Quase Beijo

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- Lanny, estamos querendo ir ao BestDaner quinta que vêm à noite. - informa Coraline assim que a encontramos no estacionamento. - Quer ir?

- Pode ser.

- Sim ou não. - diz Dom.

- Sim. - me viro para ele e reviro os olhos.

- Aeeee mais uma para a lista. - alegre ele me abraça por trás me levantando.

Dou um gritinho e ele me põem no chão mas continua abraçado comigo.

- Bem. Vou eu, Tayler, esse ai, Coraline, Liam, Dina, Samuel e os amigos dele, Jade, Sara, Conor e você. - diz Júlia sorrindo.

Dom me solta e vai até onde Coraline está conversando com Liam.
Eu me aproximo de Caian que sorrir.

- Quer ir? - pergunto por educação.

Júlia olha para mim como se eu fosse doida. Mas depois olha para ele e força um sorriso.

- Claro, se quiser ir está convidado. - comenta.

- Eu vou sim. Parece ser legal. - ele não parece está sendo sincero. Não me convenceu.

- Lanny depois te passa o endereço. - ela diz indiferente. - Bem eu vou indo. Vamos Tayler.

Ela e Tayler segue para o carro dele e saiem do estacionamento.
Coraline vem e me abraça se despedindo e junto a Dom e Liam vão andando até o ponto de ônibus. 

BestDaner é um armazém ao norte da cidade. Ele é afastado o bastante e está abandonado há anos, mas está em boas condições e tomamos a liberdade de decorar lá dentro. Costumávamos ir lá para beber ou fazer sociais. Mas já faz um bom tempo que não organizamos nada lá, isso pelo o que eu sei. Eu por exemplo não piso naquele lugar a um ano.

- Esperando alguém? - pergunta Caian com o sorriso encantador.

- Minha mãe. Mas acho que deve ter ficado presa no trabalho de novo. - redondo.

- Quer uma carona? - oferece.

Encaro o estacionamento e vejo que os únicos ainda ali somos nós. Só há um jipe parado em uma vaga perto de nós. Que acredito ser de Caian, lógico.

- Se sua mãe aparecer diz que pegou carona com um amigo porque pensou que ela não viria.

- Acho que não vou recusar. - sorrio.

Minha barriga faz um barulho, sinal de que estou com fome.

- Vamos? - ele pega a chave no bolso enquanto caminhamos até o jipe.

Ele abre a porta do carona para mim e eu entro.

- Obrigada.

Ele da à volta pela frente e entra ligando a ignição.

- Só me dizer aonde ir. - fala de forma marota.

- Só vira na proxima esquina e seguir passando pela delegacia só seguir em frente. - informo. - Moro na rua 14.

A cidade não é grande. Não há muitas ruas. E só há uma delegacia na cidade toda.

Caian concorda com a cabeça e da partida no carro. Ficamos a maior parte do caminho calados. E sou eu quem quebra o silêncio.

- Por que faltou tanto no mês passado? - pergunto apenas por curiosidade.

- Eu estava viajando. - responde depois de alguns minutos. - E também decidiram fazer uma reunião familiar semanas depois.

Resmungo algo concordando e viro o rosto para a janela, pouco convencida do que ele disse. Primeiro ele mesmo não passou convicção em suas palavras. Segundo, porque simplesmente não consigo acreditar. Na maioria das vezes consigo identificar quando é mentira ou não. É um dos dons. Sua energia vacilou então sei que está faltando coisa aí, está escondendo algo.

Through the Crows [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora