22- Back To...

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|N/A: Olha quem voltou um mês depois, queridos. Eu mesma, Asmodeus Mello. Cá estou eu com mais um cap, ele ta até grandinho pra compensar. E por favor, não me matem. Boa leitura, Navegantes|

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Point Of View Alice Milazzo

Minha insônia parecia estar voltando, como era quatro anos atrás. Deve fazer uns Trinta minutos que estou olhando pro teto do quarto escuro onde estou com as meninas. A cama estavam tão quente que já me incomodava, então lentamente fui levantando, cobri as duas e vesti uma camiseta minha que estava jogada no chão.

— Faz um tempinho que não toco alguma coisa— Sussurrei.

Antes de sair do quarto, abri meu guarda roupas e no fundo falso da parede peguei meu violão que estava escondido. Na gaveta do armário peguei um maço de cigarro e os isqueiro, assim pude sair do quarto e ir pra varanda.

Assim que sentei na cadeira, tirei um dos cigarros do maço e risquei o isqueiro pra acender meu cigarro. Quando deixei as coisas na mesinha fui posicionando meus dedos no braço do violão pra fazer as notas certas. Como eu não sabia muito bem o que tocar, deixei que o momento me guiasse.

Aquela madrugada estava maravilhosa, o céu estava limpo de qualquer nuvem e dava perfeitamente pra ver as estrelas, constelações e até mesmo os aviões pequeninos lá em cima fazendo suas rotas.

Meus dedos começaram a dedilhar algumas notas aleatórias, até que eu lembrei uma das músicas favoritas da minha mãe. Corduroy, do Pearl Jam, era uma das músicas que minha mãe parava tudo o que tava fazendo pra cantar da primeira estrofe à última com gosto. Sempre quando tocava essa música uma alegria e agitação contagiantes se espalhavam como pássaros harmoniosos em sua dança hipnotizante no céu.

— Oh! Mamãe, você aqui agora— Ri baixo balançando a cabeça com leveza enquanto executava as notas.

As notas soavam suave como o pequeno vento que batia em meu rosto, o que me fez fechar os olhos e só ouvir a pequena música sair do violão.

— Mas quem disse que não estou aqui?— Aquela voz calma e suave que minha mãe tinha soou na minha cabeça.

— Ora mamãe, estou dizendo estar aqui comigo e não na minha cabeça— Ri baixo ainda com os olhos fechados.

— Mas eu não estou na sua cabeça— Deu aquele riso suave.

— Não adianta tentar me enganar estando na minha cabeça, mamãe— Falei baixo.

— Se você abrisse os olhos iria entender o que estou querendo dizer— Pediu.

Lentamente abri os olhos e me deparei com uma pessoa na minha frente, sentada na murada da varanda. Arregalei os olhos quando percebi quem estava na minha frente e trouxe uma das mãos até a boca.

— Isso é um sonho?— Perguntei confusa e surpresa, ela riu descendo e murada e vindo até mim.

— Isso parece um sonho?— Apoiou uma das mãos na minha cabeça e fez-me um cafuné.

— Mamãe— Exclamei baixo abraçando-a rapidamente, ela riu, dessa vez com mais intensidade, e devolveu o abraço— Meus deuses que saudades— Eu não conseguia parar de repetir isso.

Meu cigarro já estava no chão e meu violão estava quase caindo da minha mão, mas eu o segurava firme como o abraço com a minha mãe. Minha maravilhosa e esplendorosa mãe.

— Calma, calma branca, eu ainda preciso respirar— Riu com a voz um pouco presa, dei um beijo na sua bochecha e afastei lentamente.

— Eu ainda não acredito que está aqui— Ri numa pequena afobação, ela me acompanhou.

The Different: Vampires N' Demons [Book2]Onde histórias criam vida. Descubra agora