04 - Aquele com a carona

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        Eu estava morrendo

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        Eu estava morrendo. Constatei isso quando tentei pegar meu celular que gritava em toda sua força me lembrando que era a hora de levantar, mas ao esticar meu braço até o móvel amarelo que eu usava como minha mesinha de cabeceira, senti meus músculos reclamarem. Desisti de pegar meu celular e virei-me de costas para ele e ficando de frente para a parede e fechei meus olhos novamente na espera dele entrar no modo soneca e voltar a gritar novamente em meu ouvido daqui a cinco minutos.

Mas pela primeira vez, eu não consegui pegar no sono depois do celular me dar mais cinco minutos até alarmar novamente. Por que a minha mente só pensava em como minha mãe havia me feito trabalhar como uma empregada com a patroa malvada. Ela até sentou em uma cadeira de praia, abriu seus arquivos importantes na tela do computador que ficava em suas pernas e tomava um copo de suco enquanto eu sofria arrumando a garagem. Arrumando a garagem! Quem em santa consciência arruma a garagem!?

Tudo isso por que meu querido professor ligou para ela e disse tudo o que aconteceu durante a aula, eu poderia jurar que ele ainda acrescentou coisas que não existia. Aquele homem nunca gostou de mim e eu tenho certeza que ele sorria ao telefone enquanto me ferrava para minha mãe.

— Você não vai levantar, bela adormecida? — A dita cuja abriu aporta e partiu para as minhas cortinas, abrindo-as deixando toda aquela claridade enorme entrar no meu quarto.

— Por que você tem que ser tão malvada? Está treinando para ser a madrasta má da Cinderela? — Resmungo e viro ficando de barriga para cima.

— Eu sou malvada? — Minha mãe pergunta quando para na frente da minha cama e coloca suas mãos na cintura. Ela vestia mais um dos seus inúmeros terninhos que tinha, mas essa manhã, no lugar de uma calça ela veste uma saia que combina perfeitamente com ela. — Não foi eu quem deu quebrou o nariz de um garoto na escola. Agora arrume-se, vou te levar para a escola.

Ela fala tão rápido na medida que sai do meu quarto que eu sou obrigada a gritar: — Nem eu! Foi o Colleman!

Peguei o travesseiro de baixo da minha cabeça e coloquei sobre, abafando os gritos que soltei depois. Só parei quando o celular começou a alarmar novamente dizendo que eu tinha menos cinco minutos para me arrumar. 

 

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