Not another teen werewolf // yoongi

Jantar com os caçadores!

Sem armadilhas ou perguntas estranhas, no final, nenhuma tentativa de descobrir algo sobrenatural. As duas horas em que Yoongi ficou no mesmo quarto com Jeff jogando videogame foram totalmente normais, apenas adolescentes normais.

— Garotos, podem vir, o jantar está na mesa! — chamou Cora, do andar debaixo.

— Vamos, você vai adorar... Bem, espero! — Jeff e essa mania de puxar o garoto para todos os lados, ai ai. — Minha mãe é uma incrível cozinheira.

Eles chegaram na sala de jantar e Yoongi olhou para o homem sentado à mesa: ele era o típico caçador de filme! Um cara grande, forte, sério demais; ele encarou Min, que deu alguns passos para trás e só parou quando percebeu que Jeff ainda segurava em seu pulso.

— Pai, esse é o meu amigo, Yoongi. Açúcar azedo, esse é meu pai, Evan! — Jeff sorriu e sussurrou para o coreano: — Não faz essa cara de assustado, ele parece dar medo, mas não vai fazer nada.

— Está bem, está bem... — soltou o ar que estava prendendo. — Agora solta meu braço — sussurrou de volta e, então, virou-se para o homem. — É um prazer conhecê-lo, senhor.

Os quatros se sentaram na mesa. Estava tudo em silêncio enquanto comiam, o que era tenso e ao mesmo tempo bom para Yoongi, assim não cometeria nenhum deslize.

— Yoongi? Esse nome não é daqui, certo? — perguntou Evan e o garoto apenas balançou a cabeça positivamente. — De onde veio?

— Sou da Coréia do Sul, senhor. — disse simples, tentando manter seus olhos no mais velho. — Estou aqui a dois dias apenas. Consegui uma bolsa de estudos e vim — ele sorriu, voltando a comer para não ter que responder.

— Sozinho? — ele balançou a cabeça como "sim" de novo. — Se fosse o Jeff, já estaria pedindo para voltar para casa. — disse num tom de piada, olhando o filho.

Os garotos se olharam, até que Jeff deu uma risada forçada, concordando com o pai. Este clima estava entediante.

O jantar acabou e os Helwyr foram tirando talheres e pratos, dizendo para Yoongi permanecer na mesa que logo voltariam com uma sobremesa e não precisava ajudar em nada. O Beta os ouviu sussurrando e não conteve sua curiosidade, querendo saber o que era. Ele fechou os olhos, pensando: "seria tão legal ouvir o que eles dizem, vamos parte do meu corpo lobisomem, me deixe ouvir!".

— Procuramos a tarde toda e não descobrimos quase nada sobre o Alfa. — Evan bufou. — Apenas que ele matou algumas pessoas e provavelmente mordeu um garoto naquela noite! — noite? Espera, óbvio que eles sabem sobre o Alfa! Mas será que sabem que é Yoongi?

— Mordeu? Mais um lobisomem? Quando vamos capturá-los, pai? — oh Jeff. Daniel estava certo, todos caçadores.

— Na próxima lua cheia. Cada um deles. — Yoongi não viu, todavia, sabia que o homem sorria.

— Jeff, querido, seu amigo é normal, certo? — Cora perguntou com desgosto. — Sabe que tem que tomar cuidado! Ele agiu estranho?

— Não — ele está mentindo ou não achou estranho o que o garoto teve na primeira aula desse mesmo dia. — Eu vi ele falando com Daniel no banheiro e no campo, mas acho que é porque ele não estava bem no final da primeira aula.

Yoongi parou de ouvir. O mundo tinha ficado mudo para ele. Ele quis usar o que não tem ideia de como usar direito e agora estava assustado. Ele apertou os olhos e ficou tonto, pedindo para si mesmo aguentar firme.

— Hey, açúcar azedo, tudo bem? — Jeff perguntou com a mão no ombro dele, sua voz parecia bem distante.

— Sim, eu só... só não estou me sentindo bem — Yoongi passou a mão no cabelo. — Poderia me levar para casa agora? — o loiro concordou, segurando Min pelos ombros para ajudá-lo a levantar.

O caminho de volta ao apartamento parecia longo; mais longo e muito barulhento. Quando finalmente chegaram, Yoongi ia sair rápido do carro, no entanto, Jeff segurou sua mão.

— Você já teve isso? — perguntou, parecendo preocupado. — Será que foi alguma coisa que você comeu? O ar daqui? Ou...

— Vou ficar bem, Jeff! Não se preocupe, isso acontece às vezes. Obrigado. — ele saiu e correu para chegar ao seu apartamento o mais rápido possível.

"Agora eu nem sei quem vai me matar primeiro", pensou, ligando o chuveiro e ficando um bom tempo lá; até tudo parecer mais calmo e mais silencioso.