O mundo de Regina

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Explicação: Não desconstrui
Se voltarem a sinopse eu disse que seria uma última chance da Regina reconquistar Emma.
Emma sabia que havia errado e que também estava errada em querer vingar-se. De certa forma, sabia que Regina sempre voltaria para ela.
Emma ficou muito ressentida quando Regina lhe propôs casamento e a loira apesar de amá-la tinha medo de contar aos pais, não sabia qual seria a reação deles e Emma era medrosa demais para enfrentá-los.
Logo depois, encontrou Regina aos beijos com outra moça o que a destruiu. Regina foi embora para Londres logo depois. Na faculdade enquanto frequentavam juntas, Regina Mills voltou a ser uma garota metida, arrogante e mesquinha que Emma conhecia, mas há muito tempo não via. Regina pisara muito nela, humilhava e fingia que não a conhecia mesmo quando Emma tentava ao menos conversar com ela.
A Regina Mills apaixonada de agora e que a amava não existia. Ela parecia fazer questão de esconder até mesmo a amizade que tinham, quanto mais o relacionamento.
A rica, popular, simpática, centro das atenções sendo amiga da esfarrapada, sem graça, sem posses, nerd, óculos de garrafa Emma Swan? Emma não tinha complexo de inferioridade, Regina a havia tratado exatamente assim e não escondia. Não escondia que diversas vezes havia mentido para a loira e Emma suspeitava que o que trouxera Regina para perto de si, fora pena.
Quando se afastavam dos demais, leia -se amigos em comum ou mais influentes e próximos da morena, Emma Swan era o mundo de Regina Mills.
Regina foi embora sem se despedir, sem explicar e sem pensar em como Emma ficaria, para ser mais justa, havia apenas deixado uma mensagem amigável, à qual Emma respondera mas, jamais obtivera resposta; durante muito tempo Emma sofreu, mal comia, dormia ou conversava com alguém. Ela desistira da vida. Esse era seu sentimento.
Muitas pessoas a questionaram porque ela não procurou ajuda médica, mas, não entendiam que a loira não conseguia. Ela apenas queria desaparecer. Esperara e muito uma simples explicação e perdera as contas de quantas vezes tentou entrar em contato de todas as maneiras imagináveis ou quantas vezes em noites e dias chorou sem parar e mal se importava com os olhares estranhos que recebia pela rua. Não esperava que Regina ficasse, mas ao menos merecia uma explicação.
E sim, era louca por aquela mulher.
Regina seguiu a vida sem pensar nela e mesmo que houvesse tentado, não houve um só dia que Emma esquecera um segundo dela. Por mais que tentassem e que ela tentasse se obrigar a fazê-lo. Não esquecera um só segundo da existência de Regina Mills.
Desejava secretamente que ela voltasse e já não podia dizer isso à nenhum amigo sem ser julgada de alguma forma: Você é louca. Você gosta de sofrer, arrume o que fazer, se distraia, se trate, esqueça, ela está bem sem você e nem da cama você levanta. Você quer sofrer e busca desculpas para a atitude dela porque se apaixonou pelo que inventou dela e ainda a quer ver como um anjo.
Fora uma das muitas broncas que ouvira. Deus! Sabia dos defeitos e qualidades de Regina, sabia que não devia e merecia sofrer assim. Sabia que o amor não a deixava desistir. Mas não buscava se agarrar como julgavam. Ela via. Ela sofria. Ela conhecia e simplesmente confiava. Talvez, estivesse confiando em um amor que de fato não existia do outro lado, mas, escolheu acreditar pelo que viveu.
Até que conheceu Killian. Killian era uma pessoa festiva, compreensivo e não a forçara a nada. Toda aquela experiência havia tornado Emma amarga e desconfiada. Odiava aproximar e confiar em alguém, tinha poucos amigos evitava sentimentos. Não que tivesse novos amigos novas pessoas, jamais claro, alguém chegava a lhe despertar algo mais forte que Regina.
Emma parecia forte, segura, decidida ao que apelidava de efeito Mills, porém sozinha chorava. Killian era uma boa pessoa e Emma até namorara e tentara gostar dele de forma diferente, mas não o via nada mais que um amigo.
Durante três anos, levaram muito bem o relacionamento, eram mais amigos que qualquer coisa. Conversavam, se divertiam ou Killian respeitava seu silêncio. Aquele segredo, a sufocava, mas Emma jamais contara algo sobre. Killian parecia sentir que havia algo errado desde sempre mas, não a pressionou. Assim como ela notou por fim, algumas coisas esquisitas nele. Algo lhe dizia que o comportamento hétero de Killian era forçado.
– Precisamos conversar Emma– Dissera ele certa tarde
– Sou toda ouvidos– Virara- se para ele de sobrancelhas levantadas
–Emma tem algo muito errado com você há tempos. Parece que estamos levando esse relacionamento com a barriga, sabe como é... – Ele pausou – E tenho que lhe  confessar... Eu me atraio somente por homens – Ele ficou sem graça
Então era isso. Emma quase sorriu.
–Killian. Eu não posso te julgar; eu me atraio por mulheres...– Ela baixou os olhos – melhor dizendo, houve uma em minha vida que jamais consegui esquecer
– Wow! Achei que poderia te chocar mas, quem terminou chocado fui eu.– Ele sorriu– ainda se lembra do nome dela imagino..
– Acredite, acho que nada jamais me choca. Você é curioso– Rebateu Emma – mas lembro, É Regina Mills
– Regina Mills? Os olhos de Killian pareceram aumentar – A socialite que namora Robin de Locksley e está prestes a se casar?
– Que? – Foi a vez de Emma se chocar
– Que... Querida em que mundo você vive? Já tentou buscar o nome dessa mulher no google?
– Sinceramente eu procurei não saber ( eu tentei demais) acrescentou para si. – Sofri por anos
– Ainda sofre – Aquilo não era uma pergunta – Você ainda a ama.
– Sim. A última coisa que soube é que ela estava em Londres – Emma calou -se
– Minha notícia te abalou - Constatou Killian 
Emma assentiu
Depois dessa conversa tanto Emma quanto Killian passaram a confiar ainda mais no outro e a conversar sobre seus assuntos. Ele conhecera August e estava perdidamente apaixonado, porém o homem não percebia.Emma por sua vez, contara sobre Regina abaixo de lágrimas. Suas angústias, dúvidas, esperanças. 
Surpreendentemente toda vez que tocava no assunto Emma Swan chorava, percebeu então, que jamais superou Regina.
O desespero tomou conta dela quando soube do casamento. Seu mundo desmoronou outra vez. Como Regina pudera negar sua natureza tão fácil assim? Regina Mills era lésbica e não se considerava bissexual. Emma não conseguia entender, e nem ao menos aceitava estar tão preocupada.
Quantas vezes surtou novamente a noite pensando nela, mesmo que o tempo tivesse passado? A dor era insuportável e na verdade sempre fora. 
Não porque ela não havia se conformado em perder Regina e sim, porque aquele sentimento continuava vivo com uma força descomunal e fazia com que Emma se odiasse a cada minuto.
Odiava saber que sempre seria dela, que não importava quantas pessoas passassem pela sua vida ou o quanto tentasse se enganar ou fugir dela.
Odiava o fato de já ter aceitado que o primeiro amor, nunca seria o primeiro, último e único como nos filmes. Ai vinha Regina Mills a única pessoa que Emma Swan sentia que amava e amou verdadeiramente sem qualquer permissão e abalava todas as estruturas que acreditava ter erguido para se proteger com apenas um sopro e agora se casaria... 
E Emma nem sabia o que havia ocorrido para que Regina desistisse tão fácil delas.
Batera em Killian em seu desespero várias vezes, e o então amigo lhe ajudara muito. Muitas vezes deitara- se em seu colo como um caracol que precisava ser protegido e gritara como ninguém na tentativa que aquela dor passasse enquanto ele a segurava e tentava acalmá-la.
"Nunca me esquece" "não desiste da gente" "não desiste de mim" "fica comigo pra sempre" "porque eu teria vergonha de você?"   "se puder eu grito ao mundo inteiro que amo você e é você que eu quero" "Eu amo você e estarei aqui todo dia e te lembrarei todos os dias pra te lembrar disso" "você é meu mundo e farei todo possível pra ficar". Essas foram algumas das palavras de Regina Mills e que Emma sentia que ela NUNCA tivera intenção de cumprir. Não fizera questão de nada. Nem ao menos tentar. Nem ao menos tentar se explicar ou de uma despedida. De um motivo.
Ao ter coragem de fazer uma pesquisa, descobriu a data do casamento de Regina. 23 de outubro, dali exatamente dois meses. E as fotos mostravam uma mulher linda e aparentemente feliz.
Emma só sabia de uma coisa: 
Aquele sentimento continuava VIVO
Quando a vida as fizera cruzar os destinos de novo Emma perdeu completamente o chão. Não esperava por aquilo e pela força que o sentimento ganhara depois de todo aquele tempo.
Impusera a si mesma fazer Regina sentir toda dor que ela sentira e lembrava disso todos os dias. Em todos eles falhava. Não adiantava odiar aquela mulher, ela fizesse o que fizesse o amor de verdade sempre se derramaria. Ele achava um jeito.
Não aguentava olhar nos olhos de Regina sem querer sorrir, sem querer abraçá-la todo o tempo e fazer com que ele parasse, querer tocar seu cabelo toda vez que via ela se pentear ou tocar nele, querer dizer que a amava a cada segundo.
Tentava impor a si mesma vingar - se todos os dias. Queria ir embora e deixá-la sentir o gosto da dor, do desespero, da dúvida, da incerteza de não saber nada e ficar supondo varias coisas até que todos os amigos a julgassem louca e pedissem para desistir.
Ao mesmo tempo não desejava aquela dor para ninguém, muito menos, para Regina Mills.
E por isso ao vê-la chorar assustou -se. Seu próprio coração desesperou -se e ela sentiu raiva. Raiva por não sentir nada mais que um amor inexplicável. E estava ali para fazê-la sentir um pouco do que ela sentiu.
Os filhos vieram e tudo bem que "não eram de ambas propriamente" mas vieram por escolha e amor. Aquele amor de uma pela outra que não deveria, mas transbordava a cada segundo.
– Seu amor pela Regina nunca morreu – Dissera Killian enquanto montavam os quartos - E sua vingança nunca vai dar certo. Você morre por aquela mulher
Emma não respondeu. Tinha medo de Killian julgá-la como os outros. Mas, ele tinha razão
Regina não era de chorar e aquilo a preocupou, Regina Mills era a pessoa mais forte que conhecia. Raramente deixava que as emoções a dominassem. Sabia que estava grávida e que elas afloravam, mas Regina parecia sufocada, preocupada e tudo que Emma queria era poder trocar de lugar com a morena.
A manhã chegou e Regina parecia mais quieta que o normal. Emma estranhava e ensaiava uma conversa.
– Bom dia. Está melhor? – Emma não sabia o que a fizera questionar
– Bom dia. Um pouco... – Regina estava calada
–Que bom –Emma a abraçou – Regina você está me preocupando.
– Emma eu sou um peso pra você? – Perguntou direta e sem rodeios
– Não. Mas, eu sempre fui o seu – Respondeu Emma com a mesma clareza
– O que está dizendo? – Regina pareceu confusa
–Você nunca me amou Regina, na verdade, sempre teve vergonha de mim – Aquelas palavras eram tão doloridas que demoraram pra sair.
Regina se calou e sentou ao lado de Emma.
– Ainda se ressente de eu não ter assumido você, não é? - Regina baixou os olhos.
– Tenho raiva. Raiva desse amor ter permanecido por tanto tempo.

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