Pelotas - 1998.
Era mais um ano de festa na cidade, o lugar estava lotado de pessoas e entra a multidão poucas se destacavam por sua beleza extraordinária e no meio de todas aquelas pessoas estava Ana junto a sua amiga de escola Carmen, elas riam felizes enquanto cochichavam de algumas pessoas e de suas roupas.
"A poucos metros dali o novo fazendeiro e rico da cidade descia de seu carro com mais dois amigos, parecia um tanto altos" aos seus cinquenta e dois anos recém completados buscava uma mulher para que te desse um filho homem que pudesse herdar toda sua fortuna quando ele se fosse.
Ele andou pelos arredores buscando com os olhos uma "prenda" da qual ele pudesse levar para casa e depois de parar em uma barraquinha de bebida e mais uma vez pagar uma rodada a eles, seus olhos bateram na figura de uma linda e jovem moça que estava sentada no banco a uns cem metros dele que o encantou de imediato.
O sorriso puro de uma inocência jamais vista por ele o deixou babando por aquela moça, mas como a praça onde a festa acontecia estava cheia e muita gente andava de um lado para o outro. Quando um grupo de jovens passou e ele tentou achar ela novamente com os olhos a moça já não estava e ele se enfureceu e buscou mais uma vez com os olhos mais não a encontrou mais a encontraria ou não se chamaria Augusto Vasconcelos.
[...]
Foram dias ate que por fim ele novamente a encontrou na cidade e a seguiu ate sua casa, era uma casa modesta de poucos cômodos e ele ficou um pouco longe de sua casa e começou a admirar como ela sorria para sua mãe na pequena varanda de sua casa, queria aquela "mulher" para ele e buscou um modo para se aproximar e logo viu um senhor sair da casa e entrar em um carro antigo e pelo que ele notou era um carro velho que ele levou cerca de cinco minutos para conseguir ligar e poder sair. Augusto o seguiu e o viu parar no bar e entrar para tomar alguma coisa.
Ele sorriu era sua chance e ele também desceu de seu carro e entrou no bar deixando a todos surpresos por sua presença ali e cumprimentando alguns moradores ele pediu que fosse servido uma rodada de bebida a todos que ali estava e sentou ao lado de José e como quem não quer nada puxou assunto e os dois começaram a beber junto. Foram dias assim em que Augusto ganhou a confiança de José ate que foi chamado para jantar em sua casa e ele foi feliz, pois assim teria a chance de conhecer a mulher que tanto o interessava.
Ana Flor não gostou nada de como aquele homem a olhava e com o passar dos dias ficava ainda pior e seus pais pareciam não ver que aquele homem velho queria sua juventude e foi em uma noite de festa na casa de Augusto que ele pediu a mão de Ana ao pai dela que nem pensou em negar queria uma vida melhor e a filha poderia dar isso a ele casando com aquele homem. Ana protestou, chorou mais nada pode ser feito e ela foi obrigada a casar com aquele velho asqueroso.
Foram apenas dois meses e tudo estava pronto para que ela fosse oficialmente uma Vasconcelos, tentou fugir na noite anterior ao casamento mais não conseguiu e mesmo chorando e suplicando para que aquele casamento não acontecesse o grande dia havia chegado e ela teria que dizer sim para aquele homem. Ana parou frente ao juiz era um casamento para cem pessoas, as mãos tremiam e como uma ultima tentativa olhou para os pais suplicando que eles desistissem daquele casamento, mas eles sorriam como se fosse uma coisa normal.
Ana disse sim a Augusto chorando e todos acharam que era de felicidade, mas não, era de desespero por saber que aquele homem o que queria era tocá-la e ela era virgem e sabia que isso não iria nem se quer preocupar a ele e ele a faria dele mesmo que ela dissesse não. Eles receberam os parabéns de todos os convidados e ele a puxou para o meio da pista para que dançassem e mostrassem a todas aquelas pessoas que eles eram um casal normal.
- Enfim agora você é minha! - falou sorrindo como se ganhasse um troféu.
- Não por minha vontade e sim por obrigação e tira esse sorriso da cara que não estou feliz e sim cheia de ódio por casar com um velho nojento como você! - quis sair mais ele a segurou em seus braços e falou entre dentes.
- Acho bom você ser boazinha Ana Flor ou eu vou te mostrar quem é que manda aqui! - a beijou a força e ela quis sair mais ele a mantinha presa em seus braços.
Augusto cessou o beijo e a deixou ali parada no meio da pista e saiu para beber junto a uns amigos seus que estavam ali prestigiando o seu momento mais feliz, com o passar das horas Ana ficava ainda mais nervosa e a mãe tentou acalmá-la mais Ana não queria saber de nenhum deles e como pode tomou uns dois copos de bebida ate que quando foi pegar o terceiro como Augusto chegou e a impediu.
- Não te quero bêbada em nossa primeira noite amor, quero que se lembre de tudo! - ele beijou a boca dela. - Vou me despedi e a gente sai para a nossa lua de mel! - sorriu acariciando o rosto dela e saiu.
Augusto a levaria para sua fazenda e no dia seguinte eles sairiam de lua de mel, Ana se despediu dos pais e sabia que a partir daquele momento tudo que lhe acontecesse seria culpa de seus pais. Augusto saiu feliz e quando chegou à fazenda Ana correu para dentro e quis achar um lugar para se esconder mais ele foi rápido e a seguiu.
- Quer brincar potranquinha? Assim que eu gosto! - ele riu e a pegou no topo da escada e a arrastou para o quarto.
- Me larga! Eu não te quero, seu velho nojen... - Augusto se irritou e ali deu o primeiro tapa em sua face.
Ana caiu na cama com a mão no rosto e chorou amargamente por estar naquela condição mesmo sendo maior de idade ainda assim ser obrigada a casar com um homem que tinha o dobro de sua idade e ainda por cima nojento e violento. Augusto abriu a camisa e a calça como se nada tivesse acontecido e ficou nu rapidamente e foi para cima dela.
Ana o olhou assustada e rastejou pela cama, mas era em vão ele a possuiria ali sem pena, apenas para saciar o seu ego masculino e sua vontade de ser o homem dela. Augusto a pegou pelas pernas e a puxou fazendo com que ela ficasse deitada de frente para ele e ele no meio de suas pernas de pé a olhando com desejo. Ela chorou e ele rasgou o vestido dela e desceu para beijar o corpo tão jovem de sua menina.
Ana chorou e apertou os olhos não adiantaria nada se debater ou ele a machucaria ainda mais e ela ficou imóvel ali na cama. Para ele não era nada mais que ela cumprir o seu dever de esposa e sem mais aguentar o desejo que o invadia a meses adentrou o corpo dela com pressa e sem cuidado algum e Ana gritou de dor e ele percebeu que algo se rompeu ali no ato da penetração e a olhou por um momento chorar e se sentiu pela primeira vez um miserável, mas tinha desejo e agora já estava ali e se ela era virgem agora não era mais.
Augusto a tomou com gula ate saciar o seu desejo e depois de gozar ele caiu ao lado dela rendido de cansaço e não precisou de muito para que ele estivesse roncando ali ao lado dela. Ana o olhou e sentiu vontade de acabar com a vida dele mais ela não era assim e simplesmente levantou em lagrimas abriu o guarda-roupa e como já conhecia aquela maldita casa, pegou um vestido seu e vestiu saindo do quarto correndo e sentindo uma dor horrível no meio de suas pernas.
Ela saiu da casa e correu por aquelas terras escura, sentia nojo de si mesma, não acreditava que aquele maldito velho asqueroso havia tocado nela e o pior ainda tinha deixado as piores lembranças de sua primeira vez. Correu tanto que nem se deu conta que ali no meio daquele escuro tinha um jovem rapaz que andava em direção a sua casa e que ele somente deu conta da presença dela quando ela trombou nele e os dois foram ao chão.
Ele se assustou mais ao ver o desespero dela a segurou em seus braços e com a luz da pequena lanterna conseguiu a olhar nos olhos que estavam banhados em lágrimas e tinha a pontinha do nariz vermelha pelo choro...
- Você esta bem? - ela nada respondeu e depois de piscar umas quantas vezes presa em seus olhos ela levantou e saiu correndo dali sem dizer mais nada.
Ele a olhou ir e nada entendeu, queria ir atrás dela mais não achou apropriado e apenas pegou sua lanterna e seguiu seu caminho, mas sem conseguir tirar os olhos dela de sua mente sorriu e se perguntou quem era aquela garota. Ana corria destruída e ao chegar a uma cascata que ela conhecia arrancou seu vestido e mergulhou tentando tirar de seu corpo o cheiro e as lembranças daquele homem que agora era o seu ódio encarnado.
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DOMANDO OS CORAÇÕES
RandomDois corações aprisionados em uma escuridão de nunca saber amar. Seu destino foi traçado contra sua vontade e a tornou amarga e sem gosto pela vida! Ele por outro lado nunca acreditou no amor e deu duro para chegar a posição em que hoje vive, amarg...