Gina e Mione

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As aulas em Hogwarts corriam muito bem, Dumbledore mostrou à Harry algumas memórias nas últimas três semanas. Mas o que realmente preocupavam Harry eram duas coisas: o jogo e uma certa ruivinha.
O jogo era importante para ele, seu pais e Sirius estariam assistindo, de acordo com as cartas que os três trocavam o ministério já estava sabendo da "volta" deles. O Profeta Diário de quinta feira confirmou a notícia. Causou muito "burburinho" no Salão Principal, a única coisa que o incomodou foi Voldemort querer ir atrás de sua família para saber o segredo da reencarnação.
—Acho que você não deve se preocupar Harry. - uma voz suave soou em seus ouvidos, ele sentiu um pefume floral, fazendo os pelos da nuca se arrepiarem — Na entrevista eles explicam que simplesmente acordaram!
—Gina! —ele sentia a face corar, a observou por breves instantes — Como sabia o que eu estava pensando?
—Sua expressão, — ela se aproximou do moreno focando seus olhos verdes — seus olhos mudam quando você está preocupado.
Ele olhou para ver se Rony estava olhando, mas este estava preocupado em comer seu cereal. Gina já voltara a atenção para Dino ao seu lado. Uma onda quente borbulhou no peito de Harry, ele pousou o copo de suco de abóbora com mais força do que pretendia, fazendo Gina olhar para ele.
—Gina, amanhã é o jogo, esteja lá!
Pegou a mochila e saiu, no meio do caminho estava lendo o misterioso livro de poções quando uma coruja alva pousou em seu ombro.
—Edwiges! — a coruja piou feliz e estendeu a perna, Harry tirou a carta e reconheceu a letra caprichosa de sua mãe, mas ao contrário da maioria da cartas de seus pais, não havia a letra de Tiago no meio, só a de sua mãe.

Harry,
Filhinho espero que esteja bem! Estou com muitas saudades apesar das cartas recorrentes que você manda para mim, seu pai e Sirius. Querido eu sei que vamos amanhã para ver seu jogo de quadribol, mas tenho que conversar com você. Percebi que você anda meio nervoso utimalmente, só pelo jeito que você escreve consigo perceber que algo lhe incomoda, não adianta dizer que não é nada! Sou sua mãe e te conheço bem! Então não minta para mim Harry Potter! Depois do seu jogo conversamos, estou ansiosa!
Um beijo!
Mamãe

Ao acabar de ler a carta, Harry começou a se preocupar, será que conseguiria driblar sua mãe? Suspirou cansado, tirou uma pena e rabiscou um OK para sua mãe.
—Me perdoe, Edwiges, mas será que você conseguiria levar esta carta para mim? Pode passar no corujal para comer algo.
A coruja piou com dignidade estendeu novamente a perna para o dono e logo após a carta ser presa em suas pernas, belicou a orelha do moreno, carinhosamente, e levantou vôo. Ele sorriu para a coruja ao longe, e voltou seu caminho para a aula de poções.
—Harry! Ei, Harry.
Ele se virou e viu Hermione correndo ao seu encontro, os cabelos esvoaçantes e Rony ao seu lado. A garota se apoiou nos joelhos para tomar fôlego e olhou para Harry sorrindo torto.
—O que aconteceu? Você derramou suco na mesa e saiu sem mais nem menos.
—Perguntamos para Gina e Dino, mas eles só disseram que você alertou Gina para não faltar no jogo de amanhã e saiu pisando duro.
—Eu só estava com pressa e...
A porta se escancarou e Slughorn apareceu com seu típico sorriso e a pança de leão-marinho.
—Vamos, vamos, entrem!
Malfoy esbarrou propositalmente em Harry e entrou na sala, mal-humorado. Harry sabia que o garoto estava assim por que na primeira aula de poções que tiveram, o Professor Slughorn passou uma poção para a turma fazer, quem fizesse a melhor poção ganharia um frasco de poção da sorte, Felix Felicis. Graças ao livro do Príncipe, Harry ganhara a poção.
Ao entrarem na sala perceberam um brilho perolado subindo em espirais de um caldeirão aceso à fogo baixo.
—Senhor, com licença,mas — Hermione ergueu a mão após todos, inclusive o professor, se sentarem. Slughorn lhe concedeu a palavra, parecendo feliz — essa poção é Amortentia, correto? Mas não vimos essa poção na nossa primeira aula?
—Muito bem observado, Srta. Granger! Sim, nós vimos está belezinha aula passada, mas hoje vamos estudar mais sobre suas propriedades, e na nossa segunda aula iremos ver outra poção interessante...
Harry não ouviu mais do que o professor estava dizendo, ele se concentrou no cheiro familiar que ele sentira na poção pela primeira vez. Era igual: torta de caramelo, resina de madeira em cabo de vassoura e um aroma floral , só que diferente da primeira vez agora ele sabia o que, ou melhor, de quem era aquele perfume.

                       *******************************
Eram quase onze horas da noite, havia apenas Harry, Rony e Hermione. Rony roncava sonoramente no sofá com uma pena pingando tinta no tapete em uma das mãos e na outra um livro jogado sobre o peito. O único barulho que se ouvia era do fogo crepitando na lareira e as penas arranhando os pergaminhos.
—Harry?
—Hm?
—Você ficou nervoso hoje por que — ela olhou para Rony, que roncava despreocupado — a Gina estava com o Dino.
Não era uma pergunta, Harry olhou para a amiga que escrevia sua redação de Aritmacia. Ele suspeitou que ela já sabia desde o começo o porque do descontentamento dele no café da manhã.
—Quê? C-claro que não, Mione! Eu só... Er... — a garota olhou para ele, fazendo Harry sentir uma pressão em ter que confessar — Tudo bem, Hermione! Só não conte para o Rony! Como você sabia?
Ela soltou uma gargalhada, Rony se mexeu no sofá, ela parou, mas logo ele voltou a roncar.
—Ora, Harry Potter! Eu sou sua amiga e de Gina há anos, a conheço bem! Da mesma forma que TE conheço bem, e sei quando está com ciúmes.
—Eu não estava com ciúmes! Só não gostei dele jogando charme para cima dela, ela devia perceber que ele só está de papinho para beijar ela e a largar depois!
—Da mesma forma que você percebeu que ela gostava de você verdadeiramente?
Harry se calou. Ele sempre vira Gina como uma irmã menor, nunca tinha visto ela da forma como estava vendo agora, nunca sentiu isso por nenhuma garota antes. A sensação de incômodo ao vê-la com outro.
—Heh, bem, acho que você nunca percebeu ela te olhando, não é? Era quase toda hora! Tinha algo à mais no olhar dela além de curiosidade sobre o famoso Harry Potter, vontade de tomar todas as suas dores para ela mesma, vontade de poder sofrer em seu lugar. Ela tentava de tudo para te fazer feliz! — ela pegou as mãos de Harry, como se ele fosse uma criancinha que precisava de cuidados — Acho que ela finalmente parou.
Hermione saiu de perto de Harry e tirou a pena e o livro de Rony e se pôs a terminar a redação para ele. Harry ficou ali pensando nas palavras de Hermione. Era verdade, Gina sempre olhou para ele, mas Harry nunca reparou nos olhos castanhos de Gina, nunca reparou o significados seus constantes olhares. "Tinha algo à mais no olhar dela além de curiosidade sobre o famoso Harry Potter". Ele havia sido um babaca. Ela é irmã de Rony, você só está assim pois ela é irmã do seu melhor amigo!
—Eu vou dormir, Mione, até amanhã.
Antes que ele chegasse ao topo da escada Hermione o chamou.
—Harry! Só... Só pense um pouco sobre o que eu te falei!
Ah, ele iria pensar!



Oioi pessoal! Desculpem a demora, mas eu tenho que encontrar a inspiração certa! Sei que o capítulo de hoje não ficou lá tão legal, mas saibam que hoje eu peguei um chá bem quente sentei na minha cama e pensei "Vou escrever um capítulo inteiro hoje!" A inspiração veio e eu terminei! Espero que curtam! Obrigada pelo apoio!
Malfeito feito
Nox!

E se eles voltassem?Onde histórias criam vida. Descubra agora