Seus cabelos castanhos estavam acostumados à serem dividos ao meio. Suas roupas estavam sempre perfeitas, sem amassos, sem manchas. Na minha doce – e venenosa –opinião, eu poderia taxar ela de uma maniaca por organização. Algo bom, e às vezes muito ruim.
Pessoalmente, eu não gosto de bagunça, mas sabe quando bate aquela preguiça e você pensa "Deixa Pra Depois!", então, provavelmente com Hayley não era assim.
Um de seus vários dotes era o piano, meu instrumento preferido e na minha novamente doce – e traiçoeira – opinião, o mais sofisticado entre eles. Nunca tive a oportunidade de vê-la tocar pessoalmente, mas pelos poucos vídeo que a mesma me mostrou, ela até que é boa.
Tá.
Ela é ótima.
Mas continuando, Hayley também era bem orgulhosa. Seu peito se estufava quando falava do seu dom no piano, e sua pose nas simples mesas do Aquarius Café, era bem...excitante.
Não que eu ficasse reparando nas curvas de seu corpo, longe disso, mas que ela era bonita, até que ela era.
Tá, denovo.
Ela era bem bonita.
Eu até que tinha uma queda por mulheres mais velhas – e mais novas também – mas foi uma novidade para mim chegar a se interessar por uma pianista doze anos mais velha que eu.
E como um verdadeiro galanteador barato, eu usei todas as minhas cantadas nela. Thomas – do jeito que todos sabem como ele é – também tentou dar em cima de Hayley, pena que ela gostava da fruta que eu também gosto.
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Aquarius Café
Short StoryEntediado com a vida de barista, Tobin cria um blog onde a cada dia narra a vida e as peculiaridades de seus clientes mais importantes do famigerado e muito comentado Aquarius Café. Vencedor do prêmio Wattys 2017 na categoria Contos. 24/09: Capa atu...