Capítulo VI

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-Senhorita Camila separei um lugar mais reservado pra senhora.- A host do restaurante diz e me leva pra uma mesa no canto do restaurante ao ar livre. Agradeço e me sento, segundos depois um garçom se aproxima.

-Boa tarde, eu vou querer uma salada de fusilli e um copo de suco de laranja por favor.- Ele anota no tablet e se distância da mesa, boto o cardápio ao lado e pego meu celular.

Assim que abro dou de cara com uma notícia sobre mim, caio na risada sabia que algo iria sair sobre o que eu falei ontem no evento.

"Camila Cavalcante assume noivado com seu stilyst Lito Okada"

Qual o problema desses jornalistas que acreditam em tudo? Minha caixa de e-mail está abarrotada para esclarecer melhor a história, fico cansada só em pensar em responder​ todos eles.

Mando uma mensagem pro Lito perguntando se ele já viu as notícias. E abro também uma de Caleb.

C: Mas que porra é essa de que você está noiva do Lito?

Mila: É isso mesmo que você leu.

Respondo e abro um sorriso, ele vai ficar louco quando ler isso. Não entendo Caleb, ele voltou pra ex mulher mas continua no meu pé, por que voltou pra ela então?

-Eu me pergunto se você não nos conheceu ou se só nos ignorou mesmo.- Tiro os olhos do meu celular e olho pra Natália sentada na minha frente, ela está sentada de lado na cadeira por conta da barriga.

Meu Deus ela está enorme de gorda, e o cabelo dela atualmente está curto na altura do pescoço e bem preto. Mudou bastante.

-Natália?

-Ah então você nos reconheceu, só resolveu nos ignorar mesmo. Parece que continua a mesma.- Respiro fundo e enfio minhas unhas nas palmas​ das minhas​ mãos.

-O que você queria que eu falasse?

-Um oi seria um bom começo.

-E por que você não o fez então? Você também poderia falar comigo, mas também resolveu me ignorar. Não venha falar comigo como se ainda me conhecesse nós não nos vemos a oito malditos anos. Então guarde as suas ofensas pra você.- Perdi a cabeça.

Ela também poderia ter falado comigo, já que estávamos na mesma posição e agora se acha no direito de falar comigo como se ainda me conhecesse eu mudei e amadureci mas uma coisa que não mudou foi esse meu jeito grosso de ser, isso eu jamais vou poder mudar.

-Eu não sabia o que dizer.- Ela diz e desvia os olhos dos meus, nesse momento o garçom bota o prato de salada na minha frente. Eu ignorou totalmente a refeição.

-E você achava que eu tinha?- A expressão dela muda de mágoa pra dor, e em um momento ela está apertando a borda da mesa e soltando um gemido.

-O que foi?

-Ah meu Deus, eu acho que eles vão chegar antes da horaaaaa.. porra.

-Eles quem?

-Os bebês, porra me leva pra maternidade.- Ela rosna de dor e eu me levanto, bebês? Então não me admira que ela esteja tão gorda.

-Ei, me ajude aqui.- Grito pro garçom e ele corre até onde eu estou e me ajuda a descer com a Natália, antes eu pago o prato e a bebida que eu nem sequer toquei.

Assim que chegamos na porta do meu carro a bolsa dela se rompe e a água desce pela sua perna. Ah meu Deus do céu.

Assim que botamos ela dentro do carro eu corro pro banco do motorista. E dou vida ao motor do carro, ela me diz o nome da maternidade e eu acelero o carro, Natália aperta o banco do carro e grita de dor.

Bad boy predestinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora