you just gotta hold on

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anteriormente...

Ah não, mais uma criatura pra me chamar de louca na frente da filha.

Mas por incrível que pareça, não havia uma criança. E aqueles pés não era de mulher. E se bem conheço, aquelas botas também não. E repetindo, se bem conheço, aquelas botas não eram de qualquer um. Eram dele. Oh não, o que ele faz aqui?
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– Hey querida, está tudo bem? – ele chega do meu lado e coloca uma das mãos em minha bochecha. Levanto a cabeça e o olho. Infelizmente, eu já estava em um mar de lágrimas.

– S-sim. Acho que sim – ele me abraça. Forte. Com carinho. Com, amor?!

– Eu estou aqui. Está tudo certo. Tudo vai ficar bem. Você só tem que aguentar firme – ele beija o topo da minha cabeça e depois apoia minha cabeça em seu peito.

– E-eu não queria ter feito aquilo, Shawn. Eu queria ter me controlado, mas ele falou de um jeito tão vulgar que eu não me aguentei. Aquele garoto ofendeu minha melhor amiga, Shawn. Me desculpe, eu sinto muito por isso.

– Ei, ei. Não se desculpe por coisas que não tem culpa! Todos temos maus momentos.

– Mas...

– Mas nada. Está tudo bem, querida – ele nos separa e segura meu rosto com as duas mãos. Olha nos meus olhos e pergunta – Vamos sair daqui, ok? – eu só assinto e ele me abraça novamente – Não esquece de pegar sua bolsa.

– Você acha que eu ia esquecer? – eu digo já um pouco mais animada. Ele tinha me animado.

– Ah, não sei né, uma anta dessas – olho desacreditada pra ele, enquanto passávamos pela porta.

– Olha aqui, você me respeita viu! A anta aqui é você, seu bestão! – ele gargalha.

– Primeiro, anta. Depois, bestão. Muito obrigado, Lory.

– Que isso, amor, foi um prazer te chamar de nomes tão belos – ele me olha confuso. E eu percebo o que falei.

– Não pensei que estávamos indo tão rápido com as coisas – olho para seu rosto enquanto passávamos, finalmente, pela porta da cafeteria.

– Eu não quis dizer naquele sentido – ou talvez tenha, mas ninguém precisa saber – Eu falo isso para todo mundo – ele virou o rosto surpreso pra mim:

– Então quer dizer que você chama todo mundo de "amor"?! Estou ofendido! – ele diz com a mão no peito.

– Ué, por quê?

– Eu sou único na sua vida. Tenho que ser VIP.

– Depois que eu te chamo de bestão, não sabe porquê.

– Eu to brincando, querida – ele me abraçou por trás e me deu um beijo na bochecha. No meio da calçada. E sim, eu quase fui a óbito ali mesmo.

– Ahn... Vamos pra minha casa?

– Isso é um convite?

– Não. Eu só estou perguntando. Quer dizer, pode ser um convite. Se você quiser... – me lembro do meu sonho na hora, meu corpo se arrepia. Eu ainda não tinha me tocado que era a primeira vez que eu falava com ele depois do beijo e do sonho. Ouço a risada dele e volto pra realidade.

– Podemos passar lá, sim – ele se cala por um tempo e depois continua – Mas o que quer fazer lá, hein Lory? – me olha malicioso e eu dou um tapa fraco em seu braço – Seu bestão!

psychologist • shawn mendesOnde histórias criam vida. Descubra agora