Capitulo 104

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POV EMILLY

Já se passaram dois meses desde o nascimento dos nossos filhos. Agora consigo ver perfeitamente, eles são a mistura perfeita de nós dois, covinhas e olhos do Marcos, o cabelo mais claro como o dele também, a boca e o nariz são meus, a manchinha também, são como a minha,  mas a do Júnior é nas costas e a da Alice no braço. Marcos voltou a trabalhar e tudo tem se complicado bastante, ele tem passado menos tempo em casa, por causa do trabalho e eu fico sobrecarregada, cuido da casa, das crianças e de mim. Não tenho dormido direito, as crianças sempre acordam pra mamar na madrugada, ele acorda comigo, mas sempre faço ele voltar pra cama, pra trabalhar melhor no outro dia. As brigas tem aumentado mais, eu ando muito estressada pelas noites mal dormidas, mas sempre nos entendemos no final. Ele é um pai maravilhoso, sempre quer passar o tempo que pode com os filhos, mas trabalho, filhos, tarefas, quase não sobra tempo pra namorarmos. Sempre que tentamos algo, ou a Alice ou o Junior choram, ele até tenta de novo, mas eu perco todo o tesão. Eu sinto falta do meu homem, não só em casa, mas na cama e sei que ele sente minha falta também.
Resolvi levar as crianças pra tomar um ar, Marcos estava trabalhando, então chamei a Mayla para um passeio. Peguei tudo o que era necessário, coloquei-os no carrinho de passear e fui ao encontro da Mayla.
Passeamos bastante pela Praia, estava bem fresquinho, não tinha nada de sol e pra andar no calçadão era bem tranquilo. Contei a Mayla sobre tudo o que tinha acontecido, ela me aconselhou bastante desde sempre, estava desesperada por ajuda.

- Mana vocês têm que se empenhar, pra relação não esfriar- ele lambeu o sorvete e continuou- Eu sei que vocês se amam, eu não tenho dúvidas disso, mas é complicado, vocês precisam de um tempo pra vocês, todo mundo fala que o nascimento de um filho, pode afastar um pouco o casal, o começo é bem estressante, não lembra a Dada como ficou ? - concordei - Mas eles fizeram dar certo, vai ser o mesmo com vocês, vocês só precisam de um tempinho pra vocês, é necessário. - ela comeu o resto da casquinha e jogou o papel no lixo.

- É, mas quando ? Eu não posso deixar as crianças sozinhas e é cedo pra ter babá - sentei em um banco que havia ali e posicionei o carrinho na minha frente. Marcos Júnior e Alice estavam acordados, os olhinhos curiosos observavam tudo, embora não enxergassem muita coisa.

-Eu tive uma ideia - ela sorriu pra mim - Eu posso cuidar deles com a ajuda do pai, tu só precisa separar o leite e eu posso levá-los lá pra casa, nós damos conta e vocês vão poder ter um tempinho só pra vocês. - ela respondeu animada, ela realmente queria que eu saísse com o Marcos, ou só queria passar um tempo com os sobrinhos mesmo.

- Eu sei que dão mana e eu não vou recusar, eu realmente tô precisando curtir um pouco com meu cachorro Velho- ela riu revirando os olhos - Tu não existe, sabia ? - abracei ela pelos ombros e ela sorriu angelical.

- Tu tem a melhor gêmea do mundo - ela falou convencida.

- Tenho mesmo - deitei minha cabeça no ombro Dela e ficamos ali admirando os dois.

POV MARCOS

Terminei a minha última consulta, Ainda estava claro, um fim de tarde lindo. Estava doido pra chegar em casa e ver minha picinho. As coisas não têm sido fáceis ultimamente, nem pra ela e nem pra mim, mas temos que dar um jeito. Ela tem estado um pouco distante nesses últimos dias, eu estou preocupado, não quero perdê-la nunca, jamais vou deixar isso acontecer, eu sinto tanta falta dela, dos seus carinhos mais íntimos, do seu beijo e seu gosto viciante. Os poucos momentos que temos para a nossa intimidade, sempre são interrompidos, mas ela precisa tanto quanto eu de uma noite só nossa, com tudo o que tem direito. Peguei minhas coisas e fui pra casa, passei em uma floricultura e comprei algumas orquídeas azuis pra ela. Dirigi até em casa e procurei ela pelos cômodos da casa, subi até o andar de cima e as crianças dormiam tranquilamente no berço, dei um beijinho neles e desci com as flores. Encontrei ela na lavanderia, colocando algumas roupas pra secar, ela e essa mania de querer fazer tudo sozinha.

- Buuu! - gritei agarrando sua cintura e ela deu um pulo.

- Que susto meu bem, tu quer me matar? - ela se virou pra mim e me deu um selinho.

- Pra você - entreguei as flores nas suas mãos e vi um sorriso lindo brotar nos seus lábios- Eu te amo muito nenê- seguirei seu rosto e lhe dei um beijo.

- São lindas meu bem, obrigada - ela sorriu de orelha a orelha - A Mayla vem hoje buscar as crianças, ela acha que devemos sair e eu também acho, amanhã pegamos eles na casa do meu pai, tudo bem pra você? - ela perguntou passando o braço livre pelo meu pescoço.

- Sim, eu também acho que precisamos de um tempo só pra nós - precisávamos muito, muito mesmo - Qual a programação madame ? - perguntei e ela sorriu.

- O que acha de um jantar e depois baladinha ? - ela me encarava e eu avaliava sua pergunta.

- Acho maravilhoso - beijei os lábios dela - Vou arrumar as coisas das crianças pra quando a Mayla vier e vou me arrumar - ela concordou e voltou a terminar o que fazia.

Tomei um banho demorado e me arrumei com uma camisa social azul escura, com as mangas dobradas, um jeans e um sapato, coloquei gel nos meus cabelos que já gritavam por um corte e peguei as crianças, Mayla e seu Volnei  já estavam lá em baixo. Conversamos um pouco e eles levaram as crianças. Fiquei esperando a Emilly, ela demorava bastante pra se arrumar, fiquei zapeando os canais até que ela desceu. Ela estava simplesmente linda, usava um vestido colado preto, que deixou suas curvas bem definidas, um salto alto preto e os longos cabelos soltos. Eu com certeza devia estar com a maior cara de panaca babando por ela, ela desceu sorrindo e eu não poupei elogios à ela.
Fomos para um japonês, comemos muito, comemos tanto que eu achei que ia explodir, mais um pouco e eu não conseguiria dançar, conversamos muito e rimos mais ainda. Que saudade de ficar assim com ela, é eu estava trabalhando demais. De barriga já cheia, seguimos  para a balada. Liberamos hoje à noite do baldinho, bebíamos e a Emilly me arrastava para o meio da pista de dança. Dançávamos sertanejo e os olhares eram só pra nós, não sei se pela dança, ou pela mulher maravilhosa que eu tenho. Como sempre os gaviões comem ela com os olhos, mas eu tenho me controlado bem mais, afinal ela é minha. Já estávamos bem alterados e o dj colocou um ritmo sexy para tocar. Ela rebolava de um jeito que me deixava louco, eu já estava subindo pelas paredes e ela sensualizando daquele jeito pra mim, me fez ficar de pau duro na hora. Ela adorou o meu estado, estava adorando aquele joguinho, ela colou seu corpo no meu e rebolava no meu pau, seguindo o ritmo da música. Ela seguiu à noite inteira assim, me provocando, eu tentava me controlar ao máximo, mas todo mundo no salão percebeu o meu estado. Foda-se eles.

- Meu bem, tô cansada já, vamos pra casa ? - ela perguntou manhosa. Concordei e fomos para o caixa pagar a nossa comanda.

Saímos de mãos dadas até o lado de fora da balada, todos estavam loucos ali dentro e só estávamos nos dois ali. Caminhávamos juntos até o ponto de táxi mais próximo, e vi um pequeno beco na nossa frente. Não consegui me controlar, joguei-a na parede e ergui sua perna direita na altura da minha cintura, facilitando o contato da sua intimidade com o meu membro.
Ela já estava ofegante só pela forma que eu a peguei, ela encarava meus lábios com desejo e eu fazia exatamente a mesma coisa.

- Agora tu vai aprender a não me provocar e me deixar na vontade - ataquei seus lábios com fúria e desejo, essa noite eu iria matar a saudade dela, daquele jeitinho que só nós fazemos.

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