Encontrando Romance

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Encontrando Romance chega ao fim com um gostinho de quero mais (pelo menos pra mim). Apesar de ter tido uma semaninha de atraso lá atrás, no início de agosto - devidamente corrigida a tempo -, foram dez semanas de bastante reflexão e de reencontro com meus textos. Além de descobertas lindas de textos novos, escritos exclusivamente para esse momento.

O título veio a calhar. Não pensei que seria tão gostoso de olhar e pensar: não havia título melhor. Variou de "Em busca do romance perfeito", para "Descobrindo Romance", "Achei meu Romance", para só aí perceber que "Encontrando Romance" era o título certo para nomear e descrever essa compilação.

Os texto mais antigos publicados datam de 2008, quando ainda tinha 19-20 anos e uma vontade de escrever todas as histórias que tinha em minha cabeça. Escrever com frequência é um exercício que adquiri a pouco tempo. Escrever sempre que tiver uma ideia também é outra prática relativamente recente. Naquela época só escrevia quando tinha o enredo completo na cabeça, começo meio e fim amarrados. Escrevia sobre experiências e desejos pessoais. A imaginação era curta, egocêntrica e egoísta. 

Entre 2010 e 2013, os textos fluíam com intensidade. Foi uma fase em que minhas experiências não eram mais as únicas fontes. Conseguia ouvir e me dedicar a realmente escutar a jornada do outro. Tinha adquirido a peculiaridade necessária de perceber no outro uma fonte única de histórias que ele não contava, mas que eu podia contar.

Já em 2014 até 2016, sei bem a característica dos textos que escrevi e mais gosto: são livres. Isso deixo permanecer até hoje e quero sempre. Não prejulgo, não planejo, não penso. Sinto e escrevo. Sento e deixo minha imaginação me levar a lugares que não sei bem se já conheço, se fui eu que inventei, se ainda vou conhecer... apenas deixo que as letras digam por mim as imagens que encantam meu imaginário.

Foi assim, de passinho em passinho, que encontrei meu romance.

A história de João e Luísa é a mais linda que já escrevi e ainda estou atando, amarrando os nós e arrematando com deliciosos pingos nos i's cada capítulo. Eles dois são o melhor que até agora pude colecionar de mim. A minha imaginação, já não mais egoísta nem egocêntrica, muito menos curta, me permitiu dar rostos, e tons, e vozes a cada um dos personagens da trama sem tantas amarras, com poucos devaneios e um frio na barriga que me faz torcer para que dê certo para os dois, e eles, enfim, também encontrem seu próprio romance.

Grata a quem acompanhou até aqui.
Até!
Gabriella Almeida

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Quer ler mais do que escrevo?

Já, já vem mais. Enquanto isso, leia o prólogo de Ano Novo avançando para o próximo capítulo.

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