1 - Nos dias de hoje

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Nortevelly é uma cidadezinha tão pequena que não existe no mapa, mas com muitas histórias assustadores para contar. Em uma casa velha de madeira, morava uma família. Eles viviam ali apenas dois anos, era uma herança da mãe de Josh. Susie estava na cozinha arrumando a mesa do jantar. Era uma mesa grande com vários acentos.


- Andrew onde está seu pai? - Disse Susie para seu filho.


- No porão, eu acho. - respondeu Andrew para sua mãe.


Susie foi atrás de Josh. Sua casa era antiga e parecia uma casa mal assombrada, e o porão era o lugar onde Josh ficava trabalhando o dia todo em seus projetos de arquitetura. Não era um lugar muito limpo, havia poeiras por toda a parte então as crianças eram proibidas de ir até lá, por ordens de Susie, que era sempre uma mãe muito cuidadosa.


- Josh? Você está ai, querido?


Josh não respondeu e Susie desceu as escadas que rangiam em cada passo que ela dava. Ela chamou seu marido outra vez, mas ele não respondeu. Preocupada, Susie desceu até o porão para ver o que estava acontecendo. Seus projetos e trabalhos estavam espalhados pelo chão, como se estivesse sido assaltado. E ali, bem no canto da parede, estava Josh. Mas ela não acreditava no que via. Ele estava caído e o chão coberto de sangue. Susie correu para perto do seu marido e não conseguia conter as lágrimas. Ela gritou por seus filhos Martha, Andrew e Lori e eles correram para socorrer, mas já era tarde, Josh estava morto. Assassinado. Os policiais não disseram que foi um assalto, pois os objetos só estavam caídos, mas nada foi roubado. Eles disseram que Josh morrera brutalmente. Seu coração foi arrancado, e a policia achou melhor não dizer a imprensa como ele foi morto, para não assustar a população daquela pequena cidade, já que esse tipo de coisa não acontece todos os dias.


''Josh Korl, assassinado na casa onde vivia com a família na noite do dia 15, os policias ainda estão investigando, mas, por enquanto não há registros de quem e como mataram o arquiteto''. Era a manchete do jornal do dia 16 do ano de 2000. Um mês se passou e a família ainda não tinha se conformado com a morte de Josh, e a policia ainda não encontrou o assassino, ele era um pai e marido cuidadoso, amava a família, e não havia motivos para alguém mata-lo. As crianças ainda ouviam os choros da mãe de madrugada toda noite. Ela entrou em estado de depressão, e estava tomando remédios fortes pelo menos duas vezes ao dia.


Martha tem dezesseis anos de idade, ela tem a pele clara e cabelo castanho escuro, com os olhos verdes, ela é alta e muito atraente. Está indo para escola pela primeira vez, depois do que aconteceu.


- Mãe, tem certeza de que vai ficar bem? - Disse Martha antes de sair.


- Tenho sim querida, eu vou ficar aqui com Lori. - Lori tem cinco anos de idade. Sua pele é branca como a neve, seus cabelos são castanhos claros e lisos e ela tem os olhinhos castanhos, como o do pai.


Martha foi para escola. Andrew já tinha dezoito anos, ele tinha a pele escura cabelos negros e olhos castanhos, era alto e forte, foi para o trabalho sem dar a mínima para a mãe, ele era um daqueles adolescentes rebeldes que ainda não se conformou com seu pai ter morrido, a família tentou procurar um psicólogo, mas ele não comparecia as reuniões. Lori é a única que quase não sente falta do pai, pois ainda não entendia a situação.


Eram 14h, Lori estava dormindo e Susie foi ao banheiro tendo uma crise de choro. Ela abriu todas as gavetas pegou seus calmantes e ingeriu todos eles de uma vez só.


Quando já passara das 15h, Martha chegou da escola e encontrou Lori andando aparentemente, sozinha pelos corredores da casa.


- Mãe? - Gritou Martha, mas ninguém respondeu.


Já era tarde da noite e Susie acordou em um quarto branco, ela estava coberta de aparelhos e agulhas, o cheiro era horrível que quase espirrou. Susie estava em um hospital, ela olhou para o lado e lá estavam Martha e Lori dormindo na cadeira de visitantes. Susie olhou para o teto e tentou se levantar, mas não tinha força.


- Mãe, você vai ficar bem! - Disse Martha depois de se levantar depressa e colocar as mãos no peito de Susie fazendo-a voltar a se deitar novamente.


- O que aconteceu?


- A senhora ingeriu grandes quantidades de calmantes. Você tentou se matar, mãe? - Eu não me lembro... Minha cabeça está girando. Onde eu estou? - Perguntou Susie meio confusa.


- Tudo bem! Vamos deixar senhora Susie Korl descansar agora? - Disse a enfermeira ao entrar. Ela era nova, aparentemente 25 anos e usava roupas brancas.


A partir daquela noite, Susie não iria ter sua vida de volta normalmente, tudo iria mudar. O destino tinha muitas surpresas esperando por ela.


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