Boa leitura a todas...
Ana se entregou por completo naquele beijo se esquecendo de tudo que tinha passado apenas queria ser que alguém a queria e não era tomada a força por ele, claro que era sempre de um modo bruto, mas Pedro pedia e tinha dela o que queria.
- Mãe? – a voz soou atrás da porta. – Porque trancou? – e ela o empurrou no mesmo instante e ofegou levando as mãos aos lábios sem saber o que fazer. – Mãe, a senhora esta ai?
- Eu... eu já vou... – Pedro a segurou em seus braços mesmo ela tentando se soltar e ele sussurrou.
- Foge comigo agora? – beijou o pescoço dela e ela fechou os olhos suspirando.
- Mãe, esta me deixando preocupada! – Ana o empurrou se soltando dele e o empurrou para o banheiro e sentiu dor no braço.
Pedro a agarrou beijando seus lábios mesmo ela relutando o aceitou, mas logo o soltou batendo a porta do banheiro arrumou seus cabelos e deu um pequeno tapinha no rosto que fervia. Abriu a porta e Maria Flor entrou olhando para os lados.
- Eu ouvi vozes... – Ana a olhou.
- Sim, a televisão estava ligada! – sorriu de leve. – O que foi? Porque esta batendo na porta como desesperada?
- Queria saber se podemos nos arrumar juntas para a festa! – Ana engoliu em seco.
- Claro... claro que sim!
- Ótimo! Eu vou pegar minhas coisas para tomar banho aqui. – os olhos de Ana quase saltaram de sua face.
- Não! – falou um tanto alto e de dentro do banheiro Pedro ria daquela situação. – Não da pra tomar banho aqui porque esta gelado vamos tomar no seu ou no de visitas.
Maria estranhou mais nada disse do nervosismo da mãe e se aproximou a abraçando.
- Seu braço esta melhor?
- Dói muito ainda... – falou no abraço da filha.
- Já era para estar boa, mamãe, eu acho melhor ir de novo ao medico! – Ana se soltou dela.
- Não precisa mais alguns dias e estará bom! – sorriu acariciando o rosto da filha. – Vai na frente que vou pegar minhas coisas e te encontro em seu quarto! – Maria a beijou e saiu do quarto.
Ana esperou uns minutos e foi ate a porta e a trancou e correu para o banheiro e quando abriu a porta foi surpreendida pelos lábios de Pedro nos seus que a grudou na parede a suspendendo do chão, Ana com o susto o laçou com suas pernas e o agarrou como pode com os dois braços e sorveu daqueles lábios que a deixava molinha. Quando o ar faltou, ela o soltou e sussurrou.
- Você precisa ir embora! – acariciou a nuca dele.
- Vamos fugir? – ela o olhou nos olhos. – Eu e você para algum lugar que eu possa te beijar te amar e ser o homem mais feliz desse mundo.
Ana sentiu o corpo tremer naquele momento imaginando o que ele queria e num impulso desceu as pernas e o empurrou não poderia deixar que mais um a tocasse somente por puro prazer e naquele momento seus olhos e sua face mudaram e ela o encarou.
- Vá embora!
- Ana...
- Vai embora antes que você me traga problemas maiores do que eu já tenho! – falou nervosa passando as mãos no cabelo.
Pedro entendeu naquele momento que tinha algo a mais no que ela dizia e resolveu não insistir por hora.
- Eu vou estar lá em baixo na festa esperando por você! – ele a puxou e roubou um beijo que dessa vez ela não correspondeu e ele a soltou indo para a janela não poderia sair por onde entrou já tinha sido arriscado demais ter entrado pela porta.
Ana o olhou ir e suspirou, pegou suas coisas e foi para o quarto da filha, sabia que não poderia tomar banho com ela pelas marcas roxas em seu corpo, mas arrumaria um modo de tomar banho sozinha mesmo que a filha insistisse. Quando chegou ao quarto a filha estava sentada na cama e a olhou.
- A senhora tem um amante? – Ana engoliu em seco mais se manteve firme.
- Do que esta falando?
- Você esta traindo meu pai? – se levantou. – Não o ama e tem outro que esta indo para a cama?
- Você me respeita Maria Flor! – a voz soou firme. – Que tipo de mulher pensa que eu sou? – a filha a olhou.
- Meu pai esta todo feliz e a senhora passa todo tempo dentro daquele quarto, triste, escondendo o choro o que foi? Me diz? A senhora não o ama é isso e encontrou outro homem para ficar no lugar dele?
- Você não sabe do que esta falando!
- Então me diz mãe, se é outro homem já digo que não vou aceitar, porque meu pai te ama! – falou como se fosse uma adolescente mimada. – Meu pai me disse que vocês estão tentando ter mais um filho... – Ana arregalou os olhos o homem estava louco se achava que ela daria outro filho a ele.
- Seu pai esta louco, eu não vou dar filho nenhum a ele! – falou mais logo se arrependeu por ver a cara da filha.
- Porque? É por causa desse novo homem não é?
- Cala a boca, Maria, cala! – falou perdendo a paciência com ela e com aquela conversa sem cabimento.
- Me diz a verdade mãe! – gritou se desesperando.
- Eu não o amo seu pai! – gritou por fim para a filha aquela verdade que carregava dentro de si por anos.
Maria sentiu seus olhos encherem de lagrimas e olhou para a mãe que verdade era aquela? Não podia acreditar que a mãe não o amava já que eles sempre pareciam estar bem e se amando pelos cantos da casa, pelo menos era assim que ela sempre os viu e mal sabia que todos aqueles momentos eram forçados por ele.
- Isso não é verdade! – maria falou deixando suas lagrimas saírem. – Vocês se amam, eu vejo sempre isso!
- Você não sabe das coisas que acontecem nessa casa e não esta pronta para ouvir o que tenho a te dizer! – Ana falou com seu coração acelerado não queria magoar sua menina, mas ela não estava pronta para descobrir quem de fato ele era.
- Então é verdade que você tem outro! – afirmou com raiva nos olhos.
- Eu não tenho outro, infelizmente eu ainda sou fiel ao seu pai mesmo não o amando... essa conversa não tem fundamento agora, vamos nos arrumar que seu pai odeia atrasos!
Maria nada mais falou e foi para o banheiro batendo porta, Ana suspirou e achou melhor voltar para seu quarto e se arrumar lá, ao entrar deu de cara com Augusto sentado na cama apenas de roupão e parou ali na porta mesmo.
- Sai do meu quarto! – ele riu.
- Vem aqui que quero te comer antes dessa festa! – abriu o roupão se mostrando a ela.
Ana sentiu o corpo tremer todo e se encolheu o olhando com ódio.
- Você não vai mais tocar em mim! – ele levantou no mesmo momento para avançar nela. – Não chega perto ou eu grito! – o corpo tremeu mais ela foi firme. – Você nunca mais vai me tocar, eu não vou permitir e eu quero o divorcio!
Augusto naquele momento apenas a olhou...
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DOMANDO OS CORAÇÕES
CasualeDois corações aprisionados em uma escuridão de nunca saber amar. Seu destino foi traçado contra sua vontade e a tornou amarga e sem gosto pela vida! Ele por outro lado nunca acreditou no amor e deu duro para chegar a posição em que hoje vive, amarg...