Capítulo 23

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Boa tarde, amores! Quem estava com saudades do Henry? Só consegui postar a essa hora. Espero que gostem do capítulo. Quem puder me ajudar a divulgar a história eu agradeço. E nos vemos na sexta.

Capítulo 23

Henry

Como sempre, meus pais fizeram um interrogatório. Conheceu alguém, Henry? Tem alguma pessoa nova na sua vida, Henry? Por que nunca traz nenhuma garota para conhecermos, Henry? E por aí seguiu a linha das perguntas. Acho que me desliguei pela metade do assunto, meus pensamentos voltando para a morena atrevida cujos lábios estavam presos aos meus apenas algumas horas antes. Eu teria jurado que seu cheiro ainda estava ao meu redor. Impossível, eu sabia, porque tinha tomado um banho de uns vinte minutos quando chegara em casa, usando um sabonete que não era nem um pouco parecido com o cheiro de Julia. O banho tinha demorado mais que o esperado porque meu pau se recusava a esquecer a sensação de ter seus lábios contra o meu e seu corpo tão perto de mim.

Dormi muito bem, para o meu normal. Sempre sobrevivi com umas quatro horas de sono por noite, tirando o atraso periodicamente, normalmente depois de uma noitada com Fred e Adam. Esta noite, porém, eu apaguei como uma pedra. Pensei por um bom tempo sobre ligar para ela apenas para ouvir sua voz, quando cheguei em casa. Mas era tarde e eu não queria acordá-la, então mandei uma mensagem. Quando ela não respondeu, soube que tinha feito a escolha certa. Ela já estava dormindo.

Eu estava ainda mais adiantado nesta manhã. Queria ter o café de Julia pronto e acalmar meus nervos antes que ela chegasse. Estava me chutando por ter falado para que ela chegasse às sete e meia. Deveria ter falado às sete. Isso nos daria uma hora para colocar o assunto em dia, beijar um pouco. Agora eu só teria meia hora antes dos outros chegarem e a tomarem de mim.

Quando ela entrou no escritório, era uma visão. Meu pau se agitou de novo e nem adiantava eu tentar acalmá-lo. Eu podia jurar que ela estava tentando me dar um sério caso de bolas roxas, levando em conta o tanto que estava sexy. Gemi internamente, sabendo que estava perdido.

Ela obviamente não fazia ideia de que estava me matando lentamente.

Meu escritório, antes um lugar de solidão calma para mim, agora parecia vazio e frio. Eu sentia falta do seu calor, da sua risada, e inferno, admito que apenas sentia sua falta. Imaginei por um instante como os outros reagiriam se eu pedisse para unir nossos escritórios. Hmm... Dividir um escritório com Julia... Eu duvidava que faríamos algum trabalho. Merda, eu mal podia me controlar aqui, quem diria se estivéssemos na mesma sala o dia todo. Parecia uma ideia que eu gostaria de considerar futuramente, porém. Ri para mim mesmo e guardei o pensamento para uso futuro.

Uma batida seca na minha porta e Stephanne colocou a cabeça para dentro, me avisando que era hora da reunião.

Respirando fundo, peguei meus papeis e uma caneta e fui para a sala de conferências. Ela já estava lá, sentada na mesma cadeira de sempre. Sentado ao lado dela estava aquele maldito, Hamilton, seus olhos dançando enquanto ele praticamente tirava suas roupas. Eu tossi alto e o encarei. Ele tremeu visivelmente e afastou sua cadeira da dela. Um sorriso seco atravessou o rosto de Julia, mas ela não olhou para mim. Ela não precisava: já me tinha, e nós dois sabíamos o que estava acontecendo.

Me vi perdendo a concentração com frequência, totalmente fora do meu normal. Quase sempre era eu quem questionava, desafiava qualquer fala. Hoje não disse nada, até mesmo minha atualização foi rápida e direta. Porém, enfatizei a questão de que precisávamos decidir alguém para assumir o caso de Paris. Aquela pessoa precisava estar lá para conhecer a cliente e passar algum tempo conferindo o caso, vendo o que conseguiam descobrir. Não tive voluntários, todos estavam em silêncio. Isso seria deixado para a próxima reunião, para ser discutido com mais urgência.

Tentação ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora