Eu estava muito feliz por ter voltado para casa, Bruno estava mais ainda, a única coisa que eu queria é ficar ao lado dele e difícil de acreditar que muitas coisas estão mudando, talvez agora tudo vá dar certo.
Fui à lanchonete encontrar a minha mãe, eu estava sentado numa mesa que fica no fundo da lanchonete para não chamar muito a atenção, por incrível que parece eu achei estranho ate agora eu ainda não ter encontrado com Rodrigo, mas como ele ainda não sabe que eu voltei e quando souber ele vai querer fazer alguma coisa.
Minha mãe demorou um pouco para chegar a lanchonete, eu achei estranho, geralmente ela é sempre pontual.
- Bom dia mãe.
Minha mãe me abraçou.
- Bom dia Gabriel, eu estou feliz que você tem voltado, quando você ligou para mim que tinha voltado, eu fique sem palavra na hora. Seu pai queria saber o que aconteceu, mas eu disse outra coisa para ele.
- Mãe, o mais importante é que Rodrigo, não pode saber que eu voltei.
Ela fez aquela cara de sempre, ela queria entender o que estava acontecendo, mas eu não sei se teria coragem de contar para ela a verdade, o que realmente estava acontecendo, mas acho que essa é hora de eu contar.
- Mãe, isto é uma longa historia. Mas seria bom você saber o que aconteceu, bem quando o Rodrigo veio ficar aquele tempo em casa, eu e ele tivemos um pequeno caso. Eu gostava muito do Rodrigo e depois que ele foi embora eu sofri muito, mas quando eu consegui superar as marcas que ele havia deixado, ele apareceu e começou aquela confusão entre eu e Bruno.
Eu não sei como tive coragem de contar isto para ela.
Ela me olhava com aquele olhar vidrado.
- Entendo meu filho, mas por que você não contou antes, quem sabe talvez as coisas tivesse sido diferente.
- Eu não sei se seria diferente, você viu como o pai me tratou, vai saber o que ele pode ser capaz de fazer quando souber que eu e você estamos nós encontrando.
- Pode ficar calmo, meu filho seu pai nunca vai saber.
- O que eu nunca vou ficar sabendo?
Escutei uma voz familiar, eu olhei para trás e vi quem estava parado, era o meu pai.
- Então esse é o encontro que suas amigas estavam promovendo. Encontrar com a aberração.
- Não fale assim do seu filho.
- Ele não é meu filho e nunca foi. Você acha que eu tenho um filho viado.
Meu pai segurou a minha mãe pelo braço e estava machucando ela.
- Solta ela.
- Gabriel. Tudo bem deixa que eu e seu pai nos aceitarmos.
- Mãe, eu não vou o deixar fazer o que ele quer. Sabe. Eu já cansei de tudo isso. Naquele dia eu não falei nada para você, mas hoje você vai escutar mesmo. Eu não sei qual é o seu problema. Será que é difícil acreditar no que eu sou e daí eu sou gay mesmo, eu não estou ligando para o que você vai fazer ou dizer, mas se você fiz alguma coisa contra a minha mãe, eu não posso garantir nada.
Dei um soco no pai, que caiu em cima de algumas mesas.
- Criou coragem.
- Eu sempre vive de acordo com a suas regras, sempre fui o filho perfeito, mas na hora que eu precisei de ajuda, você simplesmente me expulsou de casa como se eu fosse um lixo qualquer.
O meu pai olhava vidrado para mim, talvez era a raiva que estava em seu peito, eu fiz ele escutar tudo o que estava em meu peito, eu sentia aquele peso que eu carregava sendo lentamente ficando leve, esse era o momento para mostrar quem eu realmente sou.
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Boy Love Boy
RomansaComo se fosse um conto de fada, Gabriel conhece o Bruno, o recém chegado da cidade, que vai mudando lentamente a vida dele e ao mesmo tempo em que eles vão superando os seus traumas do passado ©Está história foi escrita por Willyans Bathista. Copiar...