Capítulo II

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Arthur narrando

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Arthur narrando.

-Amanhã aqui de novo em.- Meu técnico fala e desencosta do meu carro, aceno com a cabeça e dou vida ao motor do carro saindo do local em alta velocidade.

Ainda não conheço muito bem Nova York, na maioria das vezes tenho sempre que ativar o GPS para me ajudar. Vim morar aqui a poucos meses e mesmo assim não consigo me da muito bem com esse lugar e sem contar que eu odeio ter que falar inglês, essa contratação não podia me deixar no meu canto? Em casa eu só falo português, mas na rua não tem jeito tenho que usar o inglês e as vezes confundo as palavras. Fiquei também curioso e ao mesmo tempo assustado quando alguns americanos me conheceram na rua, eu sinceramente não sabia que aqui me conheciam, tenho noção que minhas lutas passam aqui também mas não sabia que alguns me conhecem e até me admiram.

Sinto falta das coisas no Brasil, principalmente do pai e da mãe. A Natália está aqui, mas ela veio bem antes de mim, veio fazer faculdade encontrou um cara e casou quando eu falei que estava vindo morar aqui ela quase infartou.

Mas devo dizer que aqui é maravilhoso de morar o único ruim é o idioma mesmo que eu odeio ter que trocar sendo que sempre me confundo, mas com o tempo vou pegando a prática.

Estaciono meu carro na garagem de casa e saio.

-Papai.- Valentina minha filha de seis anos corre pelo jardim da frente ao meu encontro e passa os braços pequenos pelo meu pescoço. -Você trouxe?

-Mas é claro.- Entrego a ela um saco de presente, ela rapidamente rasga tudo e tira lá de dentro uma luva de boxe infantil, bom digamos que eu estou ensinando ela a ser uma grande boxeadora.

-Uau, são lindas.- Ela me abraça novamente e volta correndo pra dentro de casa. Sigo o mesmo caminho.

-Luvas de boxe Arthur?- Olívia pergunta, Olívia é a mãe de Valentina e minha esposa, nos casamos no Brasil e quando eu descobri que ia vir morar nos Estados Unidos logo arrastei ela e minha filha comigo, no começo Olívia ficou meia cabreira, não só ela mas sua família também, a mãe dela chorou pra cacete não queria deixar a filha vir e foi por isso que Liv quase desistiu. Mas no final tudo deu certo e cá estamos nós juntos.

-Sim, ela gosta de luta.

-Mas ela é uma menina, meninas fazem balé coisas delicadas.

-Faziam, a décadas atrás. Ela gosta de luta, e é até bom que ela aprende a se defender.

-Mudando de assunto, fui convidada pro desfile da marca sexy. E você vai comigo, nem pense em dizer não!

Droga odeio ter que ir a esses eventos, Liv era viciada nesse negócio mas eu sempre fugia.

-Olívia você sabe...

-Por favor, esse é o primeiro convite que recebo morando aqui em Nova York, a marca sexy é muito famosa aqui eu preciso comparecer. Você e Valentina vão ter que estar comigo.

-Quando que é isso?

-Semana que vem.

-Ok, eu vou né.- Precisava ir já que mesmo ela não gostando das minhas lutas sempre estava lá torcendo por mim. Na verdade ela gosta, só que fica escondendo sempre vejo ela pulando no meio da multidão a cada golpe que eu aplico.

Preciso fazer esse sacrifício, mesmo não gostando desse negócio de desfile, quero agradá-la já que ela faz isso por mim muitas vezes.

-Te amo. Agora vai se aprontar que sua irmã está te esperando.- Claro esqueci da Natália.

Tomo um banho e me arrumo rapidamente, antes de sair de casa dou um beijo nas duas mulheres mais importantes na minha vida.

***

Entro no restaurante e já posso ver a Natália com a cara emburrada. Ela está enorme, grávida de gêmeos em breve ela joga eles pra fora. Vou ser titio e ensinar eles a lutar, dois meninos que com certeza vão manter a raiz da família que é a luta. Meu pai lutava, eu luto, Valentina vai lutar e algum desses dois se não os dois vão ser lutadores também.

-Porra finalmente, eu bebi três desses e fui ao banheiro umas dez só esperando o bendito chegar.- Ela diz puta da vida, dou um beijo na bochecha dela e passo a mão em sua barriga.

-Me desculpe por te deixar esperando, juro que não faço mais. Onde está o Jones?

-Trabalhando né. Liv me convidou pra um desfile, acompanhar vocês. Pena que não vai ser um desfile pra grávidas eu estou precisando de umas roupas.

Olívia e Natália juntas, eu não aguento essas duas no mesmo espaço. Pelo menos o Jones vai, só assim temos umas distração além da Valentina tenho certeza que a pentelha não vai ficar quieta um só minuto. Ela gosta de agitação e não de mulheres desfilando roupas estranhas em cima de uma pista ou algo parecido.

-Eu estou indo quase obrigado. Como anda os pirralhos?

-Prontos para serem cuspidos pra fora, não aguento mais.- Dava pra ver que ela não aguentava, andava se arrastando por aí a fora. Não consigo entender como a barriga da mulher consegue esticar tanto, mulheres tem cada elasticidade que vou te contar em.

Ficamos conversando por mais um tempão. Meus pais estavam vindo pra cá no próximo mês e só iam embora quando os gêmeos nascessem, iria servir também como férias pros dois eles nunca tinham saído do Brasil e essa viagem iria cair super bem pro casamento deles.

Minha mãe foi outra que chorou mais que tudo quando eu falei que estava saindo do Brasil, disse que os dois filhos abandonaram ela. Mas eu não tive culpa que uma contratação maravilhosa estava me esperando fora do país, eu pensei em ficar no Brasil mas quando vi o quanto eu ia ganhar não pensei duas vezes em meter o pé. E fora que eu serei mais conhecido por isso, vou ter mais valor, agora eu estou de olho no cinturão isso é o que falta para mim ficar satisfeito, quando ele estiver comigo vai ser difícil alguém me tirar.

Bad boy predestinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora