The Different: Vampires N' Demons [Book2]

32-Regeneration

Point Of View Alice Milazzo

Assim que saímos do restaurante de Demetria, ela escolheu nos acompanhar porque gostaria de ver de perto essa batalha que eu e meu pai iríamos participar. Deixou o restaurante nas mãos do gerente e veio conosco.

Todo o caminho até a minha casa o carro estava sob tensão e cheirava a medo que exalava do meu próprio progenitor. Já eu estava completamente calma tendo imagens de cachorros e gatinhos fofos passeando pela minha mente, e isso me tranquilizava demais. E assim que chegamos em casa, Belzebu deu-me a mão e me levou até a porta de casa depois curvou-se pedindo licença.

— Irmã quer alguma coisa? Um conhaque, uma água?— Troy perguntou enquanto tirava seu blazer e deixava nas costas na cadeira.

— Eu gostaria só de um vinhosinho, pode ser seco mesmo. Hoje não tem nada de suave, não é papai?— Provoquei-o enquanto o olhava.

— Suave? Não sei nem o que significa isso— Tentou soar cínico e tranquilo. Ele aparentava estar tudo, menos tranquilo.

— Espero que esteja pronto para resolvermos o nosso problema. Odeio ter que resolver problemas coletivos sozinha— Estalei os dedos, e sob a mesa de jantar minha espada apareceu com sua linda bainha, só com o cabo de fora.

— A Espada da Honra— Soltou surpreso olhando pro objeto em cima da mesa— Você conseguiu fazê-la— Parecia realmente surpreso.

— Ya, me ajudaram a terminar. Ela tem o núcleo de pena de Fênix— Contei, ele ficou mais boquiaberto ainda.

— Como conseguiu confeccioná-la? Quando a terminou?— Perguntou afobado.

— Eu demorei um tempinho para conseguir todos os ingredientes e encontrar um lugar forte o suficiente pra aguentar o trabalho. Foi tudo nos conformes, tive que usar um pouco do meu sangue ali, um pouco do chackra aqui, mas no final deu tudo certo— Expliquei.

— Você pôs sua essência aqui dentro?— Apoiou a mão com um certo cuidado na bainha de couro da espada.

— Pus, porque aí quando quiserem me roubar e fazerem algo de mal, a própria espada irá punir a pessoa e retornará para o meu lugar— Contei.

— Caramba, esses anos nas Bahamas me fizeram desligar totalmente do mundo mesmo— Bateu a mão na testa completamente perplexo— Vem cá, você não vai usá-la na nossa luta, não é?— Perguntou num pequeno riso desesperado. Dei um pequeno sorriso e peguei a espada.

Assim que abri o botão da bainha e segurei no cabo rico da espada pude sentir o poder tomar-me o corpo e correr pelas veias. Levantei o olhar pra ele que mantinha seus olhos cor caramelo vidrados na minha mão e lentamente apontei o objeto afiado e pontiagudo na sua direção.

— Ôh! Pera lá, vamos com calma, ok?— Riu assustado afastando-se um pouco pra trás— Você não havia dito que lutaríamos na Ratio Inferno para não destruir nada por aqui?— Lembrou rapidamente.

— Toque— Pedi numa voz suave, ele me olhou confuso e depois situou a espada apontando-a — Isso, toque-a— Pedi novamente.

Vagarosamente ele foi levando sua mão em direção a lâmina encostando com leveza seus dedos pelo material reluzente e frio. Instantaneamente suas olhos mudaram a coloração de caramelo para um vermelho sangue.

— Tudo o que será perguntado aqui você responderá com toda a honestidade e sinceridade que tem no seu ser— Falei.

— Sim, senhora— Soltou assentindo com a cabeça.

— Você está com medo?— Perguntei, ele tentou reprimir a falar mas não conseguiu.

— Bastante, não vou negar— Falou rapidamente.