Segredos Da Escuridão

7

Dia 15 de Janeiro. Estava fazendo quatro meses que Josh morreu, Susie resolveu ir com a família ao cemitério levar umas flores ao seu túmulo.

O cemitério era cheio de lápides e túmulos gigantes com várias dedicatórias diferentes em cada um deles, em poucos instantes, Susie percebeu que não havia ninguém ao cemitério além de uma pessoa com uma capa preta cobrindo todo o corpo que parecia estar se escondendo por traz dos túmulos. Susie estava com toda a família e andavam em fila indiana, silenciosamente pelo corredor de lápides de todos os tamanhos. Quando chegaram ao local onde Josh estava enterrado, todos param em frente à imagem e dedicatória dele e cada um colocou um vaso de flores de variáveis cores por cima do túmulo. Eles fizeram uma oração todos juntos e Mary, para quebrar o gelo resolveu levar Lori a uma sorveteria mais próxima.

-Martha, por que não vai tomar sorvete com sua avó? Tenho certeza que vão adorar o passeio!- Susie tentou animar a filha.

-Obrigada mãe, mas eu estou sem fome, acho que vou esperar por você lá fora. - Martha estava muito triste e saiu sem ouvir a resposta de sua mãe. Andrew tentava conter suas lágrimas, enquanto sua mãe tentava falar com ele.

-Querido, eu sei que esta sofrendo, você precisa conversar comigo, te garanto que vai ser ótimo e você vai se sentir muito bem e...

-Cala a boca! Eu não preciso conversar com você e nem com ninguém, quem disse que estou sofrendo? Eu gostava dele sim, mas não quer dizer que você precisa me tratar como uma criança que ainda não consegue entender. Eu não sou a Lori. - Andrew foi muito frio e grosso com sua mãe, que a fez ficar de boquiaberta e não conseguiu dizer mais nada. Andrew vendo que sua mãe não iria falar saiu pisando duro e desapareceu entre os túmulos. Susie ficou ali entre todos aqueles túmulos e tentando entender o motivo de alguém ter matado seu marido de uma maneira tão friamente. Enquanto estava perdida em seus pensamentos, a pessoa usando capa preta que Susie avistou quando chegou, estava tão próximo dela, que podia ver perfeitamente seu rosto. Taylor. Susie enfurecida saiu pisando duro atrás da mulher.

-O que faz aqui? Veio tentar me assustar novamente com suas histórias? - Susie estava tão furiosa que a senhora virou-se rapidamente assustada com o seu atrevimento.

-Eu vim em missão de paz! Sempre venho aqui visitar meu falecido marido. - Taylor parecia muito tranquila.

-É mesmo? Então, senhora "missão de paz", por que estava se escondendo entre os túmulos? Se você veio me encher novamente com suas ladainhas, pode ir embora porque não acredito nas suas histórias. - Susie falou com muita ironia, mas nem um pouco calma.

-Não acredita? Então venha ver, senhora "não acredito nas suas histórias". - Taylor respondeu também ironicamente, mas dessa vez um pouco mais alterada. As duas trocaram olhares por alguns segundos, então Susie virou e saiu deixando Taylor para trás.

-Ei, senhora? - Taylor gritou, enquanto Susie andava rápido em direção contrária - Minhas histórias eram verdadeiras, acredite se quiser. - Vendo que Susie continuava andando sem dar à mínima, Taylor tentou faze-la parar - E eu sei sobre seus pesadelos todas as noites - Dizendo isso, Susie parou imediatamente como se estivesse batido em um muro invisível. Taylor deu um sorriso malvado e começou a andar lentamente em direção a Susie que continuava de costas para Taylor - Você sempre tem o mesmo sonho, não é mesmo? Sempre a mesma pessoa aparece nele, te perseguindo e você nunca consegue descobrir quem é. Talvez eu possa ajudar. - Taylor já estava bem próximo dela, então Susie olhou de lado, sem virar, e disse:

-Como você pode me ajudar?- Susie estava bem calma e não olhava nos olhos dela. Taylor tirou um cartão de trás de sua capa e entregou a Susie.