18 - Aquele em que Aisha pede desculpas.

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         Passei todas as minhas aulas do dia olhando para o relógio implorando para que ele passasse mais rápido só para que eu pudesse encontrar Thomas no nosso castigo diário

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         Passei todas as minhas aulas do dia olhando para o relógio implorando para que ele passasse mais rápido só para que eu pudesse encontrar Thomas no nosso castigo diário.

Talvez eu nunca desejei tanto nesses quase quinze dias que a hora do terror chamada detenção chegasse tão rápido.

Não que eu não tivesse tentando falar com ele na hora do almoço. Eu tentei. Tentei atravessar todo o refeitório para chegar onde ele estava para tentar conversar, mas antes que eu pudesse dar o primeiro passo, uma menina de cabelos loiros aproximou-se dele e passou o braço por volta do seu ombro me fazendo fechar a cara na hora. Eu nunca tinha a visto na escola, o mais provável era que eu nunca tivesse percebido a existência dela até aquele momento, já que Brianna insistia em dizer que eu tinha aula de literatura com ela desde o início do semestre, mas eu nunca a vi.

Por isso, quando o sinal tocou e o relógio marcou três da tarde, eu sai disparada daquela sala e fui direto para o refeitório. Acabou que havíamos pegado uma rotina, primeiro refeitório, depois ginásio maior, depois o menor até começar tudo de novo, essa era a nossa rotina até o fim dos dois meses. Mas eu corri tão rápido para o refeitório que quando cheguei lá, não tinha ninguém além de mim e os dois esfregões que pertenciam a mim e Thomas.

— Nunca vi você chegar tão rápido aqui. — Thomas disse me fazendo levar um susto que eu pulei de onde eu estava. Me virei de frente para encara-lo, mas ele já havia colocado seus fones no ouvido e estava indo em direção ao esfregão.

Abri e fechei a boca diversas vezes pensando no que falaria, ou como começaria a falar tudo o que ensaiei trancada no meu quarto, mas nada me vinha a cabeça, então eu apenas deixei a vez passar e peguei o meu esfregão, até o final e teria que reunir coragem e tentar conversar com Thomas. Mas enquanto a coragem não chegava, eu apenas coloquei meu casaco sobre uma das mesas e me limitei a olhar para o chão enquanto cantarolava uma música do filme que eu e Brianna havíamos assistido na sexta.

Quando todo o serviço foi terminado, me virei para Colleman com toda a coragem que eu havia reunido naquelas duas horas e meia, ele já estava quase saindo do refeitório e indo embora sem me avisar, ou dizer nada.

— Thomas! — O chamei, mas ele não virou rapidamente para me olhar. Parecia que estava odiando tudo aquilo, o que fez meu peito apertar. — Ta tudo bem? — Perguntei tentando achar o melhor caminho. Colleman franziu as sobrancelhas procurando entender o que eu estava tentando fazer.

— Hm... Sim. — Disse e ameaçou vira-se para ir embora, mas o chamei novamente parecendo deixar ele irritado.

— A gente pode conversar?

Pergunto receosa e espero por sua resposta que não vem de imediato.

Thomas suspira e o vejo deixar seus ombros caírem ao lado do corpo. Reúno mais uma vez toda a minha coragem quando ele diz que sim, que podemos conversar.

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