20 - Aquele com o boa noite

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Eu entendi o motivo do carro do Thomas cheirar a hortelã.

Thomas cheirava a hortelã.

Nos estávamos indo em direção a algum restaurante, ou lanchonete aberta por perto enquanto eu lembrava na minha cabeça a mensagem de Brianna, que quase foi totalmente esquecida, quando vi Thomas saindo do vestiário com uma camisa branca, calças jeans preta e um casaco grosso de frio que o deixava ainda mais bonito do que era.

Eu parei de tentar controlar os meus pensamentos quando pela segunda vez naquele dia, eu pensei em beija-lo.

Nos, e quando eu digo nós, na verdade quero dizer Thomas, acabou escolhendo uma lanchonete de esquina em uma rua um pouco menos movimentada do que as demais. Ela era até bonitinha, tinha umas mesas para quem quisesse sentar do lado de fora e um balcão que dava para a cozinha, mas por conta do frio, pedi para que entrássemos.

Quando entramos, fui atingida por uma pequena onda de calor e cheiro de bacon frito fazendo meu estomago clamar ainda mais por alguma comida. Sentamos em uma mesa entre uma família e um outro casal. Eu nunca tinha ido a nenhum restaurante ou lanchonete ou pubs na grande Richmond, apenas em jantares de professores que meu pai insistia para que eu fosse quando a universidade os dava.

Uma mulher veio nos atender e fui a primeira a pedir.

— Eu quero um x-Burger com fritas, bacon e um refrigerante grande. — Digo antes que ela possa me dar o cardápio e ela rir.

— E você, rapaz? — Pergunta para Thomas, que dá de ombro e diz: — O mesmo que o dela.

A mulher anota tudo em um caderninho e sai nos deixando a sós. Sem saber o que fazer, olho ao redor notando cada detalhe no lugar, tudo por não saber o que fazer com Thomas na minha frente.

— O que passa nessa cabeça? Algum plano de me matar mais uma vez? — Thomas me pergunta e eu sorrio. Coloco meus braços em cima da mesa e me inclino sobre ela.

— Claro! Eu planejo te matar envenenado e te jogar no meio da estrada até em casa. — Digo com um sorriso no rosto e Thomas rir, jogando a cabeça para trás e me fazendo ter uma bela visão dele. Eu estava tão ferrada.

Quando ele parou de gargalhar e passou a me olhar com seus olhos intensamente, eu tive vontade de beija-lo novamente, mas apenas abaixei meus olhos para meu celular que vibrava com uma ligação da minha mãe em meu colo.

Recusei a ligação, mesmo sabendo que ela seria capaz de me rastrear e bater onde eu estava, mas aquilo não estava me importando agora. O que me importava, era a promessa que eu havia feito a menos de meia hora e que eu não conseguia mais cumprir. Não conseguia esconder a minha cara de garota boba em frente ao primeiro amor. Por que era isso que Thomas era para mim.

— Quando vai ser a competição mesmo? — Pergunto mudando de assunto por que talvez se eu não tivesse mudado, eu seria capaz de atravessar a mesa de madeira e beijar Thomas ali mesmo. Ele passou a mão sobre o queixo e me olhou da mesma maneira que estava me olhando desde mais cedo.

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