Estávamos sozinhos no quarto todo escuro. Ele começou a se aproximar de mim. Parado há apenas alguns passos de distância, eu sentia que ele olhava pra mim também sem saber o que fazer.
-Eu não sei Guga. - falava ele com a voz suave.
-O que Ca? - o apelidei carinhosamente naquele momento.
-O que eu vou fazer agora. - e nada mais precisou ser dito. Ele chegou perto de mim, e bem devagar colocou a mão na minha cintura. Puxou-me para frente e nossas bocas ficaram cada vez mais próximas. Eu conseguia sentir a respiração dele. Seu cheiro, seu hálito, seu calor. Tudo nele era espetacular, gostoso. Tudo me dava mais e mais vontade de tê-lo perto, de beijá-lo. E foi aí que aconteceu. Lentamente nossos lábios se encostaram, e eu pude sentir o quão bom era o beijo dele. Seus lábios eram macios e quentes e sua boca dominava a minha de uma maneira única.
Ele tinha um toque macio. As mãos dele pelo meu corpo, seus lábios junto aos meus e o calor dele me esquentando. Tudo estava perfeito. Não sei dizer quanto tempo durou nosso beijo, mas foi tempo o suficiente para garantir para o meu coração que aquele era o cara que eu amava.
Terminamos o beijo e ficamos testa com testa, apenas suspirando e pensando no que aconteceu. E logo depois ele me beijou outra vez. Dessa vez mais forte, com mais emoção e mais pegada. O beijo foi esquentando, e ele começava a bagunçar meu cabelo com a mão direita. O puxou, beijou meu pescoço e me jogou na cama. Estávamos indo rápido, mas o tesão e a vontade falavam mais alto. Jogado na cama ele se deitou em cima de mim e pude sentir o corpo dele colado ao meu. Com uma das mãos ele levantava minha camiseta e com a outra me acariciava o pescoço sem parar de me beijar. Eu estava excitado e ele também. Conseguia sentir seu pau roçando minha perna e parecia que ele crescia cada vez mais. Caio estava doido de tesão, cheio de vontade de levar aquilo a algo mais. E eu também. Mas ambos tínhamos medo e depois de muito esquenta eu deitei com a cabeça no ombro dele. Nenhuma palavra, nenhum som sendo ouvido além do barulho do ar condicionado.
Como poderia? Eu mal o conhecia e já estava assim todo apaixonado. Um beijo daqueles, tanto desejo, tanta vontade. Eu estava amando!
Dormimos. Eu dormi com ele, daquele jeito em seu peito. Eu estava nas nuvens, era uma sensação tão boa estar com ele. Algo tão único, tão indescritível.
Eram por volta de 10 horas da manhã quando acordei. Eu e ele estávamos de conchinha, e eu estava na frente. Seu braço segurava minha cintura contra ele, e seu nariz estava em meu pescoço. Me senti protegido, ele era meu porto seguro. Durante a noite Caio havia nos coberto, e eu tentei me mexer o menos possível para não acorda-lo, porém sem sucesso.
-Eu sei que você tá acordado, bobo. - disse ele, ainda de olhos fechados e respiração calma, pouco antes de soltar um sorriso. Em seguida ele me deu um beijo no pescoço e dormimos mais um pouco. Aquilo tudo era um sonho, e eu tinha muito medo de acordar e perceber que havia acabado. Dormimos outra vez.
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Entre Nós - [Romance Gay]
Teen FictionVocê acredita no Amor? Acompanhe Gustavo na descoberta do amor, e na difícil tarefa de lidar com um relacionamento gay. Descubra que todas as formas de amor são válidas e que independente da condição natural de cada um, todos podem ser felizes.