Capítulo 1

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N/A: Boa noite, amores!
Feliz Ano Novo!!!!
Espero que gostem, desse capítulo. Deixem nos comentários o que acharam?
Até quarta feira.
Boa leitura!!!!!
Beijos, Jull Evans


Julia

Fiz questão de chegar cedo, como sempre, querendo passar a impressão certa. Não que normalmente eu me atrasasse ou coisa assim, só estava nervosa. Era pouco mais de sete horas quando cheguei e pude ver que era a primeira a chegar no andar executivo. O segurança tinha me liberado na sua lista de pessoas esperadas no dia, e me deu um crachá temporário até que o meu oficial fosse processado mais tarde.
Achando meu caminho até o piso certo, descobri que a porta do meu escritório estava entreaberta e sorri orgulhosamente quando vi uma placa brilhante de latão com meu nome nela. Srta. Julianne Carter, Associada.
Fiz uma nota mental para lembrar de avisar aos sócios sênior que se decidissem não me chamar de Srta. Carter, para me chamarem de Julia e não Julianne. Ninguém além do meu pai me chamava assim. Passei pela porta e as luzes se acenderam imediatamente. Hmm. Estava aprovando os dispositivos. A sala era clara e espaçosa, e a mobília do escritório era nova e moderna. Precisava de algumas coisinhas pessoais ou fotos, mas poderia fazer isso depois que me acostumasse ali.
No centro da mesa estava um laptop de última geração, um MacBook se eu não estivesse enganada, e eu quase gritei de animação. Imaginei se poderia poder usá-lo para coisas pessoais, também. Meu laptop, que estava em casa, mesmo que tivesse boas especificações na época que comprei, não era nada comparado com isto. Passando minhas mãos pela máquina elegante, liguei me sentei e sorri, a ligando.
Decidi dar uma olhada no andar executivo depois que terminasse de ver meu escritório. Além da minha bela mobília de escritório havia um sofá estilo futon dobrado. Imaginei que durante casos particularmente intensos que exigissem atenção constante fosse ser útil conseguir cochilar no escritório. Achei travesseiros e lençóis em um armário adjacente. Através de uma das portas saindo do meu escritório, encontrei um banheiro de alto nível, todo azulejado, com um lavatório flutuante, um chuveiro grande e um espaço separado para o sanitário. Também tinha um pequeno vestiário ligado a ele. Isto certamente seria útil e me pouparia de muito tempo de fofocas no banheiro do escritório.
Me aventuro em uma grande cozinha, totalmente equipada, com uma mesa longa, que obviamente era o espaço de intervalo. Uma cafeteira de luxo está ao lado de uma máquina de venda automática cheia de chocolate, biscoitos e doces. Alguém ali era meio formiga.
A mesa aberta da recepção era elegante e bem equipada, e a placa de identificação dizia Stephanne. Me lembrei do Sr. Stark me falando a respeito dela, e que ela era a recepcionista pessoal de todos os sócios sênior e de mais um advogado, Sr. Baker, e agora minha também. Não havia mais ninguém neste andar, uma vez que era realmente reservado para os executivos. Até mesmo as salas de reuniões com os clientes eram no piso de baixo. Bom, eu esperava que isso significasse que seria calmo e sossegado aqui em cima e que as coisas fossem feitas de forma eficiente. Imaginei por que precisavam de uma recepcionista nesse andar, se ninguém ia lá.
Andei lentamente de volta para o meu escritório. Quando já estava quase na frente da minha porta, vi uma luz saindo debaixo de uma das portas fechadas. As cortinas da janela lateral da porta estavam fechadas firmemente. Enquanto me aproximei da porta, vi que aquele escritório pertencia ao Sr. Roger. Então o chefe sexy de morrer estaria bem ao meu lado. Bom, isso me daria alguma coisa para encarar quando estivesse entediada (como se isso fosse provável) ou almoçando.
E eu esperava que ele não deixasse as cortinas fechadas o tempo todo. Então ele gostava de chegar cedo, como eu, não é? Confirmava o que o Google falava sobre ele: era um workaholic. As imagens que eu tinha visto no Google tinha me derrubado. Ele era mais que de tirar o fôlego. Como disse antes, ainda bem que ele não tinha feito a entrevista, senão eu teria tido problemas para me concentrar. É, e o resto...
Parei do lado de fora, imaginando se deveria bater e me apresentar ou esperar até a reunião às oito e meia. Decidi esperar, era mais seguro ter companhia e tal. Afinal, eu era uma covarde.
Enquanto os escritórios no andar executivos se enchiam, fiquei um pouco nervosa. As palmas das minhas mãos começaram a suar então decidir tomar alguns minutos para me arrumar antes de ir para a sala onde seria a reunião. Mr. Parker me contou na entrevista que estas reuniões aconteciam toda segunda de manhã. Era uma boa forma de termos uma ideia sobre os casos além dos nossos e conversar com os sócios sênior. Aquele era outro motivo para eu querer trabalhar ali: eu queria ser parte do escritório, crescer com ele e ter sucesso com ele.
Depois de me arrumar o máximo possível, fui para a sala de reuniões no fim do andar executivo. A porta estava aberta quando cheguei lá e entrei. O Sr. Stark e o Sr. Parker já estavam lá, de pé e conversando animadamente com uma mulher de cabelo castanho claro vestindo um terninho. Eles se viraram quando eu entrei.
— Ah, Srta. Carter, por favor, entre, deixe-me apresentá-la para Stephanne, nossa recepcionista e responsável pelos nossos diários e agendas. Stephanne , conheça nossa mais nova recruta, Julianne Carter. — o Sr. Stark soltou.
— Olá, Srta. Carter, prazer em conhecê-la. Esses dois falaram bem sobre você e espero poder ajudá-la. — ela sorriu discretamente.
— O prazer é meu, e por favor, me chame de Julia. Ninguém além do meu pai me chama de Julianne e Srta. Carter é formal demais. Obrigada, acho que vou precisar de toda a ajuda que puder me dar.
Mais alguém entrou na sala e todos os olhos se viraram para ver quem era.
— Bom dia, Thomas, venha conhecer a Srta. Carter, nossa nova recruta.
Um homem alto e loiro, que era até bonitinho, sorriu abertamente enquanto se aproximava de nós, quase esbarrando em mim antes de parar.
— Srta. Carter, o prazer é todo meu. Thomas Baker, à sua disposição. — ele quase se inclinou para beijar minha mão quando a ofereci, mas a voz de Stephanne o parou.
— Sr. Baker, deixe Julia em paz. Você não quer assustá-la no seu primeiro dia aqui, quer? — Stephanne falou em um tom autoritário.
Ele pareceu quase assustado com suas palavras e, quando seus olhares se encontraram, me perguntei se eram mais que colegas de trabalho ou se ela apenas mantinha tudo sob controle aqui. Esperava que fosse a segunda opção, pelo bem de todos nós.
— Desculpe, Steph, só sendo amigável, fazendo a garota nova se sentir bem-vinda. Se precisar de alguma coisa é só avisar, Srta. Carter. A porta do meu escritório está sempre aberta.
— Okay, pessoal, Henry está um pouco atrasado. Ele estava em uma conferência por telefone com uma equipe da Europa mais cedo e isto o deixou um pouco atrás no cronograma. Ele vai se juntar a nós em breve. — o Sr. Stark avisou.
Nos sentamos ao redor da enorme mesa de madeira no centro da sala. Me sentei ao lado de Stephanne, que apertou meu braço para me tranquilizar. Enquanto a reunião continuava, eu me sentia mais e mais confortável e me vi fazendo perguntas. Percebi quando o Sr. Parker levantou uma sobrancelha uma ou duas vezes, surpreso com como eu já estava inteirada dos assuntos do escritório. Fiz anotações e prestei atenção a tudo que estava sendo falado.
A porta se abriu lentamente cerca de meia hora depois do começo da reunião e o Sr. Roger entrou. Me senti engolir profundamente e um calor subir pelo meu corpo. Merda, eu ia me fazer de idiota se não tomasse cuidado. Ele era ainda mais de tirar o fôlego pessoalmente.
— Henry, entre e conheça Julia. — o Sr. Parker falou, assentindo na minha direção animadamente.
Olhos de um azul profundo me devoraram, mas de repente seu rosto tinha uma expressão fechada. Mesmo assim, ele ainda era devastadoramente bonito, ainda mais que as imagens do Google. Me levantei e me inclinei sobre a mesa para estender a mão para ele. Esta provavelmente não foi a melhor ideia do que se fazer quando eu estava usando uma blusa decotada. Ele assentiu sem dizer nada, com os olhos fixos no meu ombro, mas pegou minha mão. Porra! Parecia que eu tinha tomado um choque daqueles, que subiu pelo meu braço, desceu pelo torço e foi direto para o meio das minhas pernas. Puxei minha mão como se tivesse sido picada.
Os olhos de Henry pareciam tão confusos quanto os meus enquanto ele olhava para a palma da sua mão, mas seu rosto não dava nenhuma pista. A expressão fechada dele ainda estava lá. Ele obviamente também tinha sentido aquilo.
— Srta. Carter, perdão pelo atraso, pessoal, chamada de Paris. Fred, Adam, por favor continuem. Vou pegar o que perdi depois.
A reunião continuou por mais uma hora ou algo assim. Eu estava no meu elemento, fazendo perguntas, desafiando onde achava apropriado. O Sr. Roger, pelo que parecia, não estava tão impressionado comigo quanto o Sr. Parker, e sua expressão se fechava e ele batia os dedos na mesa e suspirava quando eu interrompia. Eu já estava responsável por vários casos e minha primeira reunião com alguns dos novos clientes estava agendada par ao dia seguinte. Com minhas anotações na mão, voltei para o meu escritório, imaginando qual o problema do Sr. Deus Supremo Roger.
Com a porta do meu escritório trancada e as cortinas fechadas, me senti a salvo da fúria de Henry Roger, ao menos por enquanto. Tinha levado meu almoço, então decidi evitar outros confrontos e ficar fora do seu caminho.
Quando deu uma hora, parei o que estava fazendo e peguei meu almoço. Ele estava em uma bolsa fofa que eu tinha comprado quando estava de férias. Antes de conseguir o trabalho em Roger, Stark e Parker, eu tinha me dado quatro semanas. Já fazia dois anos que eu não tirava férias, então entreguei minha demissão e fui para a Inglaterra visitar alguns dos lugares favoritos da minha infância.
Fui ao túmulo de Wordsworth em Grasmere e visitei sua escola em Hawskhead, uma adorável vilazinha na entrada do parque nacional. Comprei lembranças de Beatrix Potter no museu. Estava no meu elemento enquanto andava pelas colinas da região de Bronte e conseguia imaginar cada cena de O Morro dos Ventos Uivantes enquanto andava em Ilkley Moor.
Fiz as coisas de turista de sempre e visitei o Palácio de Buckingham. Porra, aquele lugar é enorme. Foi enquanto estava em Grasmer no Lake District eu achei o lugar da bolsa de almoço e comprei várias das bolsas fofas. Dei uma para Sue, a outra metade do meu pai, assim como uma para Cassie e para Jess, minhas melhores amigas.
Eventualmente voltei, feliz e totalmente relaxada, e pronta para aceitar o desafio de um novo trabalho. Para minha sorte, não tive que esperar muito pela posição em Roger, Start e Parker. Parecia que o destino estava do meu lado, para variar.
Me balançando distraidamente na cadeira, me lembrando das minhas férias, brinquei com a minha bolsa enquanto almoçava. Uma batida na porta interrompeu meus pensamentos e eu estava subitamente preocupada.
— Entre. — falei, tentando passar uma confiança que não sentia.
A porta se abriu e um Thomas Hamilton muito confiante entrou.
— Oi, Julia, estava imaginando se ia sair para almoçar. Ah, estou vendo que já trouxe sua comida. — ele soava um pouco desapontado.
— Sim, trouxe, porque eu não sabia como eram as coisas aqui. Talvez outro dia.
— Olha, Julia, sobre Henry... Não leve nada que ele fez ou falou a sério, ele é rabugento nos melhores dias, mas você o desafiou hoje e acho que isso o incomodou. Acho que ele não sabe bem como lidar com pessoas novas, ele parece deixar esse tipo de coisa para Fred e Adam. Olha, assim que ele se acostumar com a ideia de que você vai ficar aqui, ele vai melhorar. Você disse algumas coisas que merecem ser pensadas lá, mais cedo. Tem novas ideias que vão fazer esta firma crescer ainda mais, e eles seriam idiotas de não ouvir. Adam não é estúpido, ele deixa Henry brincar de lobo mau de tempo em tempo mas não vai deixá-lo fazer isso quando faz sentido para os negócios, e o que você estava falando é exatamente isso. Vou deixar você terminar seu almoço. Estou a três portas de distância se precisar.
Ele tinha me dado algo em que pensar. Eu podia deixar o Sr. Deus Supremo Roger me incomodar e intimidar desde o começo, mas definitivamente não ia ser assim que as coisas iam funcionar. Certo, quando o assunto era homens e coisas do coração eu era um pouco tímida e menos confiante, mas no trabalho eu estava no meu melhor. Eu não deixaria a carranca de Henry Roger me preocupar. E isto seria um novo desafio para mim, porque só ele entrar em uma sala já me fazia tremer e deixa minha calcinha molhada, então quando você juntava tudo isso àquela carranca...

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