Dois dias se passaram e Susie já estava em casa, agora sendo acompanhada pelo psicólogo. Martha, Lori, Andrew e Susie jantaram e foi para seus quartos. Menos Susie, ela ficou mais alguns minutos lendo, e depois logo foi para seu quarto.
Susie vestiu seu pijama de seda, e foi se deitar. No meio da noite ela acordou e ouviu um barulho, quando se virou Josh estava em pé do lado direito da sua cama, ela se assustou, mais ele começou a acariciar seu rosto e ela percebeu que era ele mesmo. Sem dizer uma só palavra eles começaram a se beijar e isso foi evoluindo. Susie teve a melhor noite da sua vida. Quando eles terminaram, Josh se jogou para o lado esquerdo da cama olhando para Susie, mais quando ela olhou para ele, não era Josh que estava ali, e sim o homem horrível. Ele tinha o rosto vermelho, olhos pretos aterrorizantes e dentes imensos. Susie começou a gritar desesperadamente, quando Martha e Andrew chegaram.
- O que aconteceu, mãe? - Disse Andrew.
Susie olhou para todos os lados e não viu nada, foi quando ela percebeu que foi um pesadelo.
- Oh meu Deus, eu tive um pesadelo horrível! - Disse Susie para seus filhos, que a essa altura já haviam percebido que ela só tinha tido um pesadelo muito grande.
- Tudo bem mãe, já passou, foi só um sonho, - disse Martha - você quer que eu fique aqui ate senhora dormir?
- Não. Está tudo bem, eu posso dormir sozinha, já passou foi somente um susto. - Ela sorriu e acenou com a cabeça dizendo que eles podiam ir.
Susie demorou muito para dormir depois do que tinha acontecido. Quando amanheceu, Susie foi a ultima a acordar e seus filhos tinham feito o café da manhã. Martha se despediu de sua mãe e foi para a escola.
- Te vejo mais tarde mãe! - Disse Martha.
- Está bem, até logo para você também Andrew! - Disse Susie enquanto Andrew sai sem se despedir, ele somente faz um sinal com a mão e desaparece.
Para tentar esquecer o pesadelo da noite passada, Susie vai até a cidade fazer compras no supermercado. Chegando a cidade, encontrou com sua amiga Sophie.
- Susie! - Gritou Sophie do outro lado da rua - finalmente resolveu sair de casa, mulher! - Sophie era um pouco mais velha do que Susie e estava usando um vestido azul marinho curto e salto alto. As duas se conheciam desde pequenas quando seus pais foram passara uma temporada numa casa de praia que ficava bem perto uma da outra.
- Olá Sophie. Pois é, já se passaram um mês e... Digamos que estou tentando levar a vida. - Susie não parecia estar muito contente em rever sua amiga. Sophie é uma daquelas amigas que vive feliz, animada e pronta para o que der e vier.
As duas foram tomar uma bebida em um restaurante e depois cada uma foi para um canto.
Lori passou o dia na casa da avó, porque sua mãe não estava muito bem e podia fazer qualquer coisa quando está com ataques de choros.
Susie estava lendo um livro, sentada em sua cadeira, já era tarde da noite, Martha, Andrew e Lori estavam dormindo e o tempo estava chuvoso. O telefone tocou, e Susie demorou um pouquinho para atender.
- Alô? - Mas ninguém respondeu - Alô? - repetiu Susie agora um pouco impaciente. Ela desligou o telefone, mas no mesmo instante que ela coloca o telefone no gancho, ele toca novamente. Susie achou estranho o tempo que levou não dava para a pessoa ter retornado tão depressa. O telefone era antigo e velho, parecia ter uns 100 anos de idade, ela tinha arrecadado em um leilão de coisas velhas. - Alô? - Disse Susie preocupada. Alguns segundos depois, ela ouviu um barulho do outro lado da linha. Parecia um bicho ou um barulho quando a ligação está ruim, então ela ouviu uma voz masculina dizendo alguma coisa que ela não conseguia entender - Isso é algum trote? Pois se for, não tem graça. - Susie desligou o telefone nervosamente e esperando ele ligar de novo, mas isso não aconteceu. Quando ela se virou levou um susto muito grande. Lori tinha acordado e estava olhando para sua mãe como se estivesse tido um pesadelo.
- Mããããããe, eu estou sem sono! - Disse Lori como uma menina mimada.
- Lori, o que está fazendo aqui essa hora? Quer matar sua mãe de susto? - Indagou Susie com um tom de bronca. Ela levou sua filha para o quarto e a colocou para dormir. Logo foi dormir também, convencida de que a ligação era um trote.
Ao amanhecer Susie acordou e percebeu que não estava no quarto onde havia dormindo, ela ainda estava tonta de sono e quando olhou para o lado a única coisa que via era árvores, elas eram secas por causa da primavera que ainda não havia chegado, então percebeu que estava dentro de uma floresta que havia a poucos metros de distancia da sua casa, não era todos os dias que alguém ia ate lá, já que não era exatamente parte da propriedade dos donos. Susie levantou do chão cheio de folhas secas, estava muito assustada e não sabia para onde ir, olhou por todos os cantos e não viu ninguém além de árvores. Começou a correr em direção à saída da floresta, mas parou depois que ouviu um barulho e percebeu que não estava sozinha. Ela viu um vulto preto passando no canto do olho, olhou depressa para todos os lados, mas não viu ninguém. Susie estava começando a pensar que estava louca, quando ouviu um grito.
- Mãe? Você está ai?
- Martha! - gritou Susie - Eu estou aqui!
As duas se encontraram, Susie ainda estava com seu pijama de seda.
- Por que você está aqui, mãe? O que aconteceu?
Susie estava muito assustada, e foi para casa sem saber o que tinha acontecido.
No dia seguinte Martha e Andrew conversaram e resolveram chamar um psiquiatra para sua mãe. Susie disse que não queria ninguém pensando que ela estava ficando maluca, e por isso não precisa de um psiquiatra para acompanha-la. Então eles concordaram em dobrar os medicamentos, mas esses remédios faziam efeitos sonolentos então precisaria que alguém viesse ajudar a cuidar da Lori. Mary, mãe de Susie, chegou para ajudar a cuidar da casa e da Lori. Um ano atrás, Susie e Mary tiveram uma briga e ficaram seis meses sem conversar por causa de um pote de geleia que havia sido derramado no chão e não apareceu o responsável, mas Josh convenceram as duas de que um pote de geleia não é motivo para alguém brigar, então elas se entenderam.
Susie estava tendo pesadelos recorrentes com um homem de rosto vermelho e olhos negros. Ela disse para seu psiquiatra sobre os pesadelos.
- E você reconhece esse homem como um membro de sua família? - Disse o psiquiatra Sidney.
- Não, tenho certeza de que nunca vi esse rosto antes. Acho que estou tento alucinações por causa da morte não esclarecida do meu marido - Respondeu Susie.
Sidney estava anotando tudo o que Susie estava falando.
- Todos os sonhos são iguais? - Perguntou Sidney.
- Sim doutor. Sempre acordo assustada, na maioria das vezes suada e com sede, como se estivesse corrido uma maratona.
Susie terminou a sessão um tempo depois e foi para casa. Chegando lá Mary estava brincando com Lori no quintal, elas se divertiam bastante. Martha estava fazendo seus deveres da escola e Andrew como sempre no quarto ouvindo seus discos de Rock.
À noite Susie foi colocar sua filha para dormir.
- Mãe, me conta uma história antes? Mas eu quero João e Maria! - Disse Lori.
Susie sempre atendia a todos os pedidos da filha, então esse foi um dos motivos para que Lori fosse uma menina tão mimada. E assim, Susie contou a história para a filha e foi dormir logo em seguida.
Nesta noite, Susie teve outro pesadelo, mas dessa vez ela conseguiu ouvir o homem dizer:
- Saia dessa cidade enquanto a tempo. - Disse o homem que estava em pé de frente à cama da mulher, ele usava roupas pretas, e como o quarto estava escuro, Susie não conseguia identificar o rosto do homem.
- Quem é você? E o que quer comigo? - Então Susie acordou suada e com sede novamente.
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Segredos Da Escuridão
FantasyEste livro é uma obra minha. Uma história de suspense e mistério que envolve muitos segredos e coisas sobrenaturais. Espero que gostem!