there's something about your neck

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anteriormente...

– Mais gostosa?

– Nossa, que direta.

– Hoje eu estou esculachada.
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– Percebi – rimos e ele procede – Não é por causa do corpo, ela está com uma cara mais madura. Sei lá porque raios pensei isso. Enfim, me conta sua história.

– Eu já contei.

– Já contou tudo?

– Sim. Eu tentei ser rápida, pra não ficar muito tempo falando e quando percebi já tinha contado tudo.

– Você parecia confiante enquanto contava.

– Sério? Eu estava tão insegura... Achei até que ia ter um ataque nervoso no meio da sessão – ele ri e eu o acompanho.

– Eu ajudei? Quer dizer, de alguma forma eu te acalmei? – ele disse com um certo receio.

– Nossa, não tem noção do quanto! Eu fiquei bem mais confiante – estou falando coisa de mais, não? – Ahn, quer dizer, claro. Muito obrigada, Shawn.

– Não há de quê. Afinal, tu também me ajudou muito – sorrio envergonhada e sinto seu olhar em mim.

– Fico feliz – mantenho minha cabeça baixa.

– Seu pai trabalhava em quê? – ele muda de assunto ligeiramente.

– Ele era diretor geral de uma empresa transnacional famosa aqui na cidade.

– Hm, diretor geral né?

– Sim. Por quê?

– Só para saber – ué, que estranho.

– Hm. Está bem – sinto meu celular notificar e abro a mochila, logo em seguida o pegando – É minha mãe, espera um segundinho.

[11/18, 18:57] Angelina: Filha, cheguei mais cedo hoje e não te achei em casa. Por onde anda?

– Puts – digo já pegando minha mochila.

– O que foi?

– Minha mãe chegou mais cedo em casa.

– E daí?

– E daí que eu não estou lá, Shawn.

– Relaxa, ela vai entender que você estava em um encontro – ele fica sério e eu não sei como agir – Calma, é brincadeira, Lory - ainda bem que é só brincadeira. Ou não.

– Ahn... eu vou responder ela e aproveito para já ir para casa. Boa noite – vou cumprimenta-lo mas ele se afasta – Que foi?

– Primeiro, você não vai ficar esperando o ônibus naquele ponto mal iluminado essa hora – eu o interrompo:

– São só sete horas – ele suspira e diz ainda com os olhos fechados:

– Deixa eu terminar, Lory – assinto – Segundo, mal ficamos aqui. Fala com sua mãe e explica que saiu com umas amigas. Não sei, dá uma desculpa qualquer. Aproveita mais aqui – ele segura minhas mãos e automaticamente a vontade de ficar mais me atinge – Eu te levo em casa, tudo bem para você?

– Tudo bem. Vou mandar a mensagem pra ela.

[11/18, 19:06] Lorelai: oi mãe!

[11/18, 19:06] Lorelai: estou naquela lanchonete perto da escola que te falei uma vez (Luke's), lembra?

psychologist • shawn mendesOnde histórias criam vida. Descubra agora