Capítulo XI

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-Como eles são lindos.- Digo assim que pego uns dos bebês da Nat no colo, eles tinham bochechas enormes e eram bem cabeludos. Depois de muito pensar sobre, eu finalmente resolvi vir visitar os bebês eu estava com um pé atrás de como ia ser. 

-Esse é Álvaro, seu afilhado... quer dizer você aceita ser madrinha dele? Bom, o Jones escolheu os padrinhos do Elton e eu escolhi os do Álvaro, guardei o título de madrinha pra você, se quiser claro.- Natália diz rapidamente, explicando tudo e transbordando nervosismo.

Eu tenho certeza que ela acha que eu não vou aceitar, mal sabe ela que esse é o melhor pedido e notícia dos últimos tempos para mim e eu seria incapaz de negar isso. Olho pro bebê que agora aperta meu dedo indicador com sua mãozinha e dedinhos minúsculos e abro o maior sorriso.

-É claro que aceito, nossa nem acredito.- Sem pensar eu abraço Natália fortemente tomando cuidado pra não machucar meu mais novo afilhado. -Muito obrigada, você não tem noção do quanto estou feliz.

Natália sorri e limpa uma lágrima que desce em sua bochecha.

-Não chora Nat, por favor. Você sabe que eu começo a chorar junto.- Boto o bebê adormecido no berço e abraço ela novamente.

-É tão bom te ver aqui Camila e poder falar com você, eu pensei que nunca mais iria ter o prazer de falar contigo novamente. Eu nunca quis te magoar, fiquei tão triste quando você foi embora e nunca mais mandou notícias, nem com os seus irmãos eu tive contato.- Faço ela parar de falar.

-Eu percebi tarde demais que você só queria me proteger, agora vamos mudar de assunto, isso aconteceu a muitos anos atrás não tem motivos para falarmos sobre isso. 

-Quero tanto ter sua amizade de volta Camila, mas não quero forçar nada entende?- Nossa era tão bom ouvir aquelas palavras.

-Eu também quero, você não tem ideia do quanto me sinto sozinha Natália. Você não está forçando nada pode ter certeza.

Depois dessas declarações, nós nos sentamos na sala e botamos o papo em dia. Jones chegou umas horas depois e se sentou com a gente, ele era muito engraçado me fez rir tanto, era um homem maravilhoso eu consegui perceber isso só nesse meio tempo que conversei com ele e percebi também o quanto ele amava a Natália, falava com ela com carinho e paciência. Era lindo a relação deles.

Depois de muita conversa eu infelizmente fui obrigada a ir embora.

-Volte quando quiser Camila, você é muito bem-vinda.- Jones diz e me da um beijo de despedida.

-Muito obrigada.- Me despeço da Natália com um abraço bem apertado e vou até meu carro. 

***

Quando chego em frente ao meu prédio o Lito entra no carro e fecha a porta.

-O que foi? Eu vou estacionar.

-Nada disso nós estamos indo ver a Luta do seu "amigo".- Ele usa as mãos como aspas no amigo.

-Eu não estou indo assistir a luta dele. Primeiro, eu odeio essas merdas, segundo, não quero mais boatos com meu nome e com o nome dele. Foi difícil desfazer um mal entendido.- Nem amarrada eu iria até essa luta, imagina só, do jeito que esses jornalistas são vão falar que estou lá porque estamos transando. E ainda vão inventar algo mais, já que a mulher dele com toda certeza deve está.

-Vamos Camila, me dê apenas uma carona. Eu estou sem carro e você sabe disso.

-Ok, a carona eu dou.- Volto a ligar o carro e puxo pra rua. Lito bota o endereço no GPS e eu sigo.

-Comprei atoa o seu ingresso.- Ele diz e joga o papel no porta luva. 

-Não sei quem te enganou que eu ia aceitar ir nesse negócio.

Bad boy predestinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora