#11 - Ciúmes, Possessão e Lágrimas

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Eu sentia as mãos dele em minha cintura, com força ele me puxava contra seu corpo e o barulho de saco batendo na minha bunda me fazia pirar. Eu finalmente era dele, apenas dele. Ele me possuía com vontade. Rasgava mais e mais meu cú e eu gritava de prazer. Ele me comia de quatro e eu realmente estava gostando de dar pra ele. Seu pau, que tinha 21 centímetros, era uma delícia. Eu conseguia sentir as veias daquele pau grosso pulsando dentro de mim. Ele socava e tirava de dentro, ai como tava gostoso. Como era bom dar pra um cara que sabia comer.

6:25hrs De "barraca armada" depois de um sonho como esse, eu acordava naquela manhã de segunda-feira com meu celular aos berros do despertador. Não sei por que cargas d’água eu havia dormido mal aquela noite. Estava na hora de acordar para ir a escola, e o sono me dominava. Porém levantei, tomei banho e café. Minha mãe já havia saído para o hospital onde visitava logo cedo os pacientes que estavam internados. Minha mãe era apaixonada pela profissão, mas como todo ser humano as vezes se cansava. Não era muito raro vê-la falando que estava cansada e que queria mudar de ramo, talvez ir morar no campo ou algo assim.

Já eram quase 7 horas e estava na hora de eu ir para a escola. Havia algo errado: Caio não havia dado sinal de vida ainda. Nenhum bom dia, nenhum vai a escola hoje, nada assim. Isso me deixou com uma ponta de raiva e de ciúmes. Sim, ciúmes de nada, mas ciúmes.

Como em todos os dias, avisei Amábile por sms que eu estava saindo e passei na frente da casa dela. Juntos, fomos para a escola e ao chegar lá já fiquei desanimado por não ver Caio. Ainda meio distraído procurando por ele, sinto alguém tapar meus olhos por trás.

- Você nem falou direito comigo desde sexta! - era Caroline que me tampava a visão. Eu, sem graça por não gostar daquele tipo de brincadeira, a respondi.

- Quase não tive tempo, desculpa Carol. - ao terminar dei outro sorriso amarelo. Ela apenas sorriu e nos acompanhou até a sala de aula. Ao chegar lá me decepcionei outra vez ao não ver Caio sentado ali como todos os dias da semana passada. Aquilo tava estranho, será que Caio não havia melhorado? Senti-me culpado por não ter ido até a casa dele vê-lo.

A aula começou e o tempo passou. Uma nova pontada de esperança me surgiu quando meu celular vibrou e eu achei que poderia ser ele. Mas não era. Era apenas mais uma daquelas mensagens pega bobo que as operadores de telefonia vivem nos mandando afim de gastar nossos preciosos créditos. Acho que minha cara de raiva foi nítida porque Amábile logo me enviou um bilhete perguntando o que eu havia lido, e se estava tudo bem. No início da manhã ela já havia feito a mesma pergunta, dizendo que algo havia me acontecido e que eu parecia diferente. Era difícil esconder alguma coisa de Amábile, certas vezes ela me conhecia melhor que eu mesmo. Desde pequeno ela era minha melhor amiga e sabia de todos os meus segredos, menos do mais recente dele.

Apenas a respondi que estava tudo bem e que conversavamos depois. Na verdade eu não queria conversar, apenas a estava jogando para escanteio. A hora do intervalo logo chegou e junto de Caroline e Amábile fomos para a cantina comprar nosso lanche. Tínhamos várias mesas redondas de pedra com bancos ao redor para sentarmos, e estas mesas ficavam ao céu aberto, em uma espécie de quadrado formado pela parte da escola que não era coberta por telhado. Lá também havia um jardim decorativo, onde haviam coqueiros e algumas outras plantas. Tomei um susto ao ver Caio entrando, mas me segurei e orgulhoso, optei por não levantar e esperar ele vir atrás de mim. Fiquei meio distante por minutos pensando em nada, e quando percebi as garotas não estavam mais comigo na mesa. Me levantei, e fui para a sala esperar a aula recomeçar. Caio estava sentado do outro lado da sala, mais ou menos na mesa de mesma posição que a minha. Eu estava sem entender nada, porque ele agia assim comigo?

Logo vi Caroline chegar perto da mesa dele. O meu sensor de piriguete explodiu na hora, e uma raiva absurda dela surgiu em mim. Até que a professora chegasse na sala, aquela menina ficou na mesa do menino. E cada vez mais raiva se criava em mim, tanto dela quanto dele por dar moral pra ela. Deixei que o tempo passasse e esperei ele me procurar. Nada aconteceu.

Quase na hora da saída como em todas as salas de aula do país, os alunos guardavam seus materiais e esperavam em pé e conversando o sinal tocar. E nada de Caio vir atrás de mim. Quando o sinal tocou, saí e Amábile que vinha logo atrás me disse que iria direto para o centro encontrar seus pais, e como ficava em outra direção não iria comigo. Enquanto me despedia dela pude ver que Caio vinha atrás de mim. Andei por algumas quadras e logo o ouvi me chamando.

-Gustavo! - chamava-me com as mãos em seu casaco, andando um pouco mais apressado.

-Que foi Caio? - eu perguntava, na intenção de parecer ríspido afim dele se tocar. - Agora vai falar comigo? - eu continuava ainda sem olhar pra trás. Aos poucos ele chegava ao meu lado e eu tentava cada vez mais parecer duro.

-Ah cara, relaxa aí. – com aquela cara de manha, quem não se renderia?

-Relaxa aí?! Você não falou comigo a manhã inteira hoje! – histérico eu já começava. Quem nunca ficou assim?

-Uai, mas to aqui agora! – defendia-se, mas a raiva e o ciúme tomavam conta de mim, e nem eu mesmo entendia por que.

-É, só agora. Mas pra sua amiguinha Caroline esteve bem cedo hoje né? – Antes mesmo que eu pudesse continuar, ele interrompeu.

-Huuum, to percebendo que alguém tá com ciúme. – ele brincava bem daquele jeito que quando alguém acha graça do ciúme de outro faz.

-É, eu estou. E daí? – virando a esquina eu admitia que sim, ainda meio relutante. Naqueles dias eu já sentia que admitir todos os seus sentimentos no começo da relação era ruim.

-E daí que parece que nós estamos namorando. – ele mudara completamente o tom de voz, e agora ríspido continuava. – Foi só um fica, você quer o que? Um romance?! – aquilo me destruiu. O mundo sumiu debaixo dos meus pés e segurando o choro aceleriei o passo, me distanciei dele e fui até em casa. Entrei e nada falei nem com minha mãe nem com meu pai. Ao entrar no quarto liguei o som e pulei na cama. Acreditem, por coincidência tocava The Scientist, do Coldplay.

 

"Vim pra lhe encontrar, dizer que sinto muito

Você não sabe o quão amável você é

Tenho que lhe achar, dizer que preciso de você

E te dizer que eu escolhi você"

 

As lágrimas corriam por meu rosto e a dor que eu sentia era enorme. Eu havia me entregado de corpo e alma a ele, e recebia aquilo em troca.

"O amor é só ilusão, ele não existe! Eu sabia, eu sabia" - era tudo aquilo que eu pensava naquela hora. – Maldita hora em que fui me entregar a um sentimento tão frívolo! Que raiva, que raiva! – a raiva me dominava em meio ao choro. Eu puxava meus cabelos pela raiva e o choro descia por meu rosto. De porta trancada e em meio a essa decadência acabei por pegar no sono.

16hrs – Acordo ouvindo o celular vibrar. Meu olhos inchados de tanto chorar quase não enxergavam o que estava escrito no visor. 17 Ligações perdidas, todas de um número que eu não conhecia. A ultima tinha sido há pouco, me fazendo acordar. Eu não estava bem e não queria papo, então nem me preocupei em retornar.

Fui para o banho. Me sentei e deixei a água quente correr por meu corpo e me relaxar. Era bom se sentir leve, era bom relaxar. Ouvi o celular vibrar outra vez. Como ele estava sobre o mármore da pia da banheiro, o escândalo era grande.

-Oi? – Atendi, depois de secar as mãos na toalha, ainda nú. Nada ouvi, nenhuma resposta, nada.

Desliguei e voltei para o banho. Demorei ali mais de meia hora. Saí, me vesti e desci para comer alguma coisa. Meus pais estavam trabalhando e eu estava sozinho em casa. Comecei a ver tv enquanto comia sucrilhos, e o garoto dos cabelos pretos rondava meus pensamentos. Eu decidi ser forte e não ir atrás dele, independente do quanto doesse ou me fizesse sofrer.

Entre Nós - [Romance Gay]Onde histórias criam vida. Descubra agora