Como você sabe?

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Ficar obcecada com essas coisas iria fazê-la enlouquecer. Tinha que tirar isso da cabeça. De qualquer maneira.

Bem, pelo menos até aquela noite.

Emma era sua mulher, lembrou a si mesma, embora ainda fosse um pouco difícil de acreditar que ela pudesse ter esperado Regina viajar para ficar com alguém.

Emma sempre dissera que a amava, mesmo Regina ainda tendo lembrança da forma que tratara Emma na faculdade, a loira ainda repetia diversas vezes para que ela esquecesse.

Na verdade, Regina sempre pensara que Emma Swan jamais olharia para ela, e sim, fantasiara o casamento desde criança - sorriu- Mas, não achou que chegaria a ser real.

– Ela escolheu você, ela escolheu você – esse foi o meu mantra durante o caminho

O hotel não ficava tão longe para meu alívio e logo cheguei.

– Boa tarde Sra Mills - Cumprimentou-me Naveen, já me entregando a chave do meu quarto

– Como vai Naveen? - Sorri –Pode pedir que entreguem um Cappuccino para mim por favor? Ah, com chantilly. Obrigada

– Vou bem Sra. Irei providenciar - Diz ele já pegando o telefone, enquanto eu me encaminhava para o elevador

Eu vi que o meu dia se resumiria em contas, relatórios e preocupações.

A filial do Canadá estava apresentando problemas, e todos estavam preocupados, o investimento estava sendo muito alto e o retorno muito menor do que o esperado ( como de praxe), e mal estava cobrindo as despesas para se manter.

Minha família e alguns dos acionistas ainda tinham esperança de salvar essa filial, muito embora o futuro dela, pra mim, estivesse claro.

Soquei a mesa e arranquei alguns fios de cabelo devido à minha frustração.

– Não vai ter outro jeito que não seja fechar… espero que me escutem dessa vez - Tomei o resto do  segundo cappuccino que me fora entregue mais ou menos uns vinte minutos atrás.

Eu não conseguia me desligar. Parecia uma máquina de cálculos e resoluções segundo Emma, já que todas as vezes que o trabalho exigia eu me entregava por completo até resolver.

– É dona Cora, não vai ter jeito. – Disse soltando a caneta e sabendo que teria um grande trabalho pela frente para convencer todo mundo.

Decidi tomar um banho, essa tensão toda estava me matando. Era só parar um pouco, para Emma voltar à minha mente. Onde ela estaria? A voz daquela mulher ao fundo chamando - a de amor martelava na minha mente.

Senti a aflição tomar conta de mim, quando me vi pensando em todas as possibilidades negativas desliguei o chuveiro. É, às vezes, nem o banho me acalmava. Sai rapidamente me enrolei no roupão e sequei o cabelo

– Regina o que deu em você? – Ralhei comigo mesma – Você não era assim! Vai deixar que Emma te domine?

Imediatamente a voz de minha mãe se fez presente “Regina, ter confiança e amor próprio é bom… Mas a soberba e a superioridade faz com que as pessoas se afastem. Você deve saber que em demasia isso não te fará bem. Não se entregue completamente à soberba”

– Emma está com aquela amiguinha e eu vou ficar sofrendo mamãe? – Ela responde sua mente em voz alta – Se ela acha melhor, que fique…

Horas depois

Regina havia dormido um pouco e ao acordar a vontade de falar com Emma era quase insuportável. A morena pegou o celular, depois de lutar contra sua própria vontade e ligou para casa. Não era tarde, Emma devia estar acordada; mas o celular tocou quatro vezes antes de cair na caixa postal

Poison Of LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora