Poison Of Love

Saudade de você!

Uma semana depois Emma já havia saído do hospital e eu não tive coragem de ir visitá-la. Nem a promessa que fizera de voltar ao hospital eu havia cumprido, minha cabeça estava muito confusa com aquele beijo. Emma não quis me explicar o motivo, e confesso que todos os motivos possíveis passaram na minha cabeça nesses últimos dias.

Meu celular tocou e eu baixei o volume da Tv para atender.

– Regina Mills – Atendi automaticamente como sempre fiz

– Regina Mills que eu saiba é minha filha – Ouvi a voz brincalhona de papai do outro lado da linha

– Papai! – Eu tinha certeza que ele havia notado o meu sorriso e a minha felicidade, mesmo do outro lado da linha

– Soube que começou em um trabalho novo e que teve uma primeira semana difícil, princesa. Liguei para saber como está – Meu pai sempre fora uma pessoa extremamente amorosa. Amor que eu adquiri dele, mas que eu havia aprendido a esconder e dá-lo a quem merecia.

– Pois, é verdade – Disse. A minha voz ficou um pouco culpada porque não havia contado trabalhava, Estou trabalhando como contadora na empresa de David, lembra – se dele? E no meu primeiro dia, minha secretária não passou bem, desmaiou e eu acabei ajudando ela, depois descobrimos que ela estava com pneumonia e ela teve que ser substituída temporariamente por outra e enfim, minha vida tá uma confusão... Olha papai, desculpa não ter te contado

– Calma minha menina. Respire eu conheço você – Diferente de mamãe, que geralmente era como um tornado constante, papai era uma calmaria total e sempre foi meu confidente – Por que está nervosa?

– Eu não estou nervosa... Só um pouquinho... Eu não me acostumei a nada ainda

– Minha menina impaciente. Tudo que tiver que acontecer, acontece no tempo certo – Quando meu pai mal acabou de falar, Srta Swan surgiu em minha mente.

– E mamãe? Como está? – Troquei rapidamente de assunto

– Bem. Exigente e chata como sempre. – Sabia que meus pais vinham tendo diversos problemas há anos, e embora papai tivesse uma amante que por acaso, eu conhecia, ele e mamãe não tinham coragem de separar -se.

– Millah? – Simplesmente perguntei

– Ahñ... Acabou – De repente descobri a real razão daquele telefonema de papai. Fiquei em silêncio por alguns instantes

– Quer me encontrar na cafeteria e conversar sobre? – Perguntei preocupada com o tom triste de papai

– Não não será necessário apenas quis ver como você estava.– Ele fugiu do assunto

– Estou bem, não se preocupe, se precisar não hesite em me ligar– Eu não quis insistir, sabendo que meu pai era uma pessoa reservada e se precisasse ele com certeza, viria atrás de mim

– Vou deixar que você trabalhe em paz. Apenas lembre-se, tudo acontece na hora certa...

– Eu te amo. Cuide se. – Eu disse antes de desligar

Não vou negar que meu pai me fez pensar em Emma Swan outra vez. A última coisa que soube dela, era que estava já em casa se recuperando; eu disfarçadamente perguntei para Jones, pois não tive coragem de ligar. Eu tinha medo de ser inconveniente demais e fora que eu havia feito uma promessa para Emma e não cumpri. Eu ri sozinha ao me lembrar da raiva que ela sentia e das brigas que tivemos quando eu prometia alguma coisa e não cumpria..

" É parece que eu só vou esquecer você trabalhando Emms" – Pensei.

E foi o que fiz. Nessa última semana, a empresa havia começado a entrar nos eixos. Mary convocou uma reunião e com base nos resultados que eu conseguira obter, modificou várias coisas que como consequência, haviam diminuído o risco da empresa entrar no vermelho. As contas estavam sendo cobradas e quitadas. A logística foi reduzida e o inchaço de pessoal que foi descoberto nesta reunião, foi reduzido ou remanejado também. Demissão é claro, não era bom mas, às vezes, se fazia necessária. Aos poucos, eu ia entendendo claramente o funcionamento da empresa e ia me sentindo ambientada. Conseguia trabalhar melhor; A equipe com que eu trabalhava, me dera um suporte gigantesco e eu fizera amigos ali.