Prólogo

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N/A: Repostando o prólogo. Porque o wattpad simplesmente zuou meu capítulo.

Beijos, Jull Evans

Prólogo

Henry

Ser um sócio sênior do escritório de advocacia Rogers, Stark e Parker tem seus benefícios. Bem, às vezes. Eu tinha um estilo de vida que alguém de apenas vinte e oito anos não deveria ter. Tinha uma cobertura de luxo com uma vista de matar, em um dos endereços mais cobiçados de Seattle. Tinha mais dinheiro do que sabia como usar, apesar do meu administrador de investimento pessoal ter outras ideias a este respeito. Mulheres, muitas delas, sempre estavam disponíveis. Eu podia escolher, na verdade. Alta ou baixa, loira, morena ou ruiva, raramente importava; todas me amavam, todas me queriam, ou melhor, queriam meu dinheiro e meu status, principalmente. Eu nunca estava sem uma bela mulher ao meu braço nos eventos e bailes de caridade se precisasse de uma.

A coisa sobre mim, porém, era que eu não namorava. Não tinha tempo, vontade, nem ninguém que me interessasse o suficiente para me fazer querer mais do que eu garantia que qualquer mulher que se envolvesse comigo esperasse, o que era nada. Não era do tipo romântico; sexo casual e a companhia ocasional para um evento específico, este era eu em poucas palavras.

Eu estava simplesmente ocupado a maior parte do tempo para qualquer outra coisa. Trabalho era a minha vida e era assim que eu gostava. Eu era um advogado que dava duro, criando uma senhora reputação no estado de Washington. Já me falaram que, no fluxo do tribunal, eu era "sexo ambulante". Não é exatamente como eu descreveria um advogado foda que nunca tinha perdido um caso, mas ei, quem sou eu para julgar.

Adam Stark e Fred Parker eram meus parceiros de negócios assim como meus amigos mais próximos. Fomos o trio perigo desde nosso primeiro ano em Princeton. A faculdade lá teve seus olhos abertos quando Rogers, Stark e Parkers entraram. Aquele primeiro semestre nos colocou em mais encrencas do que quero me lembrar e em um certo ponto, pensei que meu pai fosse revogar meu suporte financeiro e me arrastar de volta para casa.

Foram dias divertidos e me lembro deles com carinho. Mulheres, uma diferente a cada noite... bebidas, muitas bebidas, mais do que qualquer um de nós conseguia aguentar, na verdade. Arthur e Fred eram muito mais abertos que eu, ambos tendo um fluxo constante de belas mulheres à sua disposição naquela época, e ainda as tinham entrando e saindo dos nossos escritórios hoje em dia. Pensar nisso agora faz eu rolar os olhos. Eles não mudariam. Os dois amavam as mulheres demais para ficarem sem elas por qualquer intervalo de tempo. Eu, mantinha minha porta fechada e a cabeça abaixada, recusando diretamente todos os esforços dos meus amigos de me apresentarem para uma amiga da peguete mais recente deles.

Minha mãe, sempre me dizia que eu só estava esperando a pessoa certa aparecer. Eu não tinha tanta certeza de que algo assim existia, especialmente para mim. Eu era chato demais, trabalhoso demais, e certamente egoísta demais. Que mulher em sã consciência aguentaria minhas quatorze horas de trabalho, sete dias por semana? Que mulher aguentaria um homem que não quer conversar com ela sobre seu dia e que definitivamente não estava interessado nas coisas banais que certamente a interessariam? Eu podia me ver ficando velho, de cabelos brancos e sozinho. Muito, muito solitário.

Hoje, tínhamos uma reunião cedo. Tínhamos uma nova associada, uma tal de srta. Carter, vindo. Adam e Fred a haviam entrevistado semana passado enquanto eu estava no tribunal. Eles pareceram bem impressionados. Seu currículo era excepcional e suas referências impecáveis. Tínhamos sorte de conseguirmos tê-la ainda no início da carreira. A reunião desta manhã era principalmente uma apresentação, já que eu havia perdido as entrevistas, seguida por um resumo rápido de Arthur para deixar claro como éramos como empresa, nossas políticas e quais casos ficariam nas mãos dela. Eu estava ansioso para conhecer nossa nova funcionária. Se seu currículo estava certo, ela parecia um bocado comigo, uma workaholic. Eu a imaginava baixa, gordinha e um tanto quanto masculina, com óculos de lentes grossas e com certeza parecendo ser mais velha do que era. Sorri enquanto saía, na expectativa pelo restante do dia.

Julia

Olhei para o meu currículo e suspirei. Julia Carter, vinte e cinco anos, de Easton, Washington. A maioria das pessoas nunca nem ouviu falar de lá. Isso não me surpreendia. Quer dizer, a pequena cidade longe no nordeste mal aparecia no mapa. Estava sempre chovendo e quem nascia lá tendia a se mudar o mais rápido possível. Eu mal podia esperar para sair, também, e foi o que fiz. Depois de passar quatro anos em Brown para me formar em direito, comecei a voltar para casa, mas nunca cheguei lá. Não, eu parei em Seattle e imediatamente me apaixonei pela vibrante cidade cosmopolita e tudo o que tinha para oferecer.

Os últimos dois anos da minha vida foram ocupados, para resumir. Eu fui sortuda o bastante para conseguir um emprego em um escritório de advocacia respeitado, que me contratou como paralegal e me deixou mostrar o que podia fazer. Agora, dois anos depois, estava completamente qualificada e procurando meu próximo desafio. Bom, eu o encontrei.

Semana passada, me vi sendo entrevistada por um Sr. Adam Startk e um Sr. Fred Parker para uma posição de associada na sua empresa. A entrevista correu bem e estava animada com a possibilidade de ser parte de um escritório tão conhecido. Nem desanimei quando o sr. Parker me contou sobre o outro sócio sênior, um sr. Henry Rogers que, por suas palavras, era um bastardo rabugento e um workaholic. Ele era o tipo de cara que não aceitava bobagem. Okay, posso trabalhar com isso, só precisava me focar no trabalho. Eu sabia do que era capaz e ia provar como era uma boa advogada.

O telefonema do sr. Stark veio no dia seguinte. Ele me ofereceu a posição, e então me convidou para um encontro ao mesmo tempo. Aceitei o emprego mas recusei o convite, dizendo que minha política pessoal era de nunca misturar trabalho e prazer, por razões profissionais, é claro. Tinha uma semana antes de começar no meu novo emprego então decidi fazer mais algumas pesquisas sobre a empresa e seu terceiro sócio recluso.

Google, meu amigo fiel, não me decepcionou. As notícias e a biografia de Henry Rogers faziam com que ele parecesse um semideus. Palavras como bem-sucedido, lindo e solteiro eram usadas com frequência. Antes de minha entrevista, li sobre todos os casos de sucesso da empresa. O sr. Rogers nunca tinha perdido um. Seus oponentes no tribunal o descreviam como implacável e decidido. Me perguntei por um momento porque não tinha procurado imagens dele de uma vez. Procurei agora e me foda – e eu realmente quis dizer me foda – 'lindo' não é a palavra que eu usaria. Ela simplesmente não dizia o suficiente. Palavras como gostoso de tirar o fôlego, sexy e de cair o queixo eram mais apropriadas.

Tudo o que eu conseguia dizer era que por sorte ele não tinha participado da entrevista, porque não tinha a menor chance de eu ter sobrevivido uma hora na mesma sala que ele sem pular nele ou desmaiar. Tanto o sr. Stark quanto o sr. Parker eram excepcionalmente bonitos, ambos de formas muito diferentes, mas Henry Rogers? Me. Fode. Tudo o que eu conseguiria falar sobre isso seria sim... sim e por favor.

Hoje era o meu primeiro dia no novo trabalho. Me vesti com cuidado, querendo ser profissional mas continuar na moda e um pouco sexy. Queria passar a impressão certa. Cassie, minha melhor amiga e estilista residente, me ajudou a escolher a lingerie certa para acentuar meus melhores pontos, principalmente meu busto generoso, traseiro redondo mas firme, e cintura estreita. Escolhi usar um terninho bem ajustado da YSL com uma blusa de seda branca com um decote que dava uma dica, mas apenas uma dica, do que estava escondido sob ela. Terminei com um par de sapatos Manolo, minha marca pessoal.

Lançando um olhar para o espelho, precisava admitir que estava maravilhosa. Confiante, fui de encontro ao desconhecido.

Tentação ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora