Brooke Holland
Carlie queria ficar em casa se caso
acontecesse algo, mas não deixei, ela não dormiu nada no hospital e a mãe dela estava completamente preocupada. Ela já tinha feito muita coisa por mim, já estava na hora de eu me virar.Minha vó ainda estava cansada, fiz um chá pra ela e a ajudei a subir as escadas para se deitar.
– Tenho algumas coisas da escola para fazer, se precisar por favor me chame. – disse ajeitando uma coberta por cima de seu corpo.
– Obrigada, querida. Vou ver se durmo um pouco.
Desci as escadas com um caderno e algumas canetas e me joguei no sofá. O trabalho que ia fazer com o Justin resolvi fazer sozinha com uma história inventada, não pretendia voltar na casa dele. Pelo menos não agora. Chacoalhei a caneta na esperança dela me trazer ideias, mas minha mente estava completamente bloqueada.
Ouvi um estrondo e me assustei, depois me dei conta que havia alguém batendo na porta. Me levantei rápido e abri, o rosto cansado de Justin estava bem na minha frente.
– Você é louca? – ele segurou os meus braços e entrou bruto fazendo minhas costas colidirem com a parede, seu olhar estava sombrio e perdido, as suas olheiras estavam mais fortes. – Porque você não atende minhas ligações, Brooke? – gritou.
– Calma, Justin! – tentei me soltar de suas mãos mas ele estava me apertando forte.
– Calma? Que poha! Você é maluca!
– Me solta, babaca! – o empurrei com força e ele me soltou levando as mãos no rosto esfregando o mesmo. Acariciei meus braços doloridos e me forcei a não demonstrar qualquer emoção. Ele não merece saber o que eu sinto. – Quem me deixou sozinha na merda daquela casa foi você! – falei alto o suficiente para ele me encarar.
– Eu tinha coisas para resolver e já estava voltando. Mas ai, quando voltei, cadê a bonita?!! Te liguei infinitas vezes e só dava poha de caixa postal. – percebi que a mão de Justin estava inquieta, ele a abria e fechava a cada segundo, notei cortes expostos nela.
– Você sabe como foi acordar e não te achar em lugar nenhum? – perguntei encarando seus olhos.
– Você sabe como foi chegar preocupado e não te achar?
– Não jogue suas perguntas em cima das minhas, Justin! Eu não ia ficar esperando você chegar, não sou tão independente quanto você acha.
– Ah, você é muito independente sim, Brooke. – senti que ele queria dizer algo a mais com essa frase. – E a poha do seu celular, porque não atendeu?
– Eu estava no hospital, Justin. – seu olhar me mostrou preocupação por um segundo.
– No hospital? Você está bem?
– Sim, eu estou bem. Mas minha avó não. Levei ela pra lá e desliguei o celular.
Ele virou as costas para mim e bufou.
– O que houve, Justin? Porque você estava tão preocupado? Não passou pela sua cabeça que eu simplesmente quis ir embora?
– A minha casa é no meio de uma floresta, você ao menos tem um carro, quer que eu pense que você foi embora numa boa a noite pela floresta? – ele voltou a me encarar.
– Liguei para Carlie me buscar. O que você fez na mão?
Ele tentou esconder a mão por trás de seu corpo, me aproximei e puxei seu braço para analizar seus cortes. Justin encostou a testa no meu ombro e me deixou mais preocupada. Segurei seu queixo e levantei seu rosto, suas bochechas estavam avermelhadas e seus lábios ressecados.
– O que aconteceu, Justin? – perguntei novamente.
– Machuquei na floresta.
– Na floresta? A floresta fez esses cortes na sua mão? – perguntei sabendo que era mentira.
– Os cortes não, mas a pele ressecada foi. – ele riu na esperança de cortar o clima, mas permaneci brava.
– Senta ai. – disse firme e fui na cozinha em busca da maleta de pronto-socorro da vovó. A encontrei debaixo da pia. Voltei para a sala e Justin estava quieto sentado no sofá analisando sua mão pensativo. Arrastei uma cadeira e coloquei na frente dele me sentando na mesma.
– Acho que vai doer um pouco. – disse pegando o álcool.
– Eu nem me importo.
Joguei álcool num algodão e comecei a passar pelos cortes com o sangue seco. Olhei para seu rosto e notei suas caretas por conta da dor, ri baixinho e ele notou.
– Eu só estou fingindo que está doendo, Brooke.
– Está bem, Justin. Você é um hominho forte. – brinquei e ele ficou quieto. Com um outro algodão limpei o sangue que tinha por sua mão e apenas senti Justin me encarar. Por fim, fiz um curativo. – Pronto.
Levantei a cabeça para encara-lo e ele já estava fazendo isso. Seus lábios tocaram os meus de uma maneira rápida, ele pareceu lutar contra algo, seu rosto voltou a ficar longe do meu e permaneci em silêncio.
– Sua vó está bem?
– Um pouco. – disse sem graça.
– Okay. Se precisar me liga. Obrigado pelo curativo. – levantou rápido e caminhou até a porta.
– Está bem...
– Tchau, Brooke.
– Tchau, Justin.
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Att Dupla porque vocês merecem e eu fiquei muito tempo sem postar.
Gente, eu quero um Justin pra mim por mais que ele seja tão besta. Alguem sabe onde vende?
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Nightfall - Justin Bieber
Hayran KurguDepois da morte de seus pais, Brooke teve que morar com sua avó numa cidade pequena onde o sol se esconde. Lá, Brooke vê que não só o sol, mas também os moradores têm motivos de se esconder... o psicopata que ronda a noite pela cidade é realmente...