Capitulo 57

876 49 10
                                        

POV MARCOS

O choque que eu levei vendo aquele filho da puta beijando a Emilly, foi grande. Mas nunca me passou pela cabeça que ela seria capaz de fazer aquilo porque queria e sim por estar sendo forçada. Eu evolui sim, muito, tenho cem porcento de confiança nela, eu só não confio neles, nesses moleques que querem cair matando em cima Dela. Acordei bem enroscadinho no meu nenê, meus braços a envolviam e minha perna, estava por cima da dela, prendendo-a. Eu tenho essas atitudes involuntárias quando eu durmo, de puxa-la para o meu braço, de grudar nela durante o sono, tenho a estúpida  sensação que ela vai fugir a qualquer momento. Ela não se mexe, não reclama, não resmunga, apenas se encaixa ali e dorme tranquila, até mais do que antes. Tive que acorda-la, tinha umas pendências pra resolver na clínica aqui no Rio e precisava resolver mais algumas coisas em Sorriso para poder viajar com a Emy. Tinha pedido pra Carol providenciar tudo, ela cuidou de cada detalhe da nossa viagem e me mandava tudo detalhado. Pedi descrição, não quero o Juliano envolvido nisso, pela nossa amizade ela concordou.

- Bom dia picinho - eu falei e ela se espreguiçou igual a um nenê manhoso.

- Bom dia meu bem- ela respondeu ainda de olhos fechados.

- "Espeguiça" meu pinscher - falei manhoso- acorda que jaja tenho que ir pra clínica e tu arrumar as malas pra ir pra Sorriso comigo.

- Como assim Sorriso ? - ela me perguntou confusa- Não íamos pra Disney nas suas férias ? - ela não estava entendendo nada.

- Sim e nós vamos, mas eu tenho que resolver algumas coisas em Sorriso, não posso jogar tudo pro alto nenê - eu falava calmo- Nós vamos pra lá, tu fica os 3 dias que eu vou precisar e aí viajamos direto, afinal preciso pegar minhas roupas que estão lá também. E não se preocupe, o Juliano não precisa saber que tu tá lá, tu não precisa conhecer ele, não agora- ela pareceu convencida com minhas palavras.

- Tá- ela disse se levantando- vamos escovar os dentes e tomar café- segurou minha mão e me arrastou pro banheiro.

Fizemos nossa higiene, tomei um banho rápido enquanto a Emy arrumava a mesa. Quando cheguei na cozinha, ela estava com um avental azul, tirando o nosso misto quente e colocando-o no prato. Eu a abracei por trás e enchi seu ombro de beijos. Tomamos café em um clima de romance, eu adorava acordar assim, juntinho da Emy, ficávamos mais apegados que o normal.

- Emy, será que a Mayla tá bem ? - dizia preocupado- Tu já foi ver como ela está ? Não levantou até agora.

- Eu vou ir agora, só ia terminar o café -ela explicou- bem ela não tá, mas eu não vou deixar ela sofrer, por quem não vale a pena, sou o apoio dela e não posso deixá-la sozinha.

- Vamos com ela pra Sorriso, enquanto eu trabalho ela te faz companhia, acho que vai ser bom pra ela passar esses 3 dias lá, o que tu acha ? - pensava em uma solução, pra Emilly não desistir da viagem.

- Eu acho ótimo mas precisamos ver o que ela acha- ela disse retirando as coisas e colocando-as na pia- vamos ver com ela.

Depois de ajudar a Emy com a louça, descemos e fomos acordar a Mayla. Entramos no quarto já abrindo as cortinas e cantando juntos. Mayla não parava de rir do meu jeito cantando as musicas erradas, pelo menos a tentativa de anima-la deu certo. Emilly fez o convite a ela, disse que jamais ia deixar a Irma sofrer por aquele bunda mole, Mayla sonolenta não entendia nada e Emilly a puxou para arrumarem as malas. Me despedi delas e fui resolver tudo na clínica. Liguei pra Carol e pedi pra ela providenciar mais uma passagem pra Sorriso, assim ela fez. A viagem de Sorriso não ia ser a sós como eu sonhava, mas teriam muitas oportunidades pra isso, o importante era estarmos juntos para ajudar a minha cunhada a seguir a diante, como uma verdadeira família faz.

Second Chance Onde histórias criam vida. Descubra agora