24 - Aquele com o beijo da vitória

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Parar em frente à minha casa e ficar até tarde depois da escola, já havia virado nossa atividade que eu mais gostava

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Parar em frente à minha casa e ficar até tarde depois da escola, já havia virado nossa atividade que eu mais gostava. Era assim, que todo dia depois da aula e de limpar o refeitório/ginásio que eu e Thomas ficávamos o máximo de tempo juntos antes dele viajar para a competição que era dali a dois dias.

E cada dia que passava, Thomas ficava cada vez mais tenso.

Eu não havia esquecido o nosso acordo;

E pelo visto ele também não.

Por isso, enquanto ouvíamos as músicas que tocavam no rádio e Thomas estava deitado no meu colo no banco de trás, entrelacei nossas mãos e sorri para ele que estava com os olhos fechados e não podia me ver.

O admirei enquanto podia. Seus olhos fechados e sua respiração calma faziam seu rosto ficar ainda mais bonito, sua barba por fazer o dava um ar de desleixo, mas o deixava sexy ao mesmo tempo. Passei meu dedo do alto da sua testa e até a ponta do seu nariz lentamente e sem muita força. A música do rádio mudou e a voz do Ed Sheeran invadiu o carro e Thomas sorrio quando meu dedo chegou até seus lábios.

Thomas abriu os olhos e me encarou por um tempo. Tempo esse suficiente para que eu viajasse para outra direção. Isso sempre acontecia quando ele me olhava com aqueles olhos que poderiam conquistar o mundo. Ele inclinou a cabeça, levou uma das suas mãos até o meu pescoço e colocou seus lábios nos meus. Foi um beijo simples e calmo em comparação aos que a gente trocava as vezes na esquina da minha casa.

Quando nossos lábios se separaram, sorri para ele e joguei a cabeça para trás sorrindo.

- Sorri para mim, eu amo quando você sorrir. - Ele diz e o olho novamente. Pouso minha mão em seus cabelos e começo a mexer neles. Thomas levou sua mão até meu rosto e o acariciou, fazendo com que eu deitasse meu rosto sobre sua mão.

Meu estomago revirou-se e meu coração começou a palpitar. Era a mesma sensação que eu sentia desde do dia do ocorrido. A sensação que todas as garotas diziam sentir quando estavam apaixonadas e que para mim era tudo novo. Passar de ódio mortal até o estágio de falar eu te amo era muito estranho para mim.

Mexi minhas pernas fazendo Thomas que estava deitado sobre minhas pernas inclinar e beijei sua testa, sentindo o cheiro de menta de seu cabelo. Eu ainda não havia me acostumado a como tudo nele tinha o mesmo cheiro, um cheiro tão simples, mas tão característico dele.

- Você não vai mesmo assistir a competição? Ainda tem o seu lugar no ônibus ao meu lado? - Ele me fala depois de um tempo e eu sorrio de lado.

Claro que eu queria assistir a competição. Queria ver Thomas ganhar o primeiro lugar e quando ele saísse da piscina e me procurasse na arquibancada eu estaria lá, vibrando, torcendo e gritando por ele. Mas Brianna me intimou.

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