45- Epílogo.

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Point Of View Narradora.

Deviam ser mais ou menos Quatro e Trinta e Dois da madrugada de uma terça-feira, Lauren começou a gemer bem discretamente com as dores da contração, e uma hora depois Camila também começou a reclamar de dor, mas parecia que suas contrações estavam muito mais fortes e insuportáveis.

Alice já estava acordada, não havia conseguido pregar os olhos naquela noite porque Deus já tinha lhe dado os sinais que seus filhotes estavam vindo ao mundo. Como era um momento de pressa e desespero, ela correu pra chamar o irmão pra lhe ajudar até porque a cabeça dela estava à mil nesse momento.

— As parteiras, puta merda — Alice bateu a mão tão forte na testa que ficou brevemente tonta — Estamos na Nova Zelândia e elas em Miami, ótimo Alice, boa idéia de continuar aqui — Repreendeu-se.

— A culpa não é sua — Troy falou mais uma vez — E tem como você parar de andar de um lado pro outro? Isso está me irritando! — Reclamou, Alice parou no meio do quarto e olhou pro irmão.

— A banheira, vai encher a banheira — Parecia que uma lâmpada tinha aparecido sobre a cabeça de Alice.

— O que você está pensando em fazer? — Troy levantou-se da cadeira.

— Vai logo, para de fazer pergunta — Alice o empurrou com leveza pro lado — Ei, eu preciso saber quanto que está a dilatação de vocês — Foi andando até a cama onde suas esposas estavam.

— Pelo amor de Damballa, tira isso de mim — Lauren gritou em plena dor apertando as roupas de cama.

— Puta que pariu, puta que pariu — Alice estava realmente desesperada, até porque nunca havia passado por aquilo — Troy, deixa a banheira, pede pra alguém chamar a minha mãe, a minha avó, elas vão saber o que fazer — Levantou-se da cama.

— Tudo bem — Apareceu no quarto — E relaxa esse corpo mulher, elas estão dando a luz aos seus filhos, não criaturas demoníacas — Parecia irritado enquanto saía do quarto.

— Mas eu sou um demônio — Alice tinha uma expressão confusa.

Mas um grito extremamente alto cortou seu pensamento confuso, dessa vez era Camila contorcendo-se sobre a cama com uma mão na barriga e a outra apertando a roupa de cama. Alice literalmente correu até o banheiro, fechou o registro dali porque já tinha água o suficiente e tirou as roupas debaixo das esposas, deixando-as apenas com os sutiãs. Como a água estava morna, botou uma de cada vez com certo cuidado pra que não as machucasse.

— Pronto, agora vocês ficam aí, em trabalho de parto, enchendo minha banheira de suor e sangue — Sorriu satisfeita apoiando as mãos na cintura — A-Ah! Me desculpem, esse não era o comentário que eu queria fazer, eu não… Eu não se— Camila interrompeu sua fala tampando sua boca.

— Por favor, canta alguma coisa pra se distrair, canta alguma coisa pra nos ajudar a fazer isso mais rápido, se acalma — Camila tinha uma vozinha cansada.

— O-Ok, tudo bem, eu vou… Vou pegar o violão ali pra… Sabe… Já volto — Alice estava simplesmente ligada no 440v.

Assim que voltou para o quarto, deu aquele breve branco de quando você está no auge do desespero, então isso fez com que ela entrasse em desespero novamente, até que o grito cortante de Lauren invadisse seus ouvidos e parecesse como um lembrete pra que ela lembrasse até do que não devia.

— Achei! — Alice exclamou vitoriosa levantando seu violão autografado por Kurt Cobain — Ok, vamos lá, o que querem que eu toque? — Perguntou se sentando na borda da banheira.

— Qualquer coisa, você é maravilhosa, só vai — Parecia que Lauren estava a ponto de desmaiar pelo quão cansada que estava.

Alice estava insegura sobre sua voz naquele momento, então ela lembrou do hobbie que suas esposas e ela tinham nas horas vagas de trabalho e compromissos. Os dedos de Alice simplesmente começaram a dedilhar por vida própria pelo violão fazendo soar a música tema da cena entre Ellie e Carl em Up: Altas Aventuras. Automaticamente Camila e Lauren sorriram de modo sincronizado. Era algo muito natural seus dedos dançando pelo braço do violão e s unhas raspando nas cordas fazendo o som suave tocar.

The Different: Vampires N' Demons [Book2]Onde histórias criam vida. Descubra agora