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Acordo um pouco tonta devido eu não ter comido no dia anterior, olho para o lado e meu pai estava lá sentado em uma poltrona ao lado da minha cama, lendo alguma coisa, olha para a porta e minha mãe entra com um prato cheio de sopa, me sento na cama e começo a comer, ela sai e meu pai pega o celular.

- Alô.. sim sou eu mesmo... tudo bem ela já voltou... obrigado.. ta bom, tchau - desliga e me olha comer - não sabe o quanto fiquei preocupado com você?

- Não tive culpa - abaixei a cabeça e continuei comendo.  

- Eu sei que não meu amor - acaricia minha cabeça - sua mãe já se desculpou de ter mandado você sair sozinha.

- Hurum... - continuo comendo.

- Amy? - o olho parando de comer, já havia acabo, coloquei o prato no criado mudo - onde você estava?

- Fiquei trancada no porão - comecei a pensar no meu desespero.

- Tinha alguém com você?

- Não - minto - estava sozinha!

- Tudo bem - ele me dar um beijo na testa - qualquer coisa me conta - concordo, ele se levanta e sai.

"Não iria  dizer a meu pai sobre o homem de preto, sabia que meu pai iria atrás e o homem de preto não fez nada além de me ajudar, e me da muito medo, mas enfim... ele não merecia ser pego pelo meu pai "

Me levanto e vou na direção do meu guarda-roupa, pego uma calça moletom e uma blusa de frio, uma calcinha limpa e vou para o banheiro, faço minha higiene e escovo meus dentes, volto para o quarto e me troco, coloco a toalha novamente no banheiro e desço para a sala.

Ligo a televisão e começo a assistir alguns desenhos estranhos que estava passando, era bem chatos mas, não tinha nada de bom passando então, continuei assistindo aquilo.


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Eram exatamente 12:00 " hora do almoço.. obaa ", eu não ia comer, havia comido um prato enorme de sopa, os desenhos estranhos e chatos havia acabado, estava começando o jornal, eu iria mudar de canal quando aparece uma matéria sobre mim.

' A filha do policial Dylan Lins desapareceu na manhã de ontem, a ultima vez que a garota foi vista foi as 9:00 da manhã pela sua mãe, veio reaparecer as 9:00 dessa manhã na porta de casa, onde será que essa garota havia se metido?  será que foi sequestrada?  ou saiu com algum garoto? essa é a duvida, nesse bairro não podemos duvidar de nada... aguardem as próximas noticias

- Não acredito que estou no jornal,  quem será que fez isso? sequestrada? sair com algum garoto? - me pergunto - quem colocou no jornal deveria se preocupar em ir atrás de mim e não fazendo fofocas, afinal, isso é um jornal ou um programa de fofocas?.

Desligo a televisão e fui para meu quarto, fecho a porta e  vou até a gaveta do meu criado mudo, pego meu caderninho e começo a escrever, depois que termino, guardo o mesmo no mesmo lugar e me deito para ouvir músicas, alguns minutos depois ouço batidas na porta.

- Entra - a porta se abre revelando meu pai.

- Oi querida - se senta ao meu lado - o que esta fazendo?

- Ouvindo música - abaixo o volume da música para ouvi-lo melhor.

- Matriculei você em um colégio aqui perto.

- Colégio? pessoas? - ele assenti com a cabeça - pai, porque?

- Você precisa estudar!

- Não estou falando disso - ele me olha confuso - porque nos mudamos? porque tenho que fazer amizades? eu não consigo ter amigas, com o tempo se afastam de mim, me deixam de lado, eu sou antissocial, lembra?

- Eu sei minha querida, quero que conheça pessoas novas, quem sabe você não muda.

- Não gosta do meu jeito? - pergunto.

- Não é isso meu amor - ele me abraça  - eu não aguento ver você trancada nesse quarto, nessa casa, você precisa sair para respirar um ar puro, se distrair.

- Na ultima vez que sair, fui "sequestrada, ou sumir com algum garoto " - falei com ironia.

- Onde ouviu isso? 

- No noticiário.

- Fica calma filha, não irá mais passar - ele me dar um beijo - tenta descansar.

Meu pai sai do quarto e eu volto a ouvir minhas músicas.


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São 19:00, me levanto e vou para a cozinha jantar, assim que chego meus pais estão conversando sobre algo, que não prestei atenção, me sento e minha mãe serve o jantar para todos nós, começo a comer e assim que termino vou para o quarto e pego meu pijama, vou para o banheiro e tomo banho, quando termino eu saio e vou para o quarto, me troco e levo a toalha para o banheiro novamente, escovo os dentes e volto para o quarto, me deito e fico ouvindo música " só faço isso ".

A porta se abre revelando uma sombra, me sento assustada e logo a sombra mostra seu rosto, era meu pai.

- Tinha esquecido de avisar - diz encostado no batente da porta.

- O que? não vai me mandar mais ir para o colégio? - digo sorrindo.

- Não - meu sorriso se fecha - suas aulas começam amanhã. 

- Aff - ele se aproxima.

- Pela manhã - da um beijo na minha testa - acorde cedo pois, levarei você.

- Porque irá me levar ?

- Começo a trabalhar amanhã.

- E a mamãe ?

- Ela ficará em casa - vai indo na direção da porta - boa noite meu amor.

- Boa noite pai - ele sai fechando a porta.

" Pelo menos não ficarei aqui com a minha bela mãezinha, espero que esse colégio não seja que nem os outros, garotos chatos, garotas metidas, professores irritante, e todo mundo babaca... os outros colégios que estudei as pessoas saiam em grupinhos e advinha? o meu grupo era composto por mim e.. só eu mesma, era o maior saco... eu era zoada e ficava quieta porque não sabia me defender, espero que além de eu ter mudado minha aparência eu tenha mudado meu palavreado também para esse tipo de coisa "

Saiu dos meus pensamentos com o sono chegando, tiro o fone do celular e coloco o celular para carregar e alarmar, me deito e durmo.

~ A Suicida E O Psicopata ~ (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora