- Com licença, onde fica a Rua Quatro?
Ele se virou e se deparou com uma menina de estatura média [pouco mais de 1,60m, talvez], morena, olhos miúdos por detrás da lentes grossas [seria míope?], cabelos castanhos, vestida com uma calça de jeans surrado, uma camiseta azul, um casaco amarrado na cintura, tênis e levava uma mochila de camping [maior que seu tronco].
- Perdão?
Não conseguia parar de admirar aquela pequena. Agora via os olhos verdes por detrás das lentes grossas [era míope!]. A camiseta deixava aparecer um delicado par de ombros bem arredondados os quais eram acompanhados por tentadoras saboneteiras. A boca rosada, pouco avermelhada, o nariz fino de ponta arredondada, trazia como tiara um par óculos de sol que amparava a franja que caia suavemente sobre a testa.
- Onde fica a Rua Quatro, por favor?
- Rua Quatro?
E ela molhou os lábios como se há muito não bebesse líquido algum. Ele observou o movimento sutil de sua língua. Desceu da escada onde estava e, aproximando-se um pouco mais, conseguiu sentir um perfume suave e incrivelmente delicioso.
- Fica a uns 5 quarteirões daqui. Quer ir para aonde?
Ela levantou os olhos finalmente. Via o rosto delicado, porém másculo, de um jovem rapaz [não mais que 23 anos]. Alto [mais alto que ela, pelo menos], magro [em forma], cabelos negros [quase azulados] e bem cortados, pele "amorenada", pouco sardento nas maçãs do rosto, uma boca rosada e bem desenhada e a barba rente. Trajava uma calça, camiseta semi-social branca e sapatos sociais pretos.
- Tão longe?! [falou com cara de desânimo] Estou procurando a casa de D. Antonieta. Conhece?
E ela percebia aquele jeito educado de falar por meio de uma voz grossa e firme. Possuía um "Q" de estudioso.
- Conheço, sim. Ela compra aqui no mercado. É a neta dela?
E ele tentava olhar aqueles olhos miúdos, brilhantes, curiosos como os de uma criança. Ela ainda olhava a rua, como se procurasse contar os 5 quarteirões que faltavam para seu destino.
- Sou sim.
E olharam-se fixo pela primeira vez. Os olhos miúdos dela com os olhos de estudioso dele. Falaram ao mesmo tempo.
- Aceita...
- Você poderia...
- Um copo d'água. – terminaram juntos. Riram.
- Claro. Entre um minuto, por favor. – ele concluiu.
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Gabriella Almeida
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Encontrando romance
RomanceDois (ou mais) se envolvem. O que nasce daí, depende de cada caso. Então, ficou assim: Cada capítulo, uma história. Cada história, um (possível) romance. Olhares, Suspiros... Gritos. Emoções. Deixem-se envolver...