06 - Aquele com a decisão

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Meu pai me olhava como se fosse um detetive investigando um bandido. Ele havia chegado no mesmo instante em que Thomas arrancava com seu carro da frente da porta da minha casa, ele saiu do carro, olhou para o final da rua onde provavelmente Thomas estaria e depois olhou para mim. Diretamente para mim.

Enquanto eu estava escondida atrás das cortinas, fechei rapidamente na esperança que ele não tivesse me visto, mas eu sabia que ele havia me visto sim. Então não valeu a tentativa de fuga para meu quarto, já que na hora do jantar, ele parecia me olhar como se soubesse o que eu fiz no verão passado. Não que eu tenha feito alguma coisa de diferente de passar ele todo na casa de Brianna enquanto assistíamos filmes, comíamos pizzas com coca cola e fofocávamos sobre qualquer coisa e pessoa que passasse na nossa mente.

Mamãe havia ligado e dito que iria trazer comida de um restaurante que ela havia conhecido mais cedo durante o almoço na grande Richmond. E ela falava de algo que aconteceu no trabalho sem se importar com os olhares que meu pai me dava até que ele parou de responde-la. Eu tremi na base.

— Querido, eu estou falando com você. — Mamãe fala e toca seu braço fazendo meu pai retornar ao mundo em que habitávamos. Peguei uma colher da torta de maça que ela havia trago para a janta junto com o resto da refeição, já que eu não era muito fã de frutos do mar e ela conhecia a filha que tinha.

— Aisha veio de carona para casa e não era o carro dos Cooper.

Minha mãe virou a cabeça lentamente na minha direção e eu senti a minha espinha gelar. Meus pais não eram do tipo lunáticos que a filha não poderia sair com nenhum rapaz até terminar a faculdade, não era isso. O problema era realmente eles. Richard havia engravidado Diana aos 16 anos e pelo o que eles contam as coisas foram realmente difíceis depois daí, então o cuidado deles eram o dobro para cima de mim. Quando completei quinze anos eles me deram uma palestra que na minha concepção durou dias de como não era inteligente transar sem camisinha e sobre todos os métodos contraceptivos para evitar uma gravidez na adolescência. Quando completei dezessete e não havia engravidado eles pularam de alegria ­– não literalmente, mas eu podia ver os olhos deles brilhando de felicidade por tal feito – e depois conversaram comigo preocupados já que eu nunca havia apresentado um garoto para eles.

Meus pais eram realmente difíceis de compreender.

— Com quem você veio para casa, querida? — Minha mãe perguntou calmamente enquanto colocava um pedaço do seu salmão na boca. O pedaço da torta que havia em minha boca desceu rasgando garganta a baixo.

— Colleman. — Me limitei a dizer e vi a expressão do meu pai normalizar-se e um sorriso nascer no rosto da minha mãe.

— Então quer dizer que vocês se reaproximaram novamente?

Meu Deus, me ajuda!

— Não, mãe. Ele apenas me deu uma carona para eu vim a pé todo o percurso da escola até aqui. — Deixei meu talher sobre a mesa e tentei me manter calma. Aquele maldito do Colleman conseguia me deixar com raiva até mesmo metros de distância de mim.

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