Martha é uma ótima aluna e mesmo passando por tudo o que passou suas notas ainda eram as melhores da turma. Mas, nem sempre estava pronta para estudar e prestar atenção à aula.
- Martha? Você poderia responder a pergunta? – A professora virou-se para Martha depois de perguntar a uma aluna e ela não saber responder.
- Perdão senhora Kate, eu não ouvi a pergunta – Martha estava com seus pensamentos bem longe.
- A equação está aqui no quadro, gostaria que a senhorita resolvesse e mostrasse a classe como se faz! – A professora Kate era sempre sorridente e tinha uma aparência ótima.
- Sim, claro. – Martha foi até o quadro, quando ouviu alguém dizendo baixo para ela não ouvir.
- Você soube o que aconteceu com o pai daquela garota? – Disse uma das alunas para outra. – Dizem que ele enlouqueceu e acabou se suicidando.
- Sério? Eu vi no jornal, mas eu pensei que ele tinha sido assassinado. – Martha parou no meio da sala e virou para olhar direito quem estava cochichando. Eram duas garotas que certamente não tinham ideia do que estavam falando. Martha olhou as duas até que elas perceberam que tinham comentado alto até demais.
- Meu pai não era louco, ele era um bom homem e nunca se suicidou. – disse Martha com muita raiva do que elas tinham dito.
- Pois não foi o que minha mãe me disse. Ela me disse também, que sua mãe vai enlouquecer também e ainda irá se suicidar como seu pai. – disse a garota tentando irritar ainda mais Martha. Mas, dizendo isso Martha não conseguiu se contiver e foi em direção à garota.
- Então, diga a sua mãe que louca é ela, que não sabe o que diz e vai acabar se suicidando por isso. – Nesse momento Martha começou uma briga com a garota, as duas começaram a se baterem até a professora Kate se aproximar e tentar separar a briga com ajuda de alguns alunos que a essa altura, a metade da sala estava gritando e aplaudindo.
Susie foi chamada na escola enquanto Martha e Jeniffer, que estavam brigando, ficavam sentadas na sala de detenção. Meia hora depois as mãe já estavam na escola e nem um pouco felizes com as atitudes de ambas as garotas. O senhor Wesley, diretor da escola onde Martha estudava, estava à espera delas em sua sala confortável como sempre. Havia duas cadeiras de couro em frente à mesa de escritório do diretor, a sala tinha um silencio agradável e as cadeiras eram muito confortáveis. Elas se sentaram de frente para o diretor que a essa altura estava com o histórico escolar de cada garota nas mãos.
- Bom, - iniciou o diretor – acho que a essa altura as senhoras já saibam o motivo de terem sido chamadas aqui, e vejo aqui que Martha e Jeniffer são ótimas alunas e nunca derem problemas nenhum.
- Eu posso garantir que minha filha é uma ótima pessoa e não teve motivos algum para se meter em uma briga – disse a mãe de Jeniffer – a não ser, que alguém esteja a induzindo a tal. – Susie ouviu o comentário de Ashley e não gostou nem um pouco do que ela estava insinuando.
- Bom, também tenho certeza de que minha filha jamais causaria uma confusão dessas por motivos fúteis. Ela sempre foi uma ótima filha! – disse Susie.
- Sim, senhoras tenho certeza de que as filhas de vocês devem ter tido uma ótima educação e realmente não teriam motivos para isso. Chegando a essa conclusão, acho que seria bom se vocês conversassem com elas em casa, não vou levar isso a sério, vamos fingir que isso não aconteceu, mas vocês vão ter que me prometer que isso não vai acontecer novamente.
Susie e Ashley confirmaram que não irá acontecer novamente e tiveram autorização para levar as garotas para casa. No caminho, Susie e Martha não disseram uma palavra. Martha subiu para seu quarto e Susie foi logo em seguida.
- Mãe, eu não quero conversar, por favor. – disse Martha.
- Você não quer conversar? Jura? Eu acabei de voltar da sua escola depois de ouvir sua professora me dizer que você bateu em uma aluna. Agora me diz que não quer conversar. Mocinha, a senhorita está muito encrencada.
- Eu sei mãe, eu sinto muito por aquilo, ok? Mas, foi ela quem começou...
- Claro, e você não teve culpa de nada, certo? – disse Susie bem nervosa.
- Mãe, ela estava me provocando, disse coisas horríveis a seu respeito e do meu pai também.
- Nada justifica isso, Martha. Há muito tempo eu não sou chamada na escola por causa de algo que você fez, pensei que isso não iria acontecer nunca mais. Você me decepcionou muito, garota. Tive que enfrentar seu diretor me dizendo que você nunca teve nenhum problema, mas nós duas sabemos que você já causou muitos problemas na sua escola antiga, sorte a sua que seu histórico sumiu misteriosamente, do contrário você nem ao menos seria aceita naquela escola. Eu não quero seu nome sujo novamente, isso é a sua segunda chance que estão te dando, então não desperdice. – Susie percebeu que Martha não disse nada então, saiu do quarto fechando a porta com força fazendo Martha assustar.
O diretor telefonou para Susie e perguntou se estava tudo bem, ela explicou tudo o que havia acontecido e disse que não vai acontecer novamente.
- Então, me conta o que aconteceu? – disse a amiga de Martha ao telefone.
- Minha mãe disse um monte de besteiras e depois bateu a porta, espero que ela não tenha se irritado comigo. Afinal, não sou mais aquela garota de antes...
- Sim. O que acha de irmos ao cinema amanhã? – disse Rose.
- Acho ótimo! Isso se minha mãe não se irritar.
- Diz pra ela que é só um passeio.
- Por que você não vem aqui? Acho que seria melhor assim.
- Você mora longe de mais, e meus pais viajaram, não posso ir para sua casa.
- Ok. Vou dar um jeito... Acho que não vou à aula amanhã.
- Por quê?
- O que você acha?
- Há, sim. Então, nos vemos em breve. – Rose desligou o telefone.
Mary não passava exatamente todo tempo na casa de Susie, ela só estava lá nos finais de semana as vezes, e quando acontecia algo que precisasse da presença dela. Susie não sentia falta, ela já estava se acostumando com a ausência de Mary e Andrew que também não passava todo tempo em casa. Clear, sua namorada, trabalha em uma lanchonete da qual Andrew passa o dia todo a observando, afinal muitos homens passa por ali e isso causa certos conflitos entre o casal que acaba sempre brigando por causa de algum engraçadinho que não tem respeito.
- Ei! Linda. – Disse um homem sentado a alguns metros de distância de Clear.
- Posso ajudar? – Clear, sorriu, mas na verdade queria ir embora daquele lugar. Sua família passa por muitas necessidades, então ela não podia abandonar o emprego de garçonete.
- Sim, princesa. Eu quero o prato especial do dia, e se você for uma boa garota, pode até receber uma gorjeta bem gorda ou algo a mais! – o homem disse olhando para o decote de Clear, mesmo tendo seu estilo diferente, ainda atraía muitos olhares maldosos. Andrew estava olhando em direção ao homem quando notou que ele tentava segurar a mão de sua namorada sem permissão. Ele se levantou e começou a andar em direção os dois. O homem estava de costas para Andrew e quase ao lado dela. Clear percebeu que Andrew estava se aproximando com muita raiva e notou que se ele fizesse algo com aquele moço, ela iria perder o emprego. Andrew tocou o ombro do homem e Clear pulou na frente dele tão rápido que o homem assustou e se levantou bem rápido. Os dois trocaram olhares.
- Andrew, por favor, vá embora. Agora. – Clear estava olhando nos olhos de Andrew para que ele percebesse que se algo acontecesse, não seria somente ela que sairia perdendo nessa história. O homem era muito grande, e parecia ter o dobro da idade de Andrew.
- Que isso, princesa! Talvez esse rapaz também queira participar da nossa festinha. – O homem disse com um sorriso provocativo.
- Se você encostar um dedo nela...
- O que ouve meu amigo? – Andrew foi interrompido pelo homem, que nesse momento já tiravam a atenção de todos na lanchonete. – Quer só pra você? Sinto muito lhe informar, mas essa aqui, eu achei primeiro. – o homem puxou Clear para próximo do corpo dele prendendo-a em seus braços impedindo ela de se soltar. Andrew levantou o punho direito e em alguns segundo o homem caiu em cima da mesa sangrando e quebrando todos os copos e talheres. Antes que ele pudesse se levantar, Clear pegou Andrew pelo braço e arrastou ele pelos corredores entre as mesas dos clientes até o lado de fora.
- Qual o seu problema? Eu vou perder meu emprego, você não podia ter feito isso. – Clear estava aos berros.
- E você queria que eu o ouvisse dizer essas coisas, e ficasse calado? – Andrew tentava gritar mais alto do que ela.
- Isso é o meu trabalho e você sabe o que acontece aqui todos os dias. Você não devia estar aqui, Andrew. Isso não estar dando certo. – Clear estava muito irritada, enquanto isso alguns clientes deixavam o local assustados e logo em seguida vinha o gerente.
- Clear, isso vai ser descontado no seu salário. – Sr. Evans, o gerente, saiu da lanchonete enfurecido segurando um pano em uma das mãos. Ele usava calças jeans e um avental.
- Sr. Evans, por favor, me desculpe. – Clear tentava se explicar ao mesmo tempo tentando parecer normal, sem gritos.
- Nós precisamos ter uma conversa, Clear – disse Andrew de um lado.
- Venha já pra dentro garota, se não quiser perder seu emprego – disse Sr. Evans de outro lado.
- Eu não quero conversar com você agora, Andrew. – Clear disse enquanto olhava para Sr. Evans.
- Sim, acho que o que temos para conversar eu posso dizer aqui mesmo. Eu não vou ficar vendo você nesse emprego passando por tudo isso, pode ser normal pra você, mas pra mim se você esta comigo tem que estar comigo e com mais ninguém. Você vai ter que escolher. Eu ou esse emprego. – Clear olhou para Andrew e depois para o Sr. Evans que estava olhando com cara de quem iriam demitir alguém hoje. Ela gostava do Andrew, mas não podia perder o emprego.
- Clear, eu estou esperando! – disse o Sr. Evans muito nervoso enquanto olhava para os dois.
- Andrew, me desculpe. Eu preciso desse emprego e Sr. Evans, espero que o senhor ainda me queira trabalhando aqui. – Clear não conseguira olhar para Andrew nesse momento, pois sabia que ele estava quase chorando e ela não queria chorar também. Não podia.
- Ótimo! Venha, perdemos clientes e espero que você consiga recuperá-los rápido. – Clear andou ate a porta da lanchonete e viu pelo canto do olho que Andrew continuava vendo-a entrar sem dizer uma palavra. Clear queria muito ir ao encontro de Andrew, mas era melhor para ele mesmo assim. Sr. Evans disse que se visse “aquele garoto” na lanchonete dele novamente, ela seria demitida sem receber o salário do mês. Andrew voltou pra casa e não disse uma palavra do que aconteceu para Susie.
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Segredos Da Escuridão
FantasíaEste livro é uma obra minha. Uma história de suspense e mistério que envolve muitos segredos e coisas sobrenaturais. Espero que gostem!