Ontem eu tentei caçar as estrelas que pairavam sobre nós, apenas para dá-las a você. E eu queria muito ter o dom de ser mais do que sou, porque sei que você merece todo o universo, e, infelizmente, limito-me a ser um mero satélite natural. Mas se é...
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Respire fundo e fale logo, Sarah. Eles não vão achá-la uma completa maluca. Quero dizer... talvez sim, mas isso não importa.
Olá, tudo bem?
Ah, ficou horrível, finge que não aconteceu. E tente de novo!
OK! Vamos lá:
Caros(as) leitores(as),
Eu não queria lhes escrever uma carta, mas, aparentemente, não levo jeito com os outros mil gêneros literários. Então, sim, vou começar desse jeito clichê, como quem já sabe que ninguém se importa.
Mas vamos logo para a parte que realmente nos interessa: O que significa "Sentimentos Geográficos"? Pois bem, nos meus tantos devaneios, a geografia decidiu ocupar um espaço maior no canto esquerdo de meu peito. E foi lá que descobri que a poesia e uma boa história nem sempre precisam estar acompanhadas por um café, e que, às vezes, um atlas e uma bússola podem se tornar a maior fonte de inspirações.
Por isso, esse livro é o relato de uma jovem que pouco conheço e que nasceu em minha mente em uma madrugada qualquer. E ela, diferente de mim, ousou em transformar aqueles entediantes assuntos de geografia — que bombardeiam constantemente os estudantes — em meras prosas de sentimentos sinceros. Sentimentos dela para com uma outra mulher que é dona de seu barulhento coração.
Para ser honesta, eu tentei avisá-la que misturar escrita com uma disciplina não daria certo. Mas a teimosia nela é maior que o Himalaia. Logo, como quem já pede desculpas pelas bizarrices escondidas nas próximas páginas, convido vocês a se sentarem e abrirem esse mapa de amor que estranhamente surgiu em sua frente.
E se eu puder acrescentar só mais um adendo — sempre quis dizer essa palavra! —, talvez nem todos os conteúdos sejam verídicos, talvez ela seja péssima em geografia e diga que estrelas são vaga-lumes com insônia, porém, de qualquer maneira, mesmo sem entender todas as matérias aqui apresentadas — já que visivelmente dormimos durante todo o nosso ensino médio —, peço que se arrisque.
Arrisque a velejar sem uma rosa dos ventos nesse mar de poesias.
