Em um belo sábado de sol, dia para pular na piscina e esquecer dos problemas, curtir os amigos. Orlanda chegou e seus olhos se misturaram aos olhos de Aloísio, que sabia que deveria abaixá-los, mas não conseguia, pois se sentia enfeitiçado. Orlanda caminhou, contornou a piscina e parou diante dele.
- Desculpe-me pela discussão que tivemos.
- Não faz isso, naquele momento, você era a dona da razão. Eu agradeço por pedir ao seu pai que eu retornasse.
Ela sorriu e pegou a mão dele.
- Quem sabe, ainda voltaremos para aquele lugar e dançar ao som de bolero.
Aloísio riu, mas não perdeu sua postura.
- Não adianta ficar assim, travado, porque eu sei que me acompanhará em todos os lugares.
Do outro lado, Marquesa observava-os, seu coração pulsou da mesma maneira no passado, quando via Ian beijar outra pessoa que não fosse você. É tão inexplicável questionar o que ela sentia, porque estava se interessando por Aloísio.
Alguém pousou a mão em seu ombro e seus olhos ergueram para a esquerda, enxergando Ian.
- Está tudo bem? - ele perguntou.
- Sim. E você?
- Estou bem, cadê Davínia? Ela não veio com você hoje?
- Não. Talvez, mais tarde.
- Ela tem namorado?
- Não. Está interessado?
Ian olhou para Marquesa e a abraçou de lado, sem responder.
- Não sei mais no que me interesso...
Marquesa deixou-se ser abraçada, estava sentindo uma carência sem medida, ela precisava daquele calor humano ao seu lado, ainda havia vestígios do passado que a prendia a Ian.
- Eu quero ser amado, cansei dessa vida de curtir e não ter um relacionamento sério - ele apertava Marquesa mais forte.
- Solte-me! Estou sufocada - ela reclamou, rindo do jeito de Ian.
Ele riu também e ameaçou de jogá-la na piscina.
Ian viu a garota de quem falava chegar e pediu para Marquesa ajudá-lo a conquistá-la.
- Primeiro, vá até lá e converse, seja você mesmo.
Ian sorriu e foi até onde estava Davínia, que escolhia uma cadeira para tomar sol.
- Posso fazer companhia?
Ela o encarou e balançou a cabeça positivamente.
- Sabe, eu não tive a oportunidade de cumprimentá-la corretamente, pode aceitar um abraço meu?
Ela aceitou.
E os dois se abraçaram brevemente, depois ela escolheu uma espreguiçadeira, mas antes acenou para Marquesa, chamando-a. Marquesa fez sinal com as mãos, dizendo que iria depois.
- Você aceita alguma bebida?
- Obrigada.
- Eu vou buscar, qual fruta você quer? Com ou sem álcool?
- O que você quiser, aceito sugestões.
- Ótimo.
Davínia insistia para que Marquesa viesse logo, suas bochechas se queimavam de vergonha.
- Eu só vou falar uma coisa e já terei de sair, ele está na sua. Ele gostou de você, então já fique sabendo para saber o que dizer.
Marquesa deu um beijo no rosto dela e se apressou a sair. Ao se virar, Marquesa não aguentou e lágrimas escorreram de seus olhos, de um lado, estava Aloísio e Orlanda, enquanto do outro lado, Ian e Davínia.
E ela estava se doendo por estar sozinha e não correspondida.
No casarão, Selénia beijava e abraçava Heitor na frente de todos.
- Meu amor, lembra em 56? Quando você quis casar comigo, mas meu pai pegou uma peixeira e correu atrás de você?
- Vocês se conheciam na juventude? - interrompeu Marquesa, sendo surpreendida pela revelação de sua avó.
- Sim. Antes de eu me casar definitivamente com a avó de Ian, eu tive um caso com sua avó.
- Caso não! - Selenia deu um tapa de leve no braço de Heitor, que não parava de rir.
- Interessante...- comentou Marquesa, disparando em direção ao escritório de seu pai.
Chegando lá, estranhou a porta não estar completamente fechada, então sem dizer nada, terminou de abri-la e acabou se assustando ao ver Carla e Graciliano agarrados.
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O Clube
RomantizmClassificação: Livre Pense em um lugar bem frequentado aos sábados, onde várias emoções poderão acontecer.