Capítulo 9

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N/A: Bom dia, amores! Eita esses dois, gostam de me dar trabalho xD. O que acharam da Cassie?

Beijos, Jull Evans

Capítulo 9

Julia

Entrei depressa no café, sem me importar com quem eu empurrava ou em quê eu esbarrava no caminho até Cassie. Ela já estava ali, graças a Deus. Precisava desabafar sobre Henry antes de explodir de vez.

— Oi, Cassie. Obrigada por vir tão depressa. — cumprimentei enquanto me jogava no assento de frente para ela.

— Suas ligações de socorro não são frequentes, Carter. Na verdade, acho que nunca recebi uma antes, então imagino que seja sério e você precisa de ajuda. Afinal, é para isso que amigos são, não é? Então, o que houve? Está tudo bem? Não perdeu o emprego, não é? Falou o que não devia para um dos chefes?

Tive que rir, ela me conhecia bem demais. Cassie sabia que eu não tolerava idiotas e precisava me esforçar para ficar calada. Isso tinha me arrumado mais problema ao longo dos anos do que qualquer outra coisa.

— Não, Cassie. Eu ainda tenho um emprego. Pelo menos acho que tenho, mesmo depois de sair no meio do expediente. Não, meu problema é pessoal e não sei se estou bem. Não acredito que estou te contando isso. Não acredito que estou contando isto para alguém, aliás.

— Julia, o que é? Você está me assustando.

A pobre Cassie realmente parecia preocupada. Ela ia me matar quando percebesse que isso tudo era por causa de um homem.

— Okay, então não fique com raiva. — respirei fundo e contei tudo sobre Henry. Sobre nosso primeiro encontro, os choques elétricos, como ele era de tirar o fôlego, e também como ele me enfurecia com esse vai e vem.

A boca de Cassie ficou aberta enquanto falei. Não tive coragem de parar para ela dar sua opinião, ela ia me comer viva, me mastigar e me cuspir de volta. Nós sempre contamos tudo umas para as outras e eu tinha escondido isso delas. Eu não tinha paixonites nem interesses, todo mundo sabia disso. Isso não era minha cara e este era um dos motivos para eu ter mantido isto, não importa a merda que fosse, escondido até agora.

— Então o que eu faço? Como reajo? — perguntei, torcendo para ela pegar leve comigo.

— E você não pensou em falar comigo ou com Jess sobre esse Henry antes? Com certeza depois do primeiro dia, com esse choque elétrico, você poderia ter falado alguma coisa.

— Eu não pensei que fosse nada demais, Cassie. Sabe que não reajo bem ao redor de homens. Isso é totalmente confuso para mim. Num minuto ele é amigável e no outro está sendo um babaca. Ele me mandou um email hoje para perguntar se estou bem. Estava meio perdida hoje de manhã, com ele em Paris sem nenhum aviso prévio. Estava mais quieta que o normal. Ele notou e me mandou um email. O filho da mãe folgado me pediu para manter um dos outros funcionários na linha. Então ele me mandou outro email, este menos formal, e disse que eu podia ligar qualquer hora. Qual é o jogo dele, Cassie? Não sei como lidar com homens tranquilos na esfera pessoal, mas um cara como ele... Ele é um perigo para mim, para minha carreira e para a minha sanidade. O que eu faço? Por favor, Cassie, me diz o que fazer.

— Seu último email foi pessoal, é isso? Parece que ele não quer te ver mal. Você disse que sempre foi uma possibilidade que ele tivesse que ir para Paris. Se é assim, por que está tão incomodada?

— Resumindo: Ingrid Walker.

— Ingrid quem? — Giana perguntou, confusa.

— Henry não queria ir para Paris porque a Srta. Walker é uma pantera tarada que estava cantando ele em todas as oportunidades e eu acho que Henry estava com medo dela dar em cima dele pessoalmente. É por isso que é tão estranho. Eu sei que era uma possibilidade, mas ele não queria ir. Para ele viajar de última hora assim... Não faz sentido.

— Okay, vamos falar mais sobre isso depois. Preciso voltar ao trabalho. No meio tempo, volte para o escritório, responda o seu email, e seja legal e amigável ao mesmo tempo em que mantém isto profissional. Ele não pode achar defeito nisto. Olha, eu realmente tenho que ir. Vamos sair com Jess mais para o fim de semana. Te mando uma mensagem com os detalhes. Amo você, Carter. — ela falou enquanto se levantava para sair.

— Também te amo, Cassie. E obrigada pelo conselho.

— Você sabe que Jess vai ter uma opinião forte sobre isso quando contar para ela, não é? Ela não vai ficar feliz em ser a última a saber que sua melhor amiga estava guardando segredos. Especialmente sobre algo como um homem interessante.

Suspirei pesadamente. Eu sabia que ela estava certa.

Voltei para o escritório, imaginando como Stephanne ia reagir com o fato de eu ter passado algumas horas fora durante o expediente.

Ela não estava na sua mesa quando saí do elevador, graças a Deus. Fui para o meu escritório discretamente. A primeira coisa que vi foi uma mensagem de Stephanne dizendo que Henry tinha ligado. Merda. Isso queria dizer que ele sabia da minha escapulida. Decidi que era melhor responder seu email. Que horas seriam agora na França? Um olhar para o meu relógio me mostrou que era uma hora da tarde aqui, o que queria dizer que seria mais de nove horas da noite lá. Será que ele ainda estaria online ou trabalhando?

Para: HenryRoger

De: JuliaCarter

Desculpe pela demora em responder. Me desculpe também por meu email anterior não ter aliviado suas preocupações sobre como eu estou. Te garanto que estou bem.

Será um prazer conferir qualquer papelada que achar que for urgente. Posso te mandar minhas impressões por email. Fale com Stephanne para repassar qualquer coisa que quiser que eu olhe. Tenho certeza de que vou conseguir ajudar um pouco no futuro. Vou ficar de dedos cruzados para que resolva a situação em Paris depressa.

Acrescentei o número do meu celular neste email. Pode me ligar se precisar ou quiser. Prometo não atrapalhar seu sono. Não quero te ver mais rabugento do que já é!

Julia

Considerei tirar a última frase. Era demais? Desrespeitosa? Esperava que ele você interpretar corretamente: como uma provocação leve sobre seu humor maluco. Apertei enviar antes de mudar de ideia.


Tentação ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora