter um café te esperando.

Quando eu desliguei, Fred estava sorrindo.

— Ela te mima, Henry. Baker vai ficar puto se achar que Stephanne está atrás de você. Adam e eu temos certeza de que os dois estão se pegando às escondidas.

Meu olhar fez ele voltar atrás.

— Steph nega que está fazendo qualquer coisa errada, já perguntamos. Mas você pode sentir, a tensão sexual entre eles. Você sabe como sou bom em ler as pessoas corretamente. Só espere e veja. Vai entender o que quero dizer.

O restante do caminho para o escritório foi feito em silêncio. Eu posso até ter cochilado. Não sabia por quanto tempo conseguiria ficar acordado, mas precisava tentar. Tinha que estar a par de tudo para um dia inteiro de trabalho amanhã, e se havia a menor chance de vê-la, eu precisava tentar.

Cumprindo sua promessa, Stephanne tinha um copo de café fumegante na minha mesa, assim como todos os documentos que precisava para me atualizar. Um sorriso seco atravessou meus lábios quando vi as anotações delicadas de Julia nas margens e os negritos onde ela queria desafiar. Depois de ler o primeiro documento, decidi que ela realmente era meu equivalente feminino. Todas as suas notas, seus desafios, eram exatamente o que eu faria. Era estranho.

Stephanne passou para dizer boa noite, me deixando um sanduíche e uma garrafa de água gelada. Não tinha percebido o quanto estava faminto até dar a primeira mordida. Quando terminei, estava me sentindo tão exausto que mal conseguia manter os olhos abertos. Eu precisava dar uma volta, acordar.

Me vi do lado de for a da porta de Julia, mas não havia nenhum sinal de vida. Claro, eu já sabia que ela não estava lá. Hesitei por um momento antes de suspirar audivelmente e abrir sua porta lentamente. Assim que passei pela porta, as luzes de acenderam. Seu escritório cheirava como ela e isto me acertou como um soco na boca do estômago. Eu sentia falta do seu cheiro também. Eu estava derretido nas suas mãos, isto é, se ela quisesse qualquer coisa comigo. Inferno, se ela me visse agora correria para o mais longe possível. Eu estava agindo como a merda de um stalker, mas não conseguia evitar.

Meus dedos correram de leve pelo encosto da sua cadeira. Podia visualizá-la sentada aqui, seu cabelo caindo sobre seus ombros enquanto ela se inclinava, concentrada no que estava lendo. Ela havia acrescentado alguns enfeites e fotos desde a última vez que estive aqui. As fotos nas paredes chamaram minha atenção. Em uma estava um homem e uma mulher mais velhos, que imaginei serem seus pais. Julia se parecia com seu pai, mas tinha o sorriso da sua mãe. As outras fotos mostravam três garotas na formatura da faculdade. Eram Julia e as garotas do bar, as que estavam bêbadas. Eu podia sentir sua conexão só pela foto. Ela tinha sorte de ter tão boas amigas, assim como eu.

O cansaço não estava passando, então decidi me deitar no seu futon por alguns minutos, planejando só descansar um pouco. Eu realmente precisava considerar arrumar um desses para o meu escritório. Deitado aqui no seu escritório, me senti como se estivesse perto dela. Seu cheiro estava por toda parte ao redor e me fez me sentir despreocupado e aquecido. Não que eu fosse admitir isto.

Eu podia sentir meus olhos se fechando, então me estiquei mais, apoiando a cabeça no braço duro do futon. Apaguei completamente.


Tentação ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora