✦ Capítulo 19 ✦

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Dois meses se passaram, o tempo estava voando praticamente. Eu estava sentada nas escadas de minha casa, enquanto comia um sanduíche. Fiquei por um tempo pensando sobre tudo que estava acontecendo em minha vida ultimamente. Eu e Park estávamos mais próximos, diria que bem mais próximos, mas até agora não rolou nenhum beijo praticamente... Mas, por que estou me importando com isso? Nós estávamos apenas fingindo ser namorados, mas admito que sinto uma atração por ele, nunca gostei tanto de um garoto assim... Estou sendo muito idiota? Talvez. Porém, não posso me culpar por gostar de alguém.

Me pequei pensando em minhas amigas... Yura e Doyun também se aproximaram, mas os dois são tímidos demais para contar sobre o namoro.

Sunhee precisou ter que ir viajar com os pais para visitar sua avó materna, pois a mesma estava em estado grave. Já Minho parecia mas alegre ultimamente, depois que começou a namorar o Teamin, parece que seu dia a dia virou um mar de rosas... Estou orgulhosa do namoro dos dois.

De repente, a maçaneta da porta começou a mexer, o que me fez sair dos meus pensamentos, minha mãe a abriu, trazendo sacolas enormes em suas delicadas mãos, ele estava voltando do mercado.

- Kat, me ajude com isso. - ela pediu quase sem fôlego, me levantei e ajudei a desfazer as compras. - Querida... precisamos conversar... - ela parecia estar nervosa.

- Claro, pode falar.

- Hoje recebi uma ligação, a secretária do seu pai me ligou, avisando que ele tinha partido em direção a Seul. - ela respirou fundo.

- Partido?

- Sim, ele saiu as pressas do trabalho, após ver uma mensagem em seu celular, saiu correndo dali e comprou a primeira passagem de avião para a Coreia do Sul. - eu estava completamente imóvel, apenas ouvia minha mãe com atenção.

- Então quer dizer... que ele vai nos visitar? - minha voz estava fraca, e minha mãe percebeu isso.

- Provavelmente... Mas por favor, me prometa uma coisa, ok? - confirmei com a cabeça. - Não aceite nenhuma proposta que ele lhe fará.

- O que? Proposta? - perguntei confusa.

-É que seu pai vive tentando achar maneiras de tirá-la da minha guarda... Mas não se preocupe com isso, tenho vários amigos que são advogados também, eles podem nos ajudar no caso.

Aquilo tudo passava como um furacão pela minha cabeça, o que estava acontecendo? Meu pai já tinha tentado me levar embora, porém segundo minha mãe, foi quando eu era pequena ainda, por isso não me lembrava de nada.

Ouvimos uma batida forte na porta, eu e minha mãe nós entreolhamos com uma cara de espanto. Ela foi em direção à porta, girou a maçaneta e a abriu, revelando um homem alto, com cabelo preto, e usando terno. Era o meu pai.

- O que está fazendo aqui, Richard? - minha mãe perguntou autoritária, e segurou a minha mão fortemente.

- Você sabe muito bem o motivo para eu ter vindo aqui, Lee. - quanto mais ele entrava, mais minha mãe me escondia atrás de suas costas. - Você sabe que é meu direito como pai de viajar junto com a minha filha.

- Você praticamente quer levá-la para estudar fora... - ela suspirou. - Isso não é uma viagem!

- Lee, isso é para o bem da nossa filha! Nos Estados Unidos, ela terá bem mais escolhas para estudo do que aqui em Seul! - meu pai sentou no sofá, e coçou a nuca impaciente.

- Não Richard! Não... - ela se sentou no sofá, e eu me sentei ao seu lado, os olhos de minha mãe estavam lacrimejando.

- E onde a minha opinião entra nessa história? - finalmente entrei na conversa, não suportaria vê-los brigando novamente.

- Ah claro... tudo bem filha, pode falar. - meu pai ajeitou-se no sofá, prestando atenção em tudo que eu falaria.

- Pai, eu não quero. - foi simples falar aquilo, mas sabia que ele iria insistir.

- Que? Mas filha... já está tudo combinado, você mesma me falou que tinha vontade de voltar para os Estados Unidos algum dia... então aí está a sua chance! - meu pai exclamou, enquanto minha mãe secava as suas lágrimas com as mangas do casaco que usava.

- Eu tinha pensado nessa possibilidade... mas não quero perder minhas amizades e nem meus estudos daqui, já basta o que eu perdi antes. - mordi meu lábio inferior, meu pai nunca aceitava minhas respostas, o que eu achava ridículo da parte dele.

- Katherine... Sério que você está se preocupando com seus amigos? Ah, pelo amor de Deus! Você tem que se preocupar com os estudos, amigos podem ser achados a qualquer hora. - eu comecei a ferver por dentro após meu pai falar aquelas palavras, queria muito gritar com ele, aquilo que acabara de sair da sua boca era muito desrespeitoso, não só com meus amigos, mas comigo também.

- Pai, eu já disse que não! - ele me olhou assustado.

- Richard, desista... ela irá ficar comigo! - os dois pareciam brigar por algum prêmio, que no caso era eu.

- Mas eu já fiz a sua matrícula Katherine! Você irá! - eu realmente não acreditava no que estava ouvindo.

- O que? Você fez minha matricula sem me avisar?! - falei

- Cancele agora essa matrícula! Agora! - minha mãe se levantou do sofá, pegou o celular do meu pai que estava em cima da mesa, e deu nas mãos dele. - Vamos... faça! - ela estava impaciente.

- Não Lee, não irei cancelar essa matrícula! Ela vai partir comigo, e vai ser o mais rápido o possível. - minha mãe foi em direção à porta de entrada, e apontou para a mesma.

- Saia Richard. E não entre mais na minha casa! - meu pai se levantou furioso, e foi em direção à porta.

- Fique pronta as 6:00 da tarde de amanhã, irei passar aqui te buscar.- foram as suas últimas palavras após sair.

Minha mãe mal esperou ele sair, e já foi fechando a porta, eu tenho certeza que os dois se separaram, porém não me contaram com medo de que eu não aceitasse.

Ela veio em minha direção, e me abraçou com força.

- Ele nunca irá lhe tirar de mim... - ela não parava de repetir essa frase em meu ouvido, enquanto de vez em quando, beijava minha testa.

- Mãe, você precisa pegar um pouco de ar... saia um pouco lá fora. - minha mãe realmente precisava, ela estava toda pálida, e ainda sempre desmaia por coisas que a deixam em pânico.

- Você ficará bem? - ela perguntou preocupada, e eu assenti.

Ela saiu pela porta da frente, eu a acompanhei pela janela da sala, a senhora Park estava do outro lado da rua, então a mesma a convidou para entrar, fiquei mais tranquila.

Me atirei no sofá da sala, e fiquei conversando com as minhas amigas por mensagem, enquanto aguardava minha mãe. Até que alguém bateu na porta, me levantei rapidamente, indo em direção a mesma.

- Joy? - quando q abri, me deparei com a garotinha, ela parecia estar nervosa.

- Unnie... venha comigo, é urgente! - ela me puxou até a sua casa, mesmo antes de eu conseguir fazer qualquer ação.

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