Brianna e o Demônio [completo]

Seis - Gritos

Samer entrou em casa furioso.

— Merda!

A maldita pirralha havia fugido. Não devia tê-la avisado o que faria com ela. Só de pensar nas atrocidades que faria quando a encontrasse, teve um arrepio de prazer.

— Titio, venha cá. Tenho um presente pra você.

Samer se sobressaltou ao reconhecer a voz da garota vinda do seu quarto. Então a maldita havia voltado para casa... E estava chamando por ele! Sentiu uma onda de excitação tomar conta de seu corpo. Andou vagarosamente até a porta do quarto.

— Estou indo, minha querida...

— Estou nua, não consigo encontrar minhas roupinhas...

Samer estava salivando de tão excitado. Eu sabia que ela também me desejava...

Entrou no quarto e fechou a porta atrás de si.

— Onde está você, minha princesinha?

— Aqui, titio... aqui... — a voz se transmutara para um misto de voz andrógina e gutural.

Samer estremeceu. Aquela voz era demoníaca, um som infernal. Antes que tivesse a chance de abrir a porta para fugir, um vulto saltou sobre ele. A princípio achou se tratar de um gato, mas quando as presas compridas e afiadas se enterraram entre suas pernas com uma força avassaladora, não conseguiu pensar em mais nada a não ser na dor lancinante. Gritou com todas as forças, e por reflexo, agarrou o demônio com as duas mãos tentando afastá-lo de sua genitália.

Mas ele não largava. E Samer não queria fazer força e arrancar seu órgão. Os dois rodaram, Samer golpeando o bicho e gritando a cada golpe pelo fato dos dentes remexerem na carne. Tentou alcançar a cozinha e pegar uma faca, mas desequilibrou-se e caiu.

— Socorro! Socorro!

As pessoas bateram na porta assustadas com os gritos aterrorizantes. Tentaram derrubá-la com fortes pancadas. Com a dor insuportável, Samer sentiu que ia desmaiar...

...mas a criatura foi ágil o suficiente para saltar em seu pescoço e trucidar sua garganta com a ferocidade de uma piranha.

Desapareceu antes que conseguissem arrombar a porta.

†