A casa de Emma à primeira vista era pequena e simples. mas havia algo aconchegante nela que eu não saberia definir. Logo me lembrei que Emma nunca foi muito ligada ao luxo, embora seus pais não pudessem ser classificados como pessoas simples em questão de poder aquisitivo. Àquela casa era bem a cara dela e talvez pra mim isso estava trazendo a sensação de conforto.
Sorri enquanto tocava a campainha. Não podia dizer que não estava apreensiva e nervosa por estar ali, no meio da noite na casa de Emma, sem avisar, e sem ao menos saber como me receberia. Esperei por uns instantes e como ninguém atendeu, toquei outra vez, talvez ela não tivesse ouvido. Nada
Onde Emma teria se metido? Será que fora ao hospital outra vez? Engraçado era que a minha mente, desconsiderando a minha preocupação que já era alta demais, começou a pensar em todos os desastres possíveis. Forcei a minha segurança habitual à entrar em cena, logo eu, Regina Mills, se desesperar no primeiro obstáculo? Não. Talvez pelo horário ela estivesse dormindo.
Voltei ao carro, e pensei em ir embora, mas dez minutos depois, eu ainda estava ali olhando para fora da janela e sem ação.
– Dormir no carro não é uma opção - Ralhei comigo mesma, me encarando no retrovisor do Mercedes – Você tem que trabalhar amanhã, e é bem provável que Emma te considere uma psicopata por te encontrar aqui na casa dela
Pensei na expressão assustada de Emma ao me ver ali, inconsciente olhei para o céu escuro que me acalmava
Parei de pensar na confusão da minha vida que não fazia sentido. Regina Mills já não estava nela tecnicamente e eu tinha certeza que seria capaz de aguentar aquela pressão no trabalho no dia seguinte. Não fazia sentido temer e muito menos pensar na história que eu havia tido com Mills e que por mim estava acabada.
Paguei a conta da lanchonete em que havia comido um sanduíche pela minha sempre presente preguiça de cozinhar, vesti minha jaqueta e sorri para Neal que já dormia de tão cansado estava
– Vamos garoto! Está tarde! – Eu invejava a capacidade canina de ficar alerta em segundos e Neal por ser um cão treinado ao menor comando se tornava super alerta e protetor. – Junto! – Ordenei, pois eu havia perdido a noção do tempo e apesar da rua ser movimentada eu não era burra.
O caminho para casa foi mais tranquilo. Eu havia ficado mais alerta ao meu redor pelo horário e Neal, havia grudado em mim como se tivesse a noção do perigo. Ao chegar na rua de casa percebo um carro parado em frente ao meu portão o que faz meu coração acelerar automaticamente. Parei no meio do caminho, consequentemente segurei a coleira de Neal mais forte.
– Fica! – Minha voz saiu muito alta e fiquei com medo de que o “possível ladrão” pudesse me ouvir, mesmo daquela distância, já que minha rua parecia mergulhada no silêncio.
Pensei em todas as possibilidades: A primeira, poderia mesmo ser um ladrão, a segunda, poderia ser apenas mais um folgado que costumava parar em frente ao portão alheio como acontecia tantas outras vezes ou alguém que eu conhecia…
Pov on
Mas, ninguém que eu conheça dirige esse tipo de carro! Bom talvez meus pais, mas até onde sei eles não trocaram de carro. Mamãe teria me me dito alguma coisa a respeito e pelo que sabia minha mãe havia me dito que viria amanhã e sempre cumpria suas promessas. Melhor mesmo ligar para a polícia, mesmo que possa ser algum conhecido, a segurança morreu de velha como diz papai
Pov. off
Saquei meu celular do bolso da jaqueta e então liguei:
– Polícia, Boa noite qual a ocorrência? – Ouvi uma voz masculina do outro lado da linha
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Poison Of Love
FanfictionRegina Mills tem uma personalidade forte e é homossexual assumida. Ela já havia aprendido que o amor era uma tolice. Até que por ironia do destino, sua vida se cruza outra vez com Swan... No fundo sabe que aquela mulher era o seu "veneno". Ela jamai...