Poison Of Love

Caso você não saiba

Eu não a beijei e muito menos ela me beijou, mas a maldita corrente que parecia passar por nossos corpos e nos conectar estava ali e nós sabíamos disso. Ela retribuiu meu sorriso e seus olhos verdes pareciam brilhar

–Obrigada Emma Swan – Eu ergui uma sobrancelha enquanto ela me soltava

– Não há de quê Regina Mills – Ela deu uma risadinha. – Eu não queria terminar a noite te levando pro hospital

– Hmmm. Posso saber o que essa noite tem de tão especial? – Indaguei

– A sua companhia – Ela dá de ombros – Não pode??

– Me parece um motivo pequeno.. Se fosse a sua companhia talvez eu aceitasse – Ri

–Imbecil – ela balança a cabeça rindo – Só você pra ter uma brincadeira na ponta da língua

– Não esqueça do Killian. Ele não vai gostar nada de perder o posto – Nós duas rimos

– Acho que ele não ligaria – Ela disse simplesmente e eu ri

–Posso saber o motivo de tão solene convite?? – Me lembrei do sorvete – Espera eu trouxe algo, mas acho que vai precisar ir pra geladeira – Entreguei a sacola

– Sorvete! – Vi os olhos de Emma brilharem

– Sim. Eu quis trazer alguma coisa e pelo visto acertei. Seus olhos parecem de uma criança Emms

–Eu amo seus olhos, sempre te falei isso – Me diz em resposta – Mas, hoje, estou amando a sua memória

Ri com gosto. Emma era uma palhaça

– Não sei porque você ama meus olhos, acho eles bem normais. Mas obrigada pelo elogio. E a minha memória se lembra que tendo açúcar está ótimo pra você

– Olha a calúnia! – Se bem que me poupou o trabalho de aprontar uma sobremesa

– Preguiçosa! – Brinquei

– E se eu disser que o jantar é lasanha? – Seu olhar parecia sugestivo

– Eu diria que te amo… Lasanha é a minha especialidade, mas eu morro de preguiça de fazer apenas para mim. Vamos ver como se saiu Swan – Conclui

– E qual é a penalidade se eu errar??? – Me perguntei silenciosamente se Emma havia bebido de novo

– Não comer ué – Eu ri – Você tá bem Emma?

– Eu não bebi, se é o que quer saber. E vai me deixar com fome? – Ela riu da minha expressão assustada – Nossa Regina, calma! é só um jogo

– Jogo? Que jogo? – A encaro

– Você vai saber – Ela pisca. –Não precisa ter medo, cuido de você

– Ah,  OK – Eu sorri

– Medo? – Ela segurou a minha mão e aquele frio gostoso que eu sempre sentia apareceu

– Curiosidade. Eu confio em você Emma –  Me surpreendi com a facilidade e verdade com que aquelas palavras foram ditas e continham.

Ela não me respondeu, sorriu e eu vi uma nuance de emoção passar pelos seus olhos e ela apenas me conduziu a sala devagar.

Confesso que a sala não estava toda arrumada parecendo mesmo um encontro, mas para nós estava claro que parecia.

–  Você sabe que o meu forte nunca foi arrumação –  Ela diz em tom de brincadeira – Mas, eu juro que a comida está boa