17 |Ficará na memória para sempre|

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Zoe: pai?-falei alto mas a medo.

Ouvi vozes do rés do chão. Eram duas vozes diferente. Uma suava mais jovem que a outra. 

Estremeci quando ouvi coisas a cair,coisas a partir e vozes estranhas. Eu só rezava para que fosse o idiota do meu irmão e os seus amigos na brincadeira, mas as vozes eram estranhas.

Ouvi alguém subir as escada, se esse alguém fosse um assassino e andasse até ao fundo do corredor eu era uma mulher morta.

Fechei a cortina da banheira muito devagar e abracei os meus joelhos como se fosse a última vez que os sentisse.

"E tiver que ser, será. 

Deus, fica comigo por favor. "

Ouvi a porta do meu quarto a abrir.

Idiota1: Tens a certeza que a rapariga está aqui? -falou vendo o parceiro abrir a porta.

Idiota2: Tu estavas comigo quando a seguimos ou que caralho?- falou irritado.

Idiota1: Oh tá bem vamos embora ela não está aqui. - insistiu e o outro olhou-o irritado. Vá vamos embora daqui a pouco chega alguém. -falou a medo.

Idiota2: Olha para este quarto de certeza que é daquela pita.- falou ao olhar os meus pôsters da Marilyn Monroe. Oh gostosa onde é que estás? -Falou alto ignorando o outro idiota.

Foi o única coisa que ouvi até que a porta da casa de banho se abriu e eu estava pronta para morrer.

Inspirei lentamente sem fazer nenhum movimento e acabei por derramar uma lágrima.

Estava com muito medo e quando ouvi as vozes deles agora mais perto eu congelei.

Idiota1: vês, ela não está aqui, de certeza que nos enganamos. -reparou na sombra que eu fazia na cortina e pôs-se em frente a ela. vá 'bora - empurrou o amigo contra a porta de saída do WC.

Idiota2: vai-te fuder.- fez-lhe um movimento brusco fazendo o outro estremecer de medo não tanto quanto eu estava. Ia saber tão bem agora me divertir com aquela gostosa, é mesmo vaca enganou-me.- falou ao sair da casa de banho. 

Fiquei a olhar a sombra que agora se virava para a cortina. Era apenas um pedaço de tecido que nos separava.

Idiota1: Foi o teu dia de sorte, ainda bem que eu vim. -sussurrou para mim e saiu porta fora sem ver como eu me parecia naquele momento.

Quando ouvi aquela frase congelei,só caiam lagrimas das minha cara que caiam na água que me rodeava. Só queria o meu pai, para me abraçar,para me sentir protegida e nunca mais me deixar sozinha.

Voltei a ouvir a porta das traseiras fazer barulho duas vezes separadas pelo um curto espaço de tempo.

Aquele guinchar da porta, aquela frase, aquelas vozes ficarão na minha memória para sempre.

Estava ali de certeza há alguns minutos a olhar a cortina cor de rosa com flores. Eu precisava de sair dali e gritar. 

De repente descongelei, olhei a minha volta ainda assustada e sai da banheira peguei numa toalha enrolei-a a minha volta e peguei no meu tele tinha uma chamada do Cameron. Enrolei mais na toalha. Parecia um bebé naquele momento, desorientada e a precisar de proteção. 

Corri para o quarto e congelei quando ouvi a campainha da minha casa a tocar vezes sem conta. Não parava de tocar aquele som ecoava na casa e eu estava agora enrolada na toalha num canto do quarto, no chão a chorar sem parar.

Zoe: pareeeem por favor. -gritei o mais alto possível a chorar. Pareem.- a minha voz falhou enquanto chorava com as mãos nos ouvidos. Já não se ouvia a campainha apenas o meu choro.Parecia possuída pelo choro naquele momento.


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Continuem a ler e dêem opinião. Está muito intenso isto.
Xoxo, ❤️

'Shower' Cameron DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora