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   A casa tinha uma faixada não muito bonita, mas por dentro era uma casa muito bem decorada, parecia um decorador profissional. Havia persianas nas janelas e uma música bem lenta e baixa.
   Taylor fez sinal para que Susie se sentasse em uma das cadeiras perto da janela da sala.
- Você aceita alguma coisa? – perguntou Taylor assim que se sentaram.
- Não, obrigada! – Susie não sabia como começar a explicar a situação para a ela. Como vai a sua vida? Não é uma boa maneira de começar um assunto como esse. Ela me parece bem, acho que melhor do que nunca. Acho que não devia ter vindo. 
- Então... A que devo a honra?  - perguntou Taylor – Está tudo em ordem com a casa? Espero que tenha um ótimo motivo para estar aqui me procurando. Como conseguiu meu endereço? 
- Não foi difícil.
- Imagino – Taylor sorriu, parando quando percebeu que não estava sendo retribuída. – Imagino também, que a essas alturas já deve acreditar nas minhas histórias e percebeu que precisa de ajuda.
- Você deveria imaginar que eu não confiei em você, mas sim, acredito nas suas histórias. Eu creio que não tenha motivos para mentir, não é mesmo? – Taylor olhou para Susie e pegou uma xicara que estava em cima de uma mesa de vidro pequena no centro entre as duas. Bebeu um pouco do chá e continuou olhando-a. – Bom, eu não tenho o dia inteiro então, vamos direto ao assunto. – Fez-se uma pausa.
- Bom, espero que me entenda, pois... Preciso da sua ajuda – Susie fez uma pausa esperando que Taylor dissesse alguma coisa do tipo “Eu bem que avisei”, mas ela não disse uma palavra. Continuou olhando-a desconfiada. – Eu preciso saber se você pode traduzir uma língua morta. – Taylor olhou para Susie e depois para a xicara. Droga! Eu vim até aqui e tenho certeza de que vou ter que me humilhar par essa idosa misteriosa que eu mal conheço. 
- Aonde você quer chegar? – Taylor olhou para Susie esperando que ela dissesse algo que a surpreendesse. Mas, Susie estava odiando ter que fazer aquilo.
- Um livro. Preciso que você me ajude a traduzir um livro. Mais nada. – disse Susie finalmente.
- E eu posso saber por que eu devo traduzir esse livro? – Taylor não pareceu muito surpresa, estava muito calma e tranquila.
- Eu preciso muito da sua ajuda, você é a única pessoa que eu conheço que vivera naquela casa e que poderia resolver esse mistério, eu sei que você pode me ajudar. Eu faço o que for preciso.
- Eu posso ajuda-la se me explicar direito essa história – Taylor não tirava os olhos de Susie nem por um segundo. Queria tanto saber o que está pensando... 
- Eu encontrei um livro na casa. Estava no porão em um fundo escondido embaixo da madeira no chão. Parece que estava lá há muitos anos, mas não está escrito na nossa língua, parece uma linguagem morta ou algo parecido. 
- Como é esse livro?
- É um livro de capa preta e na parte inferior está borrada a frase Secrets of The Dark. Não faço a menor ideia do que possa significar. Você já possuía o conhecimento desse livro? Já ouviu falar pelo menos? – disse Susie.
- Não. – Taylor parou por um instante pensando no que Susie disse – Você disse que parecia que o livro estava lá há muito tempo?
- Sim, estava enrolado em um pano preto parecia um pouco sujo e havia muita poeira.
- Eu preciso ver esse livro Susie. Eu não sabia que havia um livro escondido naquela casa, mas não duvido que haja. Nada que venha daquela casa é bom, Susie. Lembre-se disso. – Taylor parecia muito preocupada dessa vez – Eu não posso traduzir o livro para você, pois não possuo o conhecimento de línguas mortas, mas sei quem pode nos ajudar. O livro está bem guardado?
- Eu o guardei dentro de um fundo falso no meu guarda-roupa. Tenho certeza de que ninguém sabe que aquele lugar existe e está muito seguro ali.
- Ótimo. Você contou para mais alguém?
-Não, você é a única que sabe.
- Então continue assim. Esconda-o e eu vou ajuda-la, eu acho que já ouvi falar nesse livro há muito tempo. Conheço onde poderei traduzi-lo.

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