Capítulo XVI

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-Vamos valentina.- Lily a babá de Valentina grita da sala, as aulas já começaram e agora ela está indo pro colégio.

-Tchau papai.

-Tchau meu amor.- Abraço ela apertado e a deixo ir correndo até onde Lily estava.

Pra trazer Valentina comigo foi a maior dificuldade eu tive que ficar uma semana no Brasil tentando convencer a Olívia de não levar nossa filha junto pra loucura que ela estava cometendo. A semana que fiquei lá eu tive discussões com Olívia sobre o que era melhor pra Valentina.

Então em um belo dia, ela finalmente se deu por vencida e pensou com mais clareza, então eu pude trazer Valentina comigo.

Termino de por minha roupa de correr e amarro meu cabelo. Saio de casa carregando uma garrafa de água. Vou correndo mesmo até o parque próximo a minha casa.

Dou três voltas ao redor do local e paro pra me alongar. Avisto a Camila correndo com seu cachorro a uns metros de mim, interrompo meu alongamento e vou atrás dela.

Quando ela percebe minha presença logo para e abre um sorriso, se eu não amasse minha filha  e fosse maluco eu faria como a Olívia largaria tudo pra viver uma coisa do passado.

-E aí tudo bem?- Ela pergunta e tira o fone.

-Não, fui abandonado.- Ela me olha um pouco confusa esperando que eu me explique. -Olívia me largou, pediu o divorcio.

Ela abre a boca sem acreditar.

-Uau, não esperava por isso.

-Nem eu, gostaria de almoçar comigo?- Depois de fazer o pedido que raciocínio, ela vai pensar que só estou a convidando pois acabei de me separar. 

-Não, só em pensar em ser vista com você e ser apontada como o pivô de sua separação já fico mal.

-Você sabe que eu não quero dar em cima de você ou algo parecido certo? Só queria conversar mesmo estão todos no Brasil ainda.

-Tudo bem, me ligue quando estiver a caminho. Eu acho melhor o almoço acontecer no meu apartamento pode ser?

-Claro.- Ela sorri e sai andando levando seu cachorro pela coleira. 

Fico a olhando até que some das minhas vistas. Realmente espero não está forçando uma relação, quero me aproximar dela como amigo claro, mas não gosto de pensar em está forçando a barra pra isso acontecer. 

Vou pra casa, para tomar um banho e me arrumar pro almoço. 

Quando da uma certa hora eu mando uma mensagem pra ela dizendo que estou a caminho, boto minha jaqueta vermelha e pego meu capacete em cima da mesa e as chaves de minha moto. Me vi ao longo dos anos apaixonado por motos, hoje tenho duas e dois carro, um esporte e o outro mais popular já que estou ganhando bem me dei ao luxo de me presentear com essas belezinhas. Subo em minha moto e dou partida, corro moderadamente pelas ruas agitadas de Nova York é incrível ver as pessoas andando rapidamente pelas calçadas carregando maletas e falando ao celular agitadamente, muitas das vezes soltando fumaça de tamanha raiva. 

Observo tudo passar por mim rapidamente, e logo estou adentrando a garagem do prédio onde Camila mora que por sinal é tão luxuoso, não tinha percebido quando vim aqui pela primeira vez acho que estava muito interessado em acabar com a fofoca que eramos amantes para perceber tamanho luxo.

Apertei a campainha e uns segundos depois ela aparece na porta, está com os cabelos úmidos e usando um shortinho curto que é escondido por uma longa blusa de basquete.

-Entra- Ela diz e fecha a porta atrás de mim. 

Olho pra parede que me recebe na sala de estar e ainda não consigo me acostumar com a foto dela lá em tamanho mais que real.

-Cê sabe né, amor próprio é tudo.- Ela diz e da de ombros indo até a cozinha, a sigo pelo apartamento espaçoso e me sento em uma banqueta. -Então eu pedi comida, já que meus dotes culinários não são bons.

Concordo, ela se apoia no balcão onde fica a pia ela da um gole em sua taça de vinho e abre um meio sorriso.

-Sua mulher em? Ela me parecia ser tão... fiel. 

-Pois é, me largou pra viver uma aventura adolescente com um namorado do passado.- Camila me olha com os olhos arregalados e um sorriso sarcástico.

-Gente, estou passada com a sua mulher. Juro, não esperava isso dela.

-Imagina eu, e você que a conhece a sei lá quase um mês? e teve pouco contato com ela está surpresa imagina eu.- Ela se senta no banco em minha frente.

-Você supera, disso eu tenho certeza. E sua filha?

-Ela está morando comigo, eu jamais deixaria ela longe de mim.- Podia ver que Camila estava surpresa.

-Ela abriu mão da filha? 

-Pode-se falar que sim. 

-Que vaca, tantas mulheres querendo ser mãe e ela abandona a filha por conta de um homem? Por favor né.

Nisso eu concordava fiquei surpreso quando Olívia abriu mão dela, mesmo depois de nossas inúmeras brigas pra ver quem ficaria com Valentina, mas é melhor assim. 

-Então agora são só vocês?

-Sim.

-A sua filha não ficou triste por isso?

-Ainda não está sentindo, mas ela sabe que eu e a mãe nos separamos.- Camila vira o resto do vinho e logo enche outra taça. Pego a taça de sua mão e jogo o líquido fora.

-Hey eu ia beber.

-Não mais, enquanto eu estiver aqui você não vai beber nem fumar.

-Arthur!- Jogo o cigarro fora. A campainha toca e Camila vai buscar a comida, enquanto isso eu dou uma olhada pela cozinha e no corredor. 

O apartamento dela parece que foi vomitado por um unicórnio é todo colorido com quadros que levam cores vibrantes. A cozinha segue o mesmo ritmo as banquetas são coloridas e tem alguns quadros de alimentos e frutas. 

Fui até o corredor e dei uma olhada nos quadros. Os quadros eram lindos, tinha da Madonna no começo da carreira, Elvis Presley, The Beatles, Marilyn Monroe, Carmen Miranda...

-Gostando da decoração?- Ela pergunta do começo do corredor me dando um puta susto.

-Os quadros são fodas.

-Pois é, me vi apaixonada por músicas e cantores antigos a um tempo atrás então comecei a me viciar em comprar os quadros. Vem estou faminta.- A segui e nos sentamos no balcão.

-Estou pensando em me mudar. A casa onde moro é muito grande e acho que Valentina ficaria animada com a mudança. E hoje eu estava vendo... acho que serei seu novo vizinho.- Dou uma garfada em minha comida e a Camila para com o garfo no ar.

-Você vai se mudar pro prédio?

-Talvez, gostei daqui. Talvez eu fale com um corretor.- Abro um sorriso quando vejo que ela abaixa a cabeça querendo esconder o baque que minha notícia deu nela.

-Camila não é como se eu fosse morar junto com você, não precisa agir desse jeito.

-Estou agindo normalmente Arthur, você não me atinge mais.- Dou a volta no balcão e me apoio em sua banqueta para olhar em seus olhos.

-Será que isso é verdade?- Ela sustenta meu olhar com uma sobrancelha arqueada.

-Mila você não vai...- O cara que mora com ela entra na cozinha e eu me afasto dela. -Foi mal por atrapalhar.

-Não atrapalhou nada.- Camila diz e me lança um sorriso sarcástico, balanço a cabeça. 

-Vou tomar um banho, depois falo com você Mila.- O cara diz e da um beijo na bochecha dela, me cumprimenta com um aceno de cabeça e sai.

-O almoço estava ótimo, a companhia melhor ainda mas tenho que ir buscar a Valentina.- Falo e ela concorda e me segue até o elevador privativo.

-Até mais, novo vizinho.- Ela diz e abre um sorriso. 

-Você não mudou nada.- Digo e a porta do elevador se fecha, subo na moto ainda com um sorriso no rosto.

Bad boy predestinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora